Coração Verde e Branco
Assisti a apenas duas partidas do meu Coxa em Curitiba este ano: 3x1 contra o Goiás e o último atleTIBA. Foram muitas emoções, duas vitórias, novos amigos, reencontro com velhos, mas muitas preocupações. Estou começando a me achar pé quente em Curitiba, e seria fora também se não fôssemos tão garfados. Tenho certeza disso.
Saí de Santos/SP na sexta-feira à noite com o único objetivo de assistir ao maior clássico do Paraná in loco, dentro de nossa casa. Queria sentir o “Gigante de Concreto Armado” novamente tremendo embaixo dos meus pés.
Comecei meu dia indo à Coxamania comprar uma camisetinha oficial do Coxa para cada um dos meus sobrinhos (Tostão e Chicão) e aproveitei para bater um papo e trocar algumas figurinhas com meus antigos amigos, Toninho e Cabelo, Coxas Brancas de quatro costados. Temos pontos em comum e outros nem tanto, mas concordávamos 100% que se não ganhássemos o clássico, nosso destino provavelmente estaria traçado.
Cheguei no Couto bem mais cedo, precisava personalizar duas camisas, mas também queria garantir um bom lugar na arquibancada e sentir cada minuto do clima da partida.
Quanto soou o apito inicial, o Coritiba jogava pegando firme, sério, mas sentia um time tenso, bem como nossa torcida. A zaga parecia confusa com a velocidade do adversário, não conseguíamos chegar com perigo, muitas faltas de ambos os lados, e ao final do primeiro tempo, um misto de frustração e alívio com o 0x0.
No segundo tempo, o Coxa novamente voltou bem e, com 20 segundo, após um novo chute perfeito de Hélder, abrimos o placar. O gol acalmou o time esmeraldino. A tranquilidade voltou, os jogadores passaram a tocar mais a bola, pensar antes de agir, tomar conta das ações da partida, mas, assim como no primeiro tempo, algumas falhas infantis de marcação e posicionamento levaram um perigo desnecessário a nossa meta.
Ao final do jogo, uma festa linda. Continuamos vivos, mesmo ainda estando na lanterna, vivos e em condições de sair desta situação, mas o espírito de luta tem que permanecer e quem sabe com ele não podemos mudar a sorte, pois até agora ela só jogou contra.
O time foi bem, mas sempre dá para melhorar.
Não sei como vai fazer, mas Marquinhos Santos tem que corrigir o posicionamento do time. Ontem, poucas foram as vezes em que ganhamos uma bola reposta por goleiro ou afastada pela zaga. Em uma delas inclusive saiu nosso gol. Outro ponto é que não adianta ficar disputando bola no alto no meio de campo. Somos baixinhos, deste modo, bola no chão, rapaziada.
O protesto
Como já recebi esse questionamento ontem durante a partida, vamos falar novamente sobre o tema: não, não apoio. Claro que todo trabalhador deve receber seu salário em dia, mas continuo com minha posição de que isto tem que ser tratado internamente. Continuo considerando isso como assunto político e agora não é hora disso.
Querem cobrar, mandem ver. É direito de vocês e tem meu apoio, mas isso deve ser feito intra muros, como é feito com Santos, Corinthians, Flamengo, entre outros. Sim, eles estão com salários atrasados e não se vê esse tipo de atitude.
Nova reta da Mauá
Gostei. Ela ficou muito bonita, mas não é para mim. Fazem muitos anos que a Mauá se tornou um PPV dentro do Couto e meu lugar hoje é na arquibancada, sentindo o calor da torcida, cantando, batendo palmas, fazendo barulho o tempo todo, mas acho injustas as críticas ao novo setor. Hoje temos um setor mais elitizado, e se o torcedor quer ir ao jogo e desfrutar dos benefícios da área, o que há de errado nisso? Quem quer o barulho vem para a arquibancada conosco.
Parabéns
Sexta-feira se encerrou o prazo para inscrição de novos atletas para a primeira divisão e eu não poderia de deixar de parabenizar o sr. Anderson “Água de Salsicha” Barros por não ter conseguido contratar ninguém que não tenha sido indicação de treinador e, mesmo assim, não ter trazido um centroavante.
Segue a luta
Vencemos o time das terras baixas. Agora é ganhar do Criciúma. Os africanos são especialistas em matar tigres, e como temos dois no elenco estou muito confiante na vitória, ainda mais sendo em nossos domínios. Temos que encarar essa partida como uma verdadeira caçada, agindo com inteligência e dando os tiros certos para abater o time catarinense.
Na saída do Couto
Saindo do estádio ontem tive a sorte de encontrar com ninguém menos do que Dirceu Krueger, uma lenda viva do Coritiba. Cresci ouvindo as histórias que meu pai conta sobre ele e ontem tive a oportunidade novamente de agradecer pessoalmente e bater uma foto com o ídolo. Sempre vale a pena celebrar e valorizar um craque como ele foi e uma pessoa que dedicou toda a sua vida ao Coxa. Muita saúde e vida longa ao Flecha Loira.
Abraços
Gostaria de finalizar este texto mandando um abraço ao pessoal que veio conversar comigo na arquibancada do Couto. É sempre muito legal ter esse feedback da torcida. Em tempos de rede social, a informação roda muito depressa e ter este retorno é algo realmente especial.
Abraço também para meus amigos Toninho e Cabelo (Coxamania), Robson, Matheus (Coritiba Store) e Leandro (CFC), estes dois últimos pelo empenho em ajudar a mim e a alguns amigos a realizar um pequeno projeto o qual será mostrado em breve, é algo bem pequeno mesmo, mas tivemos que fazer por nós mesmos, porque o marketing do clube não proporcionou ao torcedor.
Saudações Sempre Alviverdes.
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