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João Luiz10/09/13, 00h08
Coração Verde e Branco

Final do primeiro capítulo: Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.

Finalmente a série de seis partidas sem vitórias está encerrada, vencemos o poderoso São Paulo na última rodada do primeiro turno em nossos domínios.

O Coritiba foi senhor da partida, principalmente no primeiro tempo onde deu 6 chutes a gol contra nenhum do adversário.

Em um primeiro momento eu não consegui acreditar no que Marquinhos Santos estava fazendo, para falar a verdade eu pensei: "bateu o desespero, o cara se assustou com as críticas e se perdeu". Ledo engano. Sem poder contar com Victor Ferraz e com as más fases de Diogo, Arthur, Bottinelli, Bill e Júlio Cesar. Mas tendo o retorno de Robinho, o treinador escalou um time repleto de mudanças, com a estreia de Uelliton e a escalação de Vinicius na lateral direita e Keirrison no ataque.

As mudanças deram certo, o Coxa venceu, garantiu mais três pontos e de quebra vimos boas atuações de Uelliton, Willian, Chico, Robinho, Alex e Vitor Jr.

Uma vitória convincente que coloca novamente o Coritiba nos trilhos, certo? Não exatamente.

É importante lembrar que enfrentamos um time que apesar da força de sua camisa, está muito mal e tem justamente em seus jogadores mais importantes seus pontos mais decepcionantes.
Alex jogou solto, com espaço para dominar pensar e jogar, e isso é um convite à desgraça, sendo que isso não deve acontecer com muita frequência. O normal é que os outros treinadores tenham mais juízo e mantenham um na marcação e outro na sobra de nosso camisa 10, como o Paulo Autuori fez no segundo tempo por acaso. Nós fizemos exatamente ao contrário, marcamos o meio campo do time paulista, seguindo o simples preceito de que se o meio não cria, o ataque não finaliza, mas é importante ressaltar que apesar de nosso domínio, o São Paulo deu 7 chutes a gol no segundo tempo.

Alguns pontos merecem ser comentados: Com a saída de Keirrison, que em minha opinião estava bem na partida, Marquinhos Santos preferiu levar a campo Geraldo, depois Aquino e por fim Lincoln, centralizando Alex, mas se tínhamos Bill e Júlio Cesar, porque improvisar e perder o cérebro criativo do time? Para mim isso aponta que o treinador reconheceu a má fase de ambos. Eu teria colocado diretamente o Lincoln, que com Robinho ao lado, poderia criar algo para o Alex, mas o treinador preferiu os velozes Geraldo/Aquino e Vitor Junior pelos lados do campo, mas isso é apenas questão de opinião, respeito a decisão do Marquinhos.

As lesões ainda chamam muito a atenção, a câimbra de Keirrison é normal, nunca a frase gato escaldado tem medo de água fria se aplicou tão bem, mas as dores musculares de Geraldo e Aquino durante a partida, bem como a de Victor Ferraz no dia anterior elevaram a situação do status de bruxa solta para poltergeist. Está na hora de jogar sal grosso, chamar um padre, um pastor, um pai de santo e quem mais encontrarmos que esteja disposto a ajudar, para afastar de vez essa zica do reino do Alto da Glória.

Nem tudo estava errado até sábado, mas nem tudo está certo hoje, o Coritiba ainda tem muito o que acertar, um atacante para jogar quando Deivid não possa atuar ou ainda junto com este e principalmente, a cobrança e comprometimento de algumas peças são algumas delas, sendo esta última a mais urgente. Se o cara não está a fim, tem que pegar o boné, se o cara, não leva a profissão a sério, a diretoria tem que dar o boné para ele.

Outro ponto que precisa ser discutido e continuar a ser cobrado diz respeito a montagem do elenco; temos sim jogadores sem a mínima condição de vestir nossa camisa, e isso custa dinheiro, artigo de luxo em nossos cofres. O treinador não tem culpa nisso, mas pode apostar que se chegar o dia em que uma cabeça tiver que ser apresentada em uma bandeja para saciar os críticos, é a dele que vai estar lá.

Quero finalizar este texto parabenizando o grande personagem da partida, VOCÊ, que foi ao estádio, que cantou, pulou, empurrou o time prá cima do São Paulo, você que entendeu que as cobranças devem sim ser feitas, mas antes ou depois da partida, porque durante, é apoio incondicional.

Saudações Sempre Alviverdes.

João Luiz

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