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João Luiz10/11/13, 03h32
Coração Verde e Branco

A invasão do Canindé

A torcida se manifestou, trabalhou arduamente, e 20 ônibus lotados de abnegados torcedores Coxas Brancas saíram de Curitiba para tomar o Canindé e empurrar o Coritiba em busca de 3 importantíssimos pontos na busca contra o rebaixamento. Reforçados por torcedores de São Paulo, Santos e região, a torcida apoiou e cantou o jogo todo,afinal, missão dada é missão cumprida, ao menos para nós.

O apoio que está sendo dado aí em Curitiba continuou aqui em SP, e a exemplo do que fizemos em Santos, o Consulado de São Paulo compareceu em bom número ao aeroporto para recepcionar os jogadores, prestar apoio e mostrar que eles não estão sozinhos em parte nenhuma desse país. Parabéns rapaziada, vocês representaram...

A partida
Não precisa ser um gênio para anular o Coritiba. Todo treinador sabe que marcando o Alex, metade de seus problemas estão resolvidos, e sem poder contar com Robinho e Gil, nossa vida se tornou mais complicada, já que o Coritiba ficou sem opções para avançar e tentar furar a defesa da Lusa.

O Coritiba começou bem a partida. Para tentar suprir as ausências e ter um jogador de velocidade, Chamusca escalou Diogo na esquerda e Ferraz na direita, mantendo Victor Jr. no meio e colocando Carlinhos como uma espécie de ponta na esquerda. No início até surtiu efeito, mas marcando menos que time carioca, o Coxa começou a dar muitos espaços para o time da casa que logo tomou posse da partida e passou a dar as cartas, investindo principalmente nas descidas dos bons laterais Correa e Rogério que sempre buscavam municiar Diogo e Gilberto, aproveitando-se muito da péssima marcação exercida por nossa equipe, principalmente dos laterais.

No segundo tempo, o treinador Alviverde decidiu apostar no empate e sacou Vitor Jr. que pouco, ou quase nada, tem apresentado no Coxa para colocar a jovem promessa Emerson Santos, tentando com isso fortalecer a marcação no meio e segurar o empate. A segunda alteração foi tirar Alex, poupando o capitão, que muitíssimo bem marcado, sempre com um homem na cola, outro na sobra e sem ninguém para ajudar na criação, pouco pode fazer, para colocar Keirrison, algo que estranhei muito, afinal, se a bola já não chegava com Alex, como chegaria sem ele? Fica para o Chamusca ou alguém que tenha entendido essa substituição me responder. A última alteração eu tinha matado 10 minutos antes, estava mais na cara que nariz de Bozo que o Germano viria para o jogo no lugar de Júlio Cesar e com isso ficou evidente que a ideia era assegurar pelo menos um pontinho, o que fato aconteceu.

Se considerarmos a pressão sofrida, o empate ficou de bom tamanho, mas preocupa essa condição de jogar apenas em casa. Se uma pessoa que não acompanha o Coritiba assistir a duas partidas, uma no Couto e outra fora, ele seguramente vai pensar que são dois elencos diferentes, um que joga em casa e outro que viaja para jogar. Bom, já que temos duas partidas MUITO complicadas em casa agora, que o time que joga em casa compareça e mantenha a escrita das últimas partidas, esses 6 pontos são cruciais para nós.

O melhor da partida
Se falarmos de atleta eu fico com Carlinhos, que jogou em uma nova função, mas mostrou qualidade e muita vontade, brigou, deu carrinho, cruzou, chutou no gol, realmente se doou em campo, mas o melhor mesmo da partida ficou por conta de meu amigo Chico, aqui de SP.

Antes da partida, um amigo, torcedor da Portuguesa disse que iria comer o melhor bolinho de Bacalhau de São Paulo, e que isso seria uma exclusividade dos torcedores da casa, pois bem, não é que o Chico conseguiu convencer a mulher que trabalha no estádio a trazer os bolinhos para ele e ainda dividiu com a gente? Nunca antes na história desse estádio a torcida visitante (sem ligações com a torcida da casa) havia comido o famoso bolinho de bacalhau do Canindé, fomos os primeiros, e como filho de português posso dizer que eles são realmente deliciosos.



Destaque negativo
Apesar das péssimas atuações de Diogo, Victor Ferraz e Vitor Jr., eu voto na PM que fez a segurança do estádio.

Ao contrário do que ocorreu em Santos, a polícia desta última partida parecia muito nervosa, talvez pela quantidade incomum de torcedores adversários, e se precipitou, usando de violência e força desproporcional para conter a massa Alviverde. A agressividade apresentada desde a chegada no estádio preocupava, ainda mais porque o número de mulheres, crianças e pessoas mais velhas que abraçaram a causa de apoiar o Coxa nesta partida foi muito alto. Isso é algo que tem que ser revisto urgentemente.

Houve um principio de confusão, onde três torcedores nossos se aproximaram de onde estava a torcida do time da casa, mas isso foi fruto de um cordão de isolamento mal feito e um portão sem cadeado e poderia perfeitamente ser contornado por UM policial na base da conversa e não por 30 na base da borrachada, desferidas principalmente em cima de quem apenas pedia calma ou erguia as mãos mostrando que estava apenas tentando se proteger.

Importante destacar também, o desserviço prestado pela imprensa paranaense, já levantando a lebre de perda de mando de campo devido a esta pequena confusão, a fim de equilibrar a situação com o timeco do coração e financiador desse lixo que se intitula imprensa esportiva no Paraná.

A pequena confusão que ocorreu na arquibancada em nada tem a ver com as batalhas travadas nas arquibancadas pelas torcidas de Corinthians, São Paulo e poodles, sendo que nos três casos estes clubes eram mandantes.

Na boa, está na hora do Coxa repetir o que fez na década de 80, onde proibiu alguns setoristas de entrar nas dependências do CT e do estádio, sendo que nesta época alguns seres mal intencionados da imprensa tiveram que sair correndo do Couto para não levarem um puxão de orelha da diretoria e dos jogadores. Os mais velhos vão lembrar dos episódios e dos nomes, inclusive do mais famoso que envolveu um torcedor declarado do Paraná Clube que depois até se elegeu deputado.

Estamos indo de volta prá casa...
Independente do que esteja acontecendo, precisamos dos próximos 6 pontos, então, vamos lotar novamente a nossa casa, recepcionar os jogadores e empurrar o Coxa prá cima do adversário, não temos outro caminho, é apoiar, vencer, sair dessa situação e deixar para discutir a vida quando o campeonato acabar, até lá é apoio total.

Saudações Sempre Alviverdes.

João Luiz

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