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Gibran Mendes10/07/11, 17h58
Confabolando

Pijama!

O Coritiba de 2011, infelizmente, em pelo menos um ponto lembra o time de 2009. A síndrome do pijama. Naquele trágico ano, não podemos esquecer, o time venceu apenas uma partida fora de casa. Justamente na estréia do técnico Ney Franco, contra o Fluminense, na última partida do primeiro turno. Antes e depois disso, empates e olhe lá.

Um time que tem como pretensão a Copa Libertadores não pode, de forma alguma, dar-se ao luxo de perder um jogo tão encaminhado para uma vitória como neste domingo. Se, mesmo com o Grêmio com um time que tropeça em suas próprias pernas, uma derrota passa a ser considerada normal, então as projeções devem ser refeitas. Pois para alcançar a Libertadores será necessário ganhar ponto dos grandes fora de casa, coisa que o Coxa até agora não fez.

Um time que tem como pretensão disputar o torneio continental em 2012 também não pode-se dar ao luxo de ter Marcos Paulo atuando no time. Uma peça nula que comprometeu todo o setor do meio-campo durante a partida inteira. O jogador, inclusive, tem uma trajetória no mínimo curiosa neste ano. Muitas vezes sequer foi relacionado, entrou na final da Copa do Brasil e foi péssimo.

Depois foi anunciado como reforço do Avaí pelo empresário parceiro do Coxa. Na sequência volta ao time titular do Coritiba e permanece em campo enquanto Tcheco, que fazia uma excelente apresentação, é sacado do time. Poucos minutos depois o volante novamente falha, mas desta vez resultando no segundo gol gremista e que matou a partida. Fato que ficou ainda mais transparente com a perda de meio-campo ocasionada pela saída do camisa 7.

O Coxa, caso ainda almeje a libertadores, também precisa de um lateral-esquerdo com urgência. Se com Lucas Mendes naquele setor nós facilitamos a vida do Vasco na Copa do Brasil, Eltinho não apresenta um futebol muito diferente. Triguinho? Vale lembrar que ele começou a jogar bem justamente quando contundiu-se. Hoje não é possível apostar todas as fichas neste jogador.

Além disso, não consigo entender como um time pode jogar sem atacante de área durante tanto tempo. Se Bill não vive sua melhor fase, não temos sequer um substituto para o setor.

Pode argumentar-se que Marcos Aurélio perdeu um gol feito, o que é fato. O goleiro Marcelo Grohe fez boas defesas? Não há discussão. Mas o que conta no final são os três pontos perdidos e um time que deseja disputar a Libertadores da América não chegará lá contando o número de “se”s , quases ou o azar.

Marcelo Oliveira, que novamente mostrou seu caráter e comprometimento ao recusar uma sondagem do São Paulo, também falhou neste jogo. Sobretudo na supracitada substituição que sacou Tcheco do time. Isso sem falar na escalação e manutenção de Marcos Paulo na equipe.

Os pontos positivos foram as exibições dos veteranos. Tanto Tcheco quanto Edson Bastos foram muito bem na partida. O camisa 1 Alviverde fez boas defesas e se mostra recuperado da falha na final da Copa do Brasil. Ainda há Léo Gago, que aos poucos, vai retomando a confiança e seu futebol voltou a crescer.

Mas tudo isso é muito pouco. Pelo menos para quem deseja uma vaga na Copa Libertadores da América. Ou o Coritiba tira o pijama e resolve estes problemas estruturais na sua equipe, ou continuará com o passaporte engavetado na sala de documentos do clube.

Gibran Mendes

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