Confabolando
Só queremos a vitória. O esperado é a vitória. Não pensem em nada além de uma vitória. A torcida não perdoará qualquer outra coisa que não seja a vitória. As formas mudam, mas o recado é um só. O que é dito e escrito pela torcida Coxa-Branca nesta semana parece uma viola furada. Diria que até cansativo. Mas não poder diferente, afinal, não espera-se nada menos que uma vitória.
O clássico será quente. O Coritiba querendo - leia-se precisando - mostrar a que veio no Campeonato Brasileiro. Torcida e a crônica esportiva esperavam muito mais do recordista de vitórias. O time quebrador de recordes, campeão por antecedência, invicto e na casa do rival. Mas, na Série A, patina. Perde ou empata partidas que poderiam dar outro cenário para o Alviverde neste nacional. Ganha do Santos, na Vila Belmiro, mas empata com o Avaí em um jogo fraco. A hora de mostrar a que veio é agora.
O rival, do outro lado, teve uma quebra em sua sequência de resultados positivos. Muito embora ainda não tenha sentido o gosto da derrota, o técnico Renato Gaúcho amargou um empate com o lanterna em casa na última rodada e viu seu time voltar à zona do rebaixamento. Por ter como uma de suas característica a ousadia, não é de duvidar que o técnico do Atlético jogue o time para cima da defesa Alviverde que deverá contar com dois laterais improvisados e não terá a proteção de Leandro Donizete, como bem antecipou Luiz Betenheuser.
O técnico Marcelo Oliveira precisa estar preparado para todos os cenários. Um AtleTiba pode definir o futuro de um time no Campeonato Brasileiro. A paciência da torcida, sobretudo devido aos erros na Copa do Brasil, podem ir por água abaixo em caso de uma derrota. Vale lembrar que a invencibilidade Alviverde em clássicos já ultrapassou três anos e a quebra deste tabu poderá custar caro ao time e sua campanha no Campeonato Brasileiro. Embora considere Marcelo Oliveira um bom técnico e tenha contrariado todas as minhas expectativas iniciais, devo concordar com o blogueiro Marcus Popini de que ele não tem mais o direito de errar. Sobretudo, em um AtleTiba.
A expectativa de vitória da torcida, que não facilita em nada o trabalho da comissão técnica e jogadores, é mais do que natural. Não por uma suposta fragilidade do time adversário, mas por todos os fatores acima descritos. Transformar esta pressão em uma boa atuação com resultado positivo é trabalho para quem vive o dia-a-dia do futebol Coxa-Branca. O clássico já começou e a história está sendo escrita. Muitos tiveram seu nome escrito na história do clássico. Alguns heróis desde Paulo Vecchio até Tuta e outros vilões como Berg.
Herói, vilão ou uma página em branco? A história contará e ela pede nada mais nada menos que uma vitória.
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