Coração Verde e Branco
Após a boa vitória sobre o líder Cruzeiro, o Coritiba receberia o segundo colocado no campeonato, o não menos perigoso Grêmio. A torcida gaúcha estava em polvorosa, certa de que transformaria o Couto Pereira em um CTG e faria a festa em nosso salão, ledo engano, a casa é nossa, quem manda no Couto somos nós, e quem aparecer tem que dançar no nosso ritmo.
Assim que o árbitro determinou o início do concerto, Gil esticou um solo de bateria incrível e pela direita cruzou na área, Pará, sanfoneiro do adversário, saiu do tom e marcou contra.
Sem dar tempo da galera respirar e sem conversar com o público, Alex emendou outro sucesso, levando a galera a loucura.
Aos quatro minutos de jogo, o Coxa vencia por 2x0, a torcida que já havia estreado a maior bandeira de clubes de futebol do Brasil não ficava parada um segundo, cantava, pulava e apresentava suas coreografias nas arquibancadas o tempo todo, era uma loucura, a muito tempo eu não participava de uma festa assim.
Ainda no primeiro tempo, após um passe incrível de Júlio Cesar, que fez sua melhor apresentação pelo Coritiba até hoje, Robinho apareceu sozinho na cara de Dida e não perdoou, levando todos ao delírio.
Após uma breve pausa, o grupo verde e branco voltou para o palco e continuou desfilando seus sucessos para a galera. Logo no início da segunda parte do show, a torcida Coxa, embalada pelo time no gramado, começou a cantar um das músicas mais famosas do Couto Pereira, Olé.
O Coritiba não parava, tinha o público nas mãos, e depois de um drible de gênio de Júlio Cesar sobre seu marcador, o camisa 11 descobriu Geraldo, que rápido como um solo de guitarra, ingressou na grande área e ao melhor estilo matador angolano, mandou de bico para dentro das redes tricolores.
O show estava completo, mas o sanfoneiro Pará, que já havia perdido o tom no início da partida, resolveu tentar encerrar o Olé que se repetia nas arquibancadas, e puxando o fole com força, acertou seu pé de gaiteiro em Geraldo, o que resultou em sua ida antecipada para o camarim número 2 do Couto Pereira, sendo devidamente homenageado pelos fãs Alviverdes.
Ao fim do show, após aplaudirem e serem aplaudidos pelos astros Coxas Brancas, todos saíram extasiados, satisfeitos por estarem ali, por terem tomado parte de uma festa tão sensacional.
Uma pena eu não poder ir a todos os show do Coritiba, uma pena eles virem tão pouco para São Paulo, mas quem sabe eles não fazem uma apresentação melhor ou ao menos tão boa em Macaé e na capital paulista.
Falando sério
Um partidaço do Coxa, que mesmo tendo chutado ao gol adversário o mesmo número de bolas do Grêmio, em momento algum foi ameaçado ou sofreu risco de ter as redes balançadas, porém, temos que levar em consideração o fato de termos marcado dois gols em 4 minutos, o que destrói qualquer esquema tático. Bom para nós, azar do adversário.
Mérito para o time Coxa Branca que foi guerreiro o jogo todo, em uma partida onde doação, garra e vontade de vencer foram os ingredientes para um importantíssimo triunfo.
Em minha opinião, destaques individuais para Júlio Cesar e Gil, com menção honrosa para Robinho e Alex.
Saudações Sempre Alviverdes.
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