
Confabolando
Não há Coxa-Branca neste imenso mundão que não esteja empolgado com a temporada 2013. Além do ídolo Alex, jogador de incontestável categoria e nível técnico, o Coritiba manteve alguns de seus bons jogadores e contratou outros de destaque.
O zagueiro Leandro Almeida chega carregando em suas malas a esperança de uma das maiores duplas de zaga do Coritiba nos últimos anos. Ao lado de Emerson, pode fazer bonito defendendo e também atacando, uma vez que ambos são conhecidos pelos gols que costumam marcar. 
Botinelli, o clone do Messi, vem muito bem recomendado. Com altos e baixo no Flamengo, já demonstrou que pode fazer muito pelo Coxa. Alia-se a eles Devid, Rafinha e outros jogadores e temos um ótimo time. Se ainda estamos longe de equipes como Corinthians e São Paulo, sem dúvida há muitos anos o Coxa não começava uma temporada com reforços que agradassem tanto a torcida como neste ano. 
O futebol brasileiro vive uma fase de bonança, reflexo também da nossa economia, que apesar não crescer tanto quanto gostaríamos, já nos coloca em posição de destaque no cenário mundial. O aumento da receita dos clubes, principalmente pela televisão e também com as verbas de patrocínio, possibilita gastos maiores. 
Contudo, uma situação que me preocupava de certa forma, foi escancarada recentemente pelo presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. Ele alertou que os clubes brasileiros estão inflacionando o mercado e fez um alerta: “Vão quebrar”. Esquecendo a ironia do fato do autor da frase ser um dos pioneiros neste processo, conhecido por “roubar” jogadores de outros clubes, ela deve ser levada muito a sério. 
Se os clubes de futebol no Brasil recebiam antes X agora recebem X + 2, contudo passaram a gastar X + 3. Nada de pagar dívidas, regularizar sua situação com credores, inclusive com o poder público. Quanto mais recebe-se, mais gasta-se. Se esta conta não dá certo em um planejamento financeiro familiar, o que dirá em instituições como os clubes de futebol. 
No Coritiba, não sabemos ao certo qual é a receita e quanto gasta-se. Muito menos valores de salário, venda de jogadores e todo o tipo de informações financeiras. Há quem defenda esta postura, que diga-se, não é exclusiva do Coritiba. Mas eu discordo. 
Clubes de futebol, embora sejam instituições de natureza privada, recebem sim incentivos públicos. Seja com a descreditada Timemania, ou com leis de incentivo ao esporte. Friso, aqui, o que já escrevi anteriormente: se há um esporte no Brasil que não precisa de investimento público, este esporte é o futebol. 
Além do que, os seus torcedores, seus sócios, também tem o direito - em minha humilde opinião - ao acesso de informações financeiras do seu clube do coração. Receitas e despesas não fazem gol e não perdem pênalti, mas sem sombra de dúvida podem influir diretamente no resultado final desta equação. 
Reitero, aqui, que acredito que o Presidente Vilson Ribeiro de Andrade faz uma boa gestão à frente do Coritiba. O resultados, mesmo com todos os problemas do ano passado, são excelentes dentro de campo nos últimos anos. Sobretudo para quem vinha de um desgaste de imagem e também de relacionamento com a torcida como ocorreu em 2009. 
Mas, também acredito, que passar a informar com maior transparência a quantas anda a saúde financeira do clube seria uma excelente iniciativa. Assim, todos poderiam ter a certeza que se dentro de campo está sendo montado um grande elenco, fora dele há uma estrutura capaz de suportar todo o investimento, que diga-se de passagem, não é pequeno. 
Enquanto isso, nos resta, expor este anseio e torcer para o que podemos ver, que são jogadores como Alex, Deivid, Keirrison, Botinelli, Leandro Almeida, Emerson e Rafinha jogando com a nossa camisa e novamente acalentando o sonho de uma temporada inesquecível para o lado verde do Paraná.
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