Confabolando
O empate do Coxa com o Figueirense em Florianópolis, não apenas pelo resultado em si, mas pela apresentação do time acabou jogando um balde de água fria nas pretensões do time na Série A deste ano. Com a libertadores muito distante, a meta da direção para este ano só será alcançada diante do improvável, que seria o título vascaíno também na Taça Sul Americana.
Contudo, vejo que ainda é cedo para este relaxamento, principalmente por parte dos jogadores, comissão técnica e diretoria. O Coxa, diante de um grande desastre matemático e futebolístico, teria condições de entrar na zona de rebaixamento, uma vez que apenas 10 pontos nos separam da fatídica parte da tabela de classificação. A chance é remotíssima, mas é bom garantir para não dar chance ao azar.
Mas, enquanto isso, a pauta das eleições do clube surge precocemente no noticiário esportivo. Trazido, desta vez não pela oposição, até porque de fato ela não existe. Mas pela situação. As metas diretivas para o próximo ano, um novo estádio para o Coritiba e quem deverá ser o presidente da chapa de situação tomam as páginas esportivas enquanto o Campeonato Brasileiro já parece ter chego ao seu apito final, mas não chegou.
Embora respeite e até entenda os motivos que podem levar os diretores a tomar este tipo de postura pública, acredito que um pouco mais de cautela e concentração na bola seria importante. Até pelo fato de que o Coritiba passa longe de ser um grande coadjuvante neste campeonato brasileiro, onde desfila mais como figurante.
As eleições já parecem estar definidas e é natural que seja assim, sobretudo pela recuperação do time dentro e fora de campo. Fato que poucos acreditavam que fosse ocorrer da forma como ocorreu. Embora eu ainda tenho uma dúvida, no que diz respeito a situação financeira do clube uma vez que os balanços não são divulgados como faz nosso rival, acredito que a recondução é mais do que justa. Isso pelo que consigo ver como torcedor comum.
Mas este assunto poderia esperar mais umas quatro rodadas para ser tratado publicamente. Até que o Coxa garanta seu lugar no que vem de onde nunca deveria ter saído sequer uma vez, a Série A. Depois disso, reformulações no elenco, contratação de atacantes, laterais, meio-campos e a eleição naturalmente devem surgir. Mas até lá é preciso cautela e evitar a antecipação prematura de temas que em nada vão ajudar o clube.
Se há o momento certo para determinados assuntos, sobretudo quando se fala em critícas de torcedores, este cuidado deve ser redobrado quando falamos em dirigentes. Afinal, eles são os responsáveis diretos pela condução do clube e devem dar o exemplo para os demais em qualquer situação e não apenas quando são beneficiados diretamente com isso.
Cautela e canja de galinha não fazem mal para ninguém. A minha sem Coxa desossada, por favor.
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