Coração Verde e Branco
Final dos primeiros noventa minutos da decisão e nada mudou, continuamos jogando por um empate, porém, agora é em nossa casa.
O Coritiba entrou em campo bem escalado. Com a ausência de Victor Ferraz, Marquinhos Santos fez o que eu considero correto e mandou Gil para a lateral direita, mantendo Patric na esquerda e dando uma oportunidade à Sérgio Manoel para auxiliar Willian na marcação. Na defesa, o treinador deu mais uma bola dentro, escalando Chico em detrimento de Escudero e Pereira.
Com um time bem escalado, faltava ver como o time se portaria em campo, afinal, a Nação Alviverde contava com um resultado positivo e completamente diferente da anterior para encaminhar o tetracampeonato.
O gol de Deivid logo no início da partida fez um carnaval na torcida Coxa, mas o time novamente se encolheu, levou um gol contra em uma jogada totalmente despretensiosa e perdeu outras duas chances de voltar à liderança do placar com Alex e Deivid.
Fomos melhores no primeiro tempo, mas eu sentia que nosso meio campo jogava ao ritmo de bossa nova e nosso adversário com rock n’ roll, o que se seguiu por todo o jogo.
Com Alex novamente muito bem marcado por Renan, e Deivid recebendo atenção redobrada, o Coritiba ficou com tantas variações de jogada quanto Lulu Santos em seu repertório, ou seja, nada, sendo assim, sobrou para Rafinha, novamente nosso atacante mais agudo, ser a válvula de escape do ataque, travando praticamente sozinho uma batalha muito boa contra seu marcador e toda a zaga adversária. Rafinha correu, driblou, fez falta, sofreu faltas, fez a zaga sambar, mas infelizmente não conseguiu o gol, algo que talvez pudesse ser alterado se ele tivesse jogado mais do outro lado, onde havia um lateral improvisado e não tão eficiente na marcação.
Com o cenário exposto acima, Robinho teve que assumir a armação, “algo que não é a dele”, mas acabou por cumprir com perfeição o que sabe fazer bem, ser o garçom, e assim como no cruzamento que deu para Deivid, Robinho encontrou Geraldo correndo pela esquerda e meteu uma bola preciosa para o angolano iluminado bater de bico e decretar o empate e a manutenção de nossa vantagem.
Na próxima partida, o time do meio canil seguirá como franco atirador, sabendo que aquela pode ser a partida da vida deles, cabe ao Coritiba, finalmente mostrar que é mais time, comandar as ações e ficar com o caneco e fazer explodir uma grande festa em verde e branco pela capital e pelo mundo todo.
A impressão que tenho é que nos dois últimos atleTIBAs, o time lá de baixo entrou e se portou de maneira exatamente igual, se o que eu percebi foi correto, cabe então ao nosso treinador armar o Coxa de modo a neutralizar as ações e principais atletas do rival, bem como encontrar uma maneira de nos fazer jogar mais solto.
Esperamos que no fim da última e derradeira partida do Paranaense 2013, a música que embale o campeão, seja o Hino do Glorioso, gritada a plenos pulmões pela MAIOR TORCIDA DO PARANÁ, especialmente na parte onde diz: “Oh Glorioso como é bom te ver campeão de novo”.
Nessa semana, nós torcedores devemos esquecer as insatisfações com alguns atletas e com o treinador, quem as tiver obviamente. Vamos focar nosso pensamento em motivar e passar confiança à nossos guerreiros para que no domingo possamos comemorar um campeonato que vai entrar para nossa história.
Faltam 90 minutos para entrarmos novamente na história, 90 minutos para estes jogadores escreverem seus nomes na história centenária do Coritiba, 90 minutos para Alex ganhar seu primeiro título com a camisa do Coxa, clube que o revelou e pelo qual torce.
Nos vemos no domingo, em um estádio de verdade, com condições de receber uma final de campeonato.
Saudações Sempre Alviverdes.
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