Confabolando
A semana promete ser de grande expectativa para quem, de fato, ama o futebol e as suas coisas. Uma das maiores ditaduras do mundo pode estar prestas a cair: a de Ricardo Teixeira na Confederação Brasileira de Futebol.
Jornalistas como Juca Kfouri e Cosme Rimoli colocaram em pauta os buchichos oriundos do Rio de Janeiro que dão conta que o presidente da CBF já está nos Estados Unidos com parte de sua família. A decisão já estaria tomada. Teria desfeito-se de sua fábrica de latícinios e gente graúda do comando da CBF estaria sendo demitida, entre elas o seu tio, Marco Antonio Texeira. Fato, que na verdade, seria para que pudesse apanhar a sua indenização. Juca Kfouri ainda revela que novamente Ricardo Teixeira tentou audiência com a presidente Dilma. Em vão, durante dois dias, ficou em Brasília com este objetivo.
Ricardo Teixeira, finalmente, deve renunciar ao comando do futebol brasileiro. O homem que quando recém-chegado - e com caneta cheia - quis mostrar todo o poder de sua tinta e mudou a história do Coritiba. Serviu de lição e mostrava o que viria. Ele que tornou a seleção brasileira de futebol algo distante do seu povo, levando o time para amistosos escabrosos em países sabe se lá por qual motivo além das polpudas bolsas, mas que nunca chegavam as pobres federações que o reelegiam sucessivamente. Ele, que veja você, fez com que a casa da seleção brasileira fosse Londres...
O responsável por uma gestão que volta e meia via-se em problemas com escândalos na arbitragem, mas que nunca deu retorno concreto a sociedade que consome, mantém, vive e o mais importante, ama o futebol. Ele que fez questão de reiterar que a entidade é privada, portanto, não há motivos para ninguém encher o saco.
O homem, que assim como seu sogro e mentor, era processado na Suiça por propina e que, por um acordo, não teria sido divulgado na íntegra após João Havelange deixar seu cargo no Cômite Olímpíco Internacional. Situação bem semelhante a saída francesa que se programa do que é responsabilizado como o motivo de tamanha rejeição popular à Copa do Mundo no Brasil.
O futebol brasileiro tem novamente, em suas mãos, a faca e o queijo. Tudo para modificar seu rumo, implantar o profissionalismo e poder voltar a figurar como melhor futebol do mundo. Não deixar prosperar a gestão de, vejam vocês, José Maria Marin, o vice-presidente da entidade. Aquele que foi flagrado, durante a final da Taça São Paulo de Futebol Juniores, no momento em que pegava uma singela lembrança: uma medalha, que teria faltado ao goleiro do Corinthians.
Enquanto isso, nós meros torcedores, ficamos na expectativa do dia 16 de fevereiro, data que se confirmada pode ser o início de uma importante mudança. Mas para isso é preciso agir. Torcedores, clubes e federações. Caso contrário, cairemos na mão de outro ditador e passaremos mais algumas décadas lamentando o tempo perdido e lembrando do século passado.
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