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Gibran Mendes21/01/11, 14h34
Confabolando

Gigante!

O marido chega em casa após um bom dia no seu trabalho e a esposa satisfeita promete uma recompensa. Fará uma bela massa para o jantar, do que jeito que ele gosta.

Começa a preparar os ingredientes na cozinha quando chama: “Amor, me ajuda aqui um pouquinho?”. Ele se dirige até ela que pede: “não estou conseguindo alcançar aquela lata de extrato de tomate, poderia pegar para mim?”.

Ele apenas sorri. Ela é ainda mais alta do que ele. Não seria mais fácil ela apanhar a lata? Não fala nada. Chega mais próximo do armário, curva as pernas para baixo para pegar impulso e pula. Como mágica, ao chegar no ponto mais alto do pulo, o tempo parece parar por cerca de dois a três segundo e ele fica estático no ar. Apenas estica o braço para pegar a lata e devolve a mulher ao retornar ao chão de forma suave, fazendo com que a vizinha do apartamento abaixo do seu sequer soubesse que alguém pulou na cozinha aquela hora da noite.

Esta é uma cena hipotética, claro. Mas é assim que imagino parte da rotina de um gigante do Coritiba. Marcos Aurélio. Todos temos nossas preferências. Até pais com mais de um filho tem as suas, muito embora isso seja veemente negado. Algo como um código de ética universal entre eles, mas isso é outro assunto.



No atual elenco do Coxa eu também tenho minhas preferências. Acho Marquinhos um excelente jogador. Ao lado de Leandro Donizete e Edson Bastos forma o trio que gostaria de ver por muitos anos vestindo a camisa alviverde.

Se na cozinha, pelo menos eu suponho, Marcos Aurélio não flutue para pegar latas de extrato de tomate e afins, ontem no Couto Pereira ele fez isso. No alto do seu 1.68m de altura pairou no ar para desviar a bola para o fundo do gol. Mas além disso, fez o que sabe. Driblou, chutou bem tanto dentro quanto fora da área e ainda demonstrou raça para fazer o terceiro gol do Coxa e o seu segundo gol na partida.

Para mim Marquinhos tem a cara do Coritiba. Vida longa a ele. O futuro artilheiro do Campeonato Paranaense de 2011. O gigante do Couto Pereira.

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Gibran Mendes

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