Confabolando
O Coxa entra em campo nesta quarta-feira (18) para fazer história novamente. A primeira partida pode encaminhar a classificação Alviverde pela primeira vez para as finais da Copa do Brasil. Nas outras três vezes em que chegamos as semi-finais paramos em times gaúchos. Mas desta vez muda o cenário: sai o frio do minuano e entra o calor cearense.
A partida está sendo, carinhosamente, chamada de clássico dos vovôs uma vez que ambos, além da tradição, têm como mascotes simpáticos avôs. Mas outras semelhanças marcam estas equipes. O Cori passa, acumulando bons resultados, passa por um processo de reestruturação e deixa torcida cheia de esperança. O Coxa busca seu terceiro título seguido e o quarto em dois anos. Bi-campeão invicto e novamente campeão da Série B, título que a torcida dispensaria mas que não pode ser deixado de lado na contabilidade.
O Alvinegro de Porangabuçu também passa por um bom momento. Ano passado fez uma bela campanha no Campeonato Brasileiro, manteve-se na Série A e ainda levou uma vaga para a taça Sul-Americana, a segunda participação em campeonatos internacionais que participará em sua história. A primeira vez foi a Conmebol de 1995. Em 2011, a exemplo do Coxa, foi campeão estadual e manteve a hegemonia no futebol local. Foi o 40º título do Vozão.
As torcidas também se assemelham, já que ambas tem uma boa média de público e se destacam localmente neste quesito. O plano de sócio torcedor também parece um fator determinante. O Coritiba espera terminar 2011 com 25 mil sócios, enquanto o Ceará possuí cerca de 20 mil associados.
Clubes que se assemelham mesmo a 3,5 mil kms de distância. Mas que também carregam diferenças, assim como um título nacional, presença na Série A e também diferenças culturais relacionadas aos seus estados. Nomes como José de Alencer e Rachel de Queiroz de um lado e Paulo Leminski e Dalton Trevisan também dão um belo clássico literário.
Mas somente um clube, uma torcida e um estado poderá chegar a final da Copa do Brasil.
No clássico dos vovôs, que seja a hora do opa!*
* Forma utilizado por descendentes alemães para chamarem seus avôs.
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