Coração Verde e Branco
E terminou mal para o Coritiba a primeira partida da grande final do Campeonato Paranaense de 2015. O Coritiba, novamente foi ridículo no campo do adversário, tomou um vareio de bola, levou dois gols em falhas infantis e vai ter que jogar muita, mas muita bola para reverter o quadro e levantar o caneco.
O placar desfavorável começou a se desenhar com a escalação da equipe que iniciou a partida.
Sem poder contar com o zagueiro Wellinton, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Marquinhos Santos desmanchou o esquema que deu certo contra o Londrina em Curitiba e voltou ao que quase nos eliminou em Londrina, entrando com dois zagueiros e novamente puxando os laterais para fazerem a linha defensiva, substituindo o zagueiro por Cáceres, que até agora, se mostrou um mico, ou melhor, um King Kong, sem condição nenhuma de vestir o manto Alviverde.
Com Cáceres no meio de campo, continuamos com este setor completamente estéril, e para piorar, matamos as laterais, nossa única possibilidade de fazer a bola chegar no ataque, visto que Norberto e principalmente Carlinhos tiveram que se esmerar ainda mais na marcação, obviamente sem sucesso porque o time do Operário chegava como queria na defensiva Coxa, seja pela lateral ou pelo meio, nem o mais fanático torcedor do fantasma esperava tamanha facilidade.
Outro ponto que vale muito a pena ser destacado é que tomamos dois gols de bola parada, jogada manjada do time do interior, o próprio treinador e os jogadores alertaram para isso durante a semana, dizendo que estavam treinando forte este fundamento, pois é, olhando apenas os lances, a impressão que dá é que nunca viram um vídeo do adversário.
Tomando sufoco o tempo inteiro, eu esperava que Marquinhos fizesse o mais simples: tirasse o Cáceres de campo, que era um a menos mesmo e colocasse um zagueiro, liberando assim os laterais, mas Cáceres só foi substituído com mais de 15 do segundo tempo e ainda assim por Wallyson, o que não resolveu absolutamente nada, visto que a bola continuava a não chegar na frente. Para piorar, novamente na tentativa de corrigir o meio de campo, o treinador Coxa colocou em campo Pedro Ken, no lugar de Keirrison que pode ter cansado, ou até sofrido um ataque de depressão, de tão sozinho que estava no ataque. Com a entrada de Ken, novamente voltamos a atuar com um a menos em campo, e tem mais, se o Ivan já não estivesse entrado no lugar de Norberto, que saiu machucado, era capaz do MS completar a tríade absorvente íntimo e colocar o Mazinho em campo.
Obviamente não podemos esquecer que assim como em Londrina, Vaná novamente falhou bisonhamente nos dois gols, sendo que no primeiro foi mais uma vez acompanhado da defesa toda, mas as duas bolas eras defensáveis e novamente o atual camisa 1 volta a não passar confiança alguma ao torcedor. Parece que bastou eu elogiar o cara para ele voltar ao que era antes.
O amigo torcedor pode pensar: "ah, mas se a gente enfiou 3 no Londrina, com certeza podemos repetir contra o Operário". Concordo em partes. Também acho que o Londrina também tem mais time que o atual adversário, mas o fato de termos enfiados dois gols no tubarão em menos de 5 minutos acabou com o esquema do Tencatti, o qual estava funcionando muito bem até então.
Mas e agora, tudo está perdido? Claro que não, o Coritiba tem muito mais time que o Operário, mas o fato de ter que reverter uma diferença de dois gols e ser uma final de campeonato, com certeza dificultam muito a tarefa do Coritiba e motivam ainda mais o time do interior na busca do título inédito. Tenho certeza que no vestiário, o técnico Itamar Schulle deve ter jogado para seus atletas que eles podem entrar para a história e dar o primeiro título estadual de um clube centenário e cabe agora a Marquinhos Santos motivar o time Coxa Branca e montar o esquema correto para que possamos na pior das hipóteses vencermos pela diferença de dois gols e termos o direito de decidir nos penaltis quem fica com a taça.
Vejo vocês domingo no Couto Pereira.
Saudações Sempre Alviverdes.
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