Confabolando
Perdidos na noite (Midnight Cowboy) é um filme estadunidense lançado em 1969 e dirigido por John Schlesinger. No ano seguinte venceu o oscar nas categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Ainda foi indicado para o prêmio de melhor atriz coadjuvante, melhor edição e melhor ator com duas indicações. Dustin Hoffman e Jon Voight, que se antigamente era conhecido por seus predicados nas telonas, hoje em dia é mais lembrado como pai da Angelina Jolie.
A película conta a história de Joe Buck (Joi Voight), um coubói texano que vai para Nova Iorque tentar ganhar a vida como michê. Completamente ingênuo e e sem o menor conhecimento da cidade grande ele conhece o pequeno golpista Enrico Rizzo, ou "Ratso". Após alguns desentendimento ambos descobrem uma genuína e maravilhosa amizade, mostrando que nas piores situações sempre é possível tirar algo de positivo. Assim como nos piores lugares. Por meio desta amizade Joe vai descobrindo a vida e todos os seus problemas e os enfrentam com a solidariedade.
Além de ser um filme fora do normal, principalmente pela interpretação de ambos os atores e pelo belissímo roteiro, a história casa perfeitamente com o Coritiba. Um time que conheceu a dura realidade da vida e enfrentou tudo isso com solidariedade. Torcedores, dirigentes - nas palavras do próprio presidente Vilson Ribeiro de Andrade - profissionais, comissão técnica e jogadores, enfim todos, estão solidários em busca de um mesmo objetivo. A equipe, a torcida, a infra-estrutura, a comissão técnica, os jogadores e o técnico Marcelo Oliveira. Além de solidário, o Coritiba de hoje é um Coritiba maduro.
A partida contra o São Paulo impressionou. Não apenas por reveter um resultado negativo em um jogo difícil, afinal de contas não seria a primeira e nem a última vez que isso aconteceria. Ainda mais jogando no Couto Pereira. Mas a forma como o resultado foi alcançado. A frieza de Vanderlei, a categoria de Emerson, a liderança de Pereira, a onipresença de Sérgio Manoel e Ayrton que suaram sangue. O conjunto como um todo embalados por uma torcida fantástica.
O Coritiba está na Copa do Brasil porque mereceu estar. O Coxa passou com autoridade por uma das grandes equipes do futebol sul-americano. Teve dentro de campo organização tática, dedicação e conjunto. No banco de reservas um técnico que foi fantástico e nas arquibancadas o apoio extra que precisava.
O Palmeiras virá forte, empolgado e disposto a vingar os famosos 6x0 do ano passado. Mas aqui, em Curitiba, temos um time que joga como poucos em casa. Temos um time maduro e sério. Temos uma torcida fantástica. Aqui, somos o Coritiba e poderemos até ser os cowboys da meia-noite, mas não ficaremos perdidos na noite.
Série A - Em Santos o Coritiba deu mais uma mostra de como o time está maduro. Enfrentando Neymar & Cia na ressaca pós-libertadores o Coxa poderia muito bem ter saído da Vila Belmiro com três pontos.
A desastrosa atuação do árbitro não deixou, mas a entrega, o posicionamento tático e a forma como time está encarando seus adversários valeu. Mostra que agora sim, estamos no caminho certo, embora para esta competição a busca de um atacante seja imprescindível para que no futuro não lamentemos a ausência de um matador que poderia ter nos levado à voos mais altos.
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