Coração Verde e Branco
Sempre declarei que gosto do campeonato com pontos corridos, para mim, este é o modelo mais justo, todos jogam contra todos (alguns contra árbitros também) em turno e returno, quem fizer mais pontos é campeão e quem fizer menos é rebaixado, simples assim.
Atualmente estamos fora da ZR, uma vaga para o trem da Série B de 2015 já foi preenchida pelo Criciúma e outras duas estão bem próximas, digamos que reservadas por Botafogo e Bahia, restando apenas a briga pelo último banco rumo ao inferno no ano que vem. Para esta peleja temos Vitória, Palmeiras e Coritiba. Atualmente dependemos apenas de nós e se jogarmos com um pouquinho de inteligência e contarmos com somente mais um pouquinho de sorte podemos escapar já na próxima rodada e contra o Bahia apenas fazer a festa de despedida do Alex.
Desnecessário dizer que o jogo contra o Palmeiras era de suma importância para nossas pretensões, e para garantir a vitória a torcida novamente se motivou, recepcionou os jogadores, cantou o jogo todo, buscava passar para o campo a energia e a alegria que dentro das quatro linhas o nervosismo não deixava surgir.
Com o retorno para o segundo tempo o Coxa veio mais acesso, certamente motivado por Marquinhos Santos e tomou conta da partida, o gol era questão de tempo e quando ele saiu tivemos uma grata surpresa. Acostumado a ver o Coxa recuar e esperar o adversário, desta vez presenciei um time ainda mais agressivo, que não tirou o pé, uma equipe que colocou a faca entre os dentes e partiu para cima do adversário para matar logo o resultado, e ele, o segundo gol veio em um lance de gênio. Após lindo passe de Robinho, Alex ergueu a cabeça e viu Joel a seu lado, sozinho, com cara de pidão, como se dissesse: “toca prá mim Capitão, deixa eu fazer esse”. Qualquer jogador normal teria tentado driblar Fernando Prass ou concluir tirando do goleiro, mas um gênio toca para o lado e garante a festa. Coritiba 2x0 e resultado assegurado.
Na próxima rodada encaramos o Atlético MG que virá de ressaca pelo título da Copa do Brasil, ou buscando provar que pode mais por perder o caneco, caberá a Marquinhos Santos analisar a situação, ler o panorama e armar o time para pontuar em Minas Gerais, sendo que um empate lá e uma combinação de resultados nada improvável pode nos garantir na Séria A do ano que vem.
Quem leu minha última coluna percebeu que estava em viagem de trabalho em Cuba e obviamente não poderia deixar de registrar alguns momentos com a camisa do time dono do meu Coração Verde e Branco, e não é que teve um cubano em Havana vieja que reconheceu a camisa? No hotel era mais legal, com turistas mexicanos, franceses, peruanos, colombianos, italianos, ingleses, americanos e alguns brasileiros, tirávamos nosso tempinho para conversar sobre futebol no hall ou bar do hotel, algumas vezes, com muito mais gente, a conversa era no restaurante, uma verdadeira Torre de Babel da bola. De minha parte foi legal dividir com eles histórias sobre Kruger, Tostão, Chicão, Pachequinho, Paquito, Abatiá, Alex, sobre nossa batalha contra o Santa Cruz em 2007, alguns mais alucinados, assim como eu, mostravam orgulhosos suas tatuagens em homenagem ao clube de coração. Certamente uma experiência muito legal.
Domingo que vem é corrente positiva, temos dois passos e dependemos somente de nós para nos mantermos na elite do futebol brasileiro e tentar fazer diferente em 2015.
Saudações Sempre Alviverdes.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)