Confabolando
Estou sentado na frente do computador para deixar meu relato sobre o jogo. Não esperarei para falar sobre a partida para estar sob a luz da razão. Não. Escrevo com o coração, o mesmo que quase explodiu no gol do Ariel e que ainda cansado não consegue parar de bater agitado, tal qual a nossa torcida. A luminária da sala pisca, não sei se é coisa de minha cabeça e ainda vejo aquele lindo show da torcida Coxa-Branca ou é apenas um problema elétrico.
Assim como também vi a empáfia cair de joelhos. Minha mãe costumava me dizer que a língua é o chicote da bunda. Dito e feito dona Ieda. O jogo ganho virou angústia e medo. A maledicência transformou-se em retranca e catimba. Cumprir tabela foi comemorado como o título. A alegada "violência" trocou de lado. Nem o apitador Ricardo Marques Ribeiro conseguiu manter o Inter com 11 em campo. Prova é que Carlinhos Paraíba saiu por uma jogada que não me pareceu leal de onde estava no campo. O Coritiba dominou o Inter durante todo o jogo. Foi gigante. É como um cara forte que aponta um dedo em riste para alguém que subestima, mas logo seu "adversário" segura o indicador e com um golpe o faz de ficar de joelhos. Foi isso que eu vi no Major Antônio Couto Pereira.
Vi uma zaga atenta e dedicada. Meus parabéns ao Felipe, Pereira e ao Mancha. O nosso arqueiro brasileiro/holandês Van der Lei com muita raça. Márcio Gabriel, então, foi perfeito. Sobrou e muito no lado direito. Deitou e rolou em cima do Marcelo Cordeiro. Guiñazu então, não viu a cor da bola e muito menos do Márcio. Ah, e o mouro Leandro Donizete. Como disse o Leonardo Mendes Júnior em seu blog, parece que são dois. O Leandro e o Donizete. Que beleza de partida e como o seu futebol cresce jogo após jogo.
Vi também o Pedro Ken cumprindo o que prometeu. Raça e comprometimento. O retorno foi dado em campo, Pedro. Sem dúvidas. Carlinhos Paraíba também foi muito guerreiro, como jogou. Marcou, apoiou, deu combate, finalizou e foi muito rápido, além da raça que vem demonstrando. Carlinhos, te peço, fique mais tempo conosco. Marcos Aurélio, em geral não foi bem, mas tentou e chegou perto de marcar novamente. Movimentou-se, concluiu a gol e levou perigo. Ainda está longe do jogador que esperamos ver e que tem um potencial muito maior, mas está se esforçando e chegando cada vez mais próximo disso.
Marcelinho é um capítulo a parte. Não foi desta vez Rei da I Dinastia dos Paraíbas. Mas o seu título com a camisa do Verdão está próximo. Se não for o Campeonato Brasileiro, que é muito mais difícil mas não impossível, será a Sul Americana. Basta esta doação e sintonia entre time e torcida que chegaremos longe.
Ariel, o que dizer de El Loco Nahuelpan? O mesmo de sempre, se doa até o fim. Aliás, não há fim para ele. O Kratos portenho novamente foi decisivo. Valeu o gol sim Ariel, pelo menos aproximou um pouco mais a justiça que todos esperavam.
Heffner, Renatinho e Ramón também entraram e tentaram. Se não desequilibraram, não desistiram em nenhum momento. Esse é o espírito. René foi valente e disse que o tinha que dizer. Ninguém chegará na nossa casa e fará o que quiser, que o diga a torcida Alviverde. Não encontro muitas palavras para falar da torcida, então deixo este vídeo para que quem não pode ir ao jogo, sinta um pouco do que gostaria de dizer, mas me faltam adjetivos com esta luz ainda piscando:
A Copa do Brasil 2009 acabou, mas o centenário ainda não. Poderíamos ter ido mais longe, mas se não deu. Então fica o orgulho de ser Coxa-Branca e a certeza que o time pode dar muito mais. Saímos de cabeça em pé e muito mais fortes do que entramos. Reforços devem pintar, o elenco ficará mais qualificado e temos outros dois campeonatos importantes pela frente e eu ainda acredito.
Ah, como é bom ser Coxa-Branca.
Sempre ao teu lado Coritiba.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)