Coração Verde e Branco
Depois de um primeiro tempo primoroso e uma partida muito boa contra o Santos pela Copa do Brasil, o Coritiba novamente voltou a focar no Campeonato Brasileiro, desta vez contra um dos times mais fortes da competição, o atlético Mineiro, e mesmo jogando fora de casa, o Verdão conseguiu trazer um pontinho importante na bagagem.
A introdução acima realmente não reflete o que foi o jogo e nem mesmo a partidão que fez o Coxa, e é sobre isso que vamos falar hoje.
O primeiro ponto a considerar é que uma derrota ontem poderia ser vista como um resultado normal, afinal, jogamos contra uma das equipes mais ricas do futebol brasileiro, atual campeão da competição e um dos favoritos a diversos outros títulos nesta temporada, além é claro de contar com o atacante mais decisivo em atuação no país. Por outro lado, o Coritiba acaba de retornar da Série B e está em formação. Era uma partida de gigantes que estão em momentos diferentes, o gigante mineiro contra o gigante do Paraná.
Galo 2x0
Em uma falha individual de Regis, que perdeu a bola no meio de campo e depois não conseguiu cortar na defesa, o time mineiro marca o seu primeiro gol.
Me preocupa a atuação de nosso camisa 78, uma das contratações em que eu depositava maior esperança. Depois de um partidaço contra o Santos, ontem novamente ele voltou a jogar sem a intensidade necessária para uma Séria A e essas oscilações são muito difíceis de serem administradas. A gente precisa realmente saber qual é o Regis que temos no elenco, o cara que implodiu o Santos ou o jogador nota 5 que temos visto em outras partidas.
No segundo gol, Guilherme Biro, que novamente fez um excelente jogo, escorregou no momento da cobertura e do corte e Savarino só teve o trabalho de driblar Alex Muralha e mandar para as redes. Uma infelicidade que não macula a grande atuação de nosso jovem lateral.
Pois bem, considerando o cenário acima, o normal seria jogar a toalha e fechar a casinha pra não tomar mais, certo? Pode até ser, mas não foi o que fez Gustavo Morínigo.
Nunca abandonar a estratégia
Em minha última coluna eu comentei sobre o trecho do livro Do Caos ao Topo, escrito por Rene Simões onde ele fala que ganhando ou perdendo, não se deve abandonar a estratégia e foi isso que o time fez, o Coritiba sofreu os gols mas continuou jogando, não se encolheu e nem se escondeu, seguiu valente e tentando fazer frente ao adversário.
No intervalo o treinador trocou Val por Bernardo para ajudar na marcação e Regis por Robinho, com isso o Coritiba muda o jeito de jogar e reforça a postura, se Regis era mais agudo e por vezes chegava dentro da área, Robinho "jogou de 10", distribuindo a bola e cadenciando o jogo, deste modo o Coxa conseguiu tomar o meio de campo e a bola parou de chegar em Nacho, Savarino e principalmente em Hulk, que foi completamente anulado pelo capitão Willian Farias.
Como Alef Manga estava muito longe do Manga das últimas, talvez pela forte marcação recebida, Morínigo trocou ele por Fabricio Daniel, o qual entrou com um posicionamento que eu demorei pra entender. Eu esperava ver o camisa 13 na direita, mas ele flutuou muito na frente e quando não tínhamos a bola fechava no meio, pois bem, assim como eu, o treinador e a defesa do time mineiro se confundiram com a movimentação de Fabrício, que avançou pela esquerda e cruzou para Clayton que não conseguiu alcançar, a bola sobrou para Igor Paixão fuzilar para as redes e diminuir a diferença
Tendo Fabricio Daniel em melhor jornada que Manga, Morinigo percebeu que precisava de maior velocidade na referência de ataque, promovendo assim a troca de Clayton, que novamente fez boa partida, por Adrián Martinez; resultado, Paixão, o dono da noite, recebe uma bola linda de Robinho, mata com muita categoria e parte pela esquerda, na velocidade deixa toda a defesa do dono da casa na saudade, a movimentação de Martinez é perfeita e o atacante argentino empata o jogo.
O mais importante
Quem acompanha minhas colunas sabe que eu não me incomodo em perder, desde que o time se apresente bem, e é isso que tem acontecido com o Coritiba; nas três partidas pelo Campeonato Brasileiro e na última partida contra o Santos pela Copa do Brasil, o time tem se apresentado muito bem, isso dá a esperança de um horizonte mais tranquilo, de que o Coritiba possa bater de frente com quem for, óbvio que teremos derrotas, mas seguramente não seremos o time covarde da gestão anterior.
O nome do jogo
Se Igor Paixão infernizou a zaga, que deve ter tido pesadelos com ele, e encantou a imprensa que cobria a partida, não acostumados com nosso camisa 98, Morínigo mostrou novamente todo os seu conhecimento sobre o elenco e sua capacidade de mudar o panorama com algumas mudanças de peças, de posicionamento da equipe e de comportamento, pra mim, El Patrón novamente foi o nome do jogo e principal responsável pelo empate (com gosto de vitória).
El Maestro foi duramente criticado por mim na eliminação precoce do Paranaense de 2021, novamente critiquei após a derrota contra o Vasco quando nosso título foi pro espaço e nosso acesso ficou em risco, foi duramente contestado por parte da torcida por seu modo de jogo na Série B do ano passado, aqui eu me eximo da culpa, porque eu entendia suas razões, mas este ano Morínigo está colocando todos de joelho perante seu trabalho.
Vida longa ao treinador.
Vivendo com Fair Play
Sim eu gosto de polêmica.
Não era nada difícil adivinha a escalação do Coritiba, em todo os grupos que participo, inclusive em um deles a moça que lançou a escalação no Twitter participa, nós cravamos a escalação, então em meu ponto de vista isso não seria motivo para tanta celeuma e para pedir para deixarem de seguir a página da moça e cancelar a mesma, tudo seguramente poderia ter sido resolvido com uma conversa rápida. Tenho certeza que se pedisse para ela tirar, ela o faria.
Não basta falar em fair play, é preciso praticar o que se prega, isso chama-se liderar por exemplo.
E aí amigo leitor, viu a mesma partida?
Quem você escalaria contra o FluminenC, Gamalho, Clayton ou Adrián Martinez? Eu sigo com Gamalho ;)
Será que o Hulk já saiu do bolso do Willian Farias?
Acha que a zaga do Galo já se recuperou do pesadelo criado por Igor Paixão?
Está mais confiante no time este ano?
Saudações Sempre Alviverdes
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)