Confabolando
O Coritiba entrou em campo nesta quarta-feira e venceu com propriedade o fraco time do Vitória, outro rubro-negro, vice-campeão estadual e que disputa a Série B do Brasileiro. A chegada de novos jogadores, ao que parece, deu nova configuração ao time Coxa.
Embora preliminar, esta avaliação pode carregar a esperança de transformação para a torcida Coxa, sobretudo na mudança da forma do time atuar, quando sobrecarregava a defesa pela ausência de qualidade para manter a posse de bola e atacar com efetividade.
Em primeiro lugar, o instável Everton Costa, o Drogba das Araucárias. Teve precisão quando acionado, brigou, posicionou-se bem e mandou a bola para o fundo das redes. Tal e qual o Drogba original.
Everton Ribeiro mostrou que pode ser o fator surpresa. Aliou a sua rapidez a bons toques de bola a partir do momento em que teve com quem dividir esta responsabilidade. Sérgio Manoel, no meio-campo, deixou Júnior Urso apenas com a função de defender a zaga. Soube dar a primeira saída da linha defensiva e melhorou muito a qualidade no passe.
Airton, o lateral que veio do Londrina, foi uma grata surpresa. Ofensivamente apoiou muito bem e acertou inúmeros cruzamentos, um deles, que resultou no primeiro gol do Coxa. Também foi em uma jogada sua em que o placar de 4x1 foi selado. Quem diria, um lateral direito que saiba cruzar... A primeira vista bola dentro para a direção do Coritiba por estas contratações.
Um zagueiro para substituir Demerson e um atacante matador ainda são necessários, mas o time de hoje é muito mais robusto do que o de um mês atrás. Fato importantíssimo, pois agora, de fato, começa o ano e as pedreiras que o clube enfrentará.
Na rodada do final de semana, pela Série A, o jogo contra o Botafogo e na sequência o São Paulo no primeiro jogo das finais. Lembro que ano passado, entre vários motivos, perdemos a Copa do Brasil pelo saldo de gols marcados fora de casa. Mesma razão pela qual o Fluminense foi eliminado pelo Boca e temos um sem fim de exemplos nesta mesma linha.
Tudo isso para lembrar, que neste tipo de competição, jogar fora de casa vale dois jogos. Um gol vale dois e um título da Copa do Brasil, para a torcida Coxa, não é possível ter sua importância mensurada.
Pra cima deles, Coxa.
1 ídolo
Em um clube de futebol não é pequena a lista de jogadores que passam por suas fileiras. Atletas de futebol são pessoas e desta mesma forma passam pelos clubes como passam em nossas vidas. Contudo, algumas marcam, outras não.
A maioria não deixa saudade, passa em branco, assim como em nossa vidas. Mas existem aqueles que são imprescindíveis e para sempre estarão na história do Coritiba. Um destes jogadores é Edson Bastos.
O camisa 1 Alviverde foi um dos grandes goleiros que vi jogar em nossa meta. Autor de defesas inacreditáveis tem muito mais pontos positivos do que negativos em todos estes anos que defendeu o Coxa. Este balanço leva em conta apenas os aspectos técnicos. Ao incluirmos a hombridade e seriedade de Edson Bastos, algo raro no futebol hoje em dia, chegamos a fórmula de um ídolo.
Pensei - e gostaria - que Edson Bastos se aposentaria com a camisa Alviverde. Espero que isso ainda seja possível. Mas caso não, o clube tem uma dívida com este homem e profissional. Um jogo de despedida - e quem sabe - um cargo de preparador de goleiros no futuro. Manter pessoas como Edson Bastos perto do Coritiba não é propriamente uma questão de gratidão, mas sim de necessidade para o próprio clube.
Ao Edson Bastos os meus mais sinceros respeitos e que esta despedida seja apenas um até logo, pois da história do Coxa, ninguém mais o tira.
Sugiro, como leitura, um texto muito mais bem elaborado do que esse do sobre Edson Bastos. Para conferir clique aqui. A autoria é do fiel Coxa-Branca, Rodrigo Salvador. Parabéns Rodrigo.
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