Confabolando
Ciência do padrão. A denominação mais aceita para a matemática, que também atende por terror de parte dos alunos durante os anos escolares. Outra utilização bastante comum é como figura de linguagem para enfatizar determinada situação. Pois bem, usarei deste expediente neste texto.
Afinal, a vitória matemática de 5x0 do Coritiba sobre o Iraty, nossa touca como diriam os gaúchos, só pode ser explicada desta forma. Os números traduzem o que foi o Alviverde em campo quando esteve interessado no jogo. Jogou como quis. Há, sim, que se avaliar a fragilidade do adversário, mas não se pode menosprezar a destreza do time Coxa quando se impôs na partida. De fato, uma equipe muito rápida e que pareceu muito mais organizado do que nas demais partidas do Paranaense 2011.
Minha preocupação segue sendo o ilógico ataque. Mesmo com uma vitória por 5x0. Os gols foram criados com talento e não ao acaso, mas o Coritiba ainda não possuí um atacante de referência, quem dirá uma peça de reposição. Leonardo não é este jogador. Não tem tamanho e nem caraterísticas para fazer esta função, muito embora se acredite o contrário. Bill não me convence. Fez um golaço, mas perde muitos outros. Prova disso foi o jogo contra o Iraty. Abriu o marcador com um gol dado por Rafinha e posteriormente chutou para fora em uma oportunidade clara. Sem regularidade e sem padrão.
Já o meio-campo parece crescer como uma progressão geométrica. Ao invés de calcular a soma dos quadrados dos catetos, agridem com uma velocidade multiplicadora. O resultado desta aritmética foi o terceiro gol Coxa, um golaço. Já Pereira me parece em uma excelente fase técnica enquanto Emerson mantém uma boa regularidade. Não deu para sentir saudades de Jeci. O time jogou bem e com alegria, este último fator alheio a matemática mas que no resultado final gera dividendos ao clube e sua torcida.
O panorama para este estadual me parece positivo. O Campeonato Brasileiro é outro problema - bem maior - para ser equacionado. Mas justamente por ser o futebol muito mais mágico que matemático é que ele torna-se imprevisível e consequentemente tão apaixonante.
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