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João Luiz30/06/18, 09h00
Coração Verde e Branco

A bola não entra por acaso (versão 2018)

Mais um empate fora de casa, mais dois pontos perdidos, sim, perdidos, porque desta vez vencíamos por 0x2 e de maneira estúpida conseguimos levar o empate de um time em que a grande maioria dos atletas estava tão gordo quanto eu. Se existe uma palavra para descrever o Coritiba nesta Série B, ela é broxante.

O Coritiba começou partindo pra cima e tentando ganhar o jogo, ao contrário do que havia feito em todas as últimas partidas fora de casa, mostrou vontade, marcou dois gols com Guilherme Parede, mas aos 37 minutos do segundo tempo após uma falha bisonha de Alecsandro levamos um gol de pênalti e o castigo final veio aos 50 minutos com Edinho, em mais uma falha estúpida de marcação.

É inegável que o Coritiba apresentou melhora nesta partida, porém, eu considero que a melhora se deu mais por vontade e mudança de atitude do que por qualidade técnica e padrão tático, e uma prova disso é que os dois gols de Guilherme Parede foram fruto de cruzamentos de Simeão, que ontem fez uma boa partida.

Não considero errado um volante dar assistência, mas dois cruzamentos? Na mesma partida? Não te parece estranho? Nem na minha pelada de quinta-feira vemos isso.

É fato que carecemos de qualidade técnica, que a formação do elenco por Augusto é pífia, que perdemos 4 meses de trabalho por teimosia do Presidente Samir Namur, mas tem muito mais coisa nesse emaranhado que Samir chama de projeto e que podem comprometer gravemente nosso acesso a primeira divisão neste ano.

Do ponto de vista técnico, Eduardo Batista além de não conseguir dar padrão de jogo ao time, faz escalações que ninguém consegue entender e substituições piores ainda. A entrada de Alecsandro no meio de campo ontem e a manutenção de Pablo Thomaz no time são exemplos claros disso. Outros fatores para se considerar são o retorno de Kady e Júlio Rusch à base e o fato de que jogadores como Jean Carlos e Bruno Moraes nunca mais terem tido chances com o treinador, ou seja: vai mal em uma partida, nunca mais joga, nisso, mesmo que tenhamos milhões para gastar em contratações, nunca será suficiente, teremos um elenco enorme formado por jogadores meia boca mas que devido a quantidade se tornará caro e ineficiente, estranhamente, a história é similar ao que aconteceu no Palmeiras quando Eduardo Batista estava no comando.

Já falei diversas vezes: o Coritiba precisa urgentemente de alguém que entenda de futebol. Um diretor de futebol experiente foi uma promessa de campanha, e Augusto não é essa pessoa.

É inegável os esforços do novo G5 em tratar os problemas administrativos do clube, mas no que tange ao futebol, nosso core business, o trabalho é pífio, tão ruim quanto o da gestão Bacellar, porém com jogadores mais baratos. O único ponto positivo que vejo é a atenção a base, a qual hoje é quem está “segurando as pontas” pra nós, já que os contratados de Augusto são ridículos, excetuando-se Bruno Moraes e Jean Carlos que eu considerei acertados, mas que infelizmente ainda não renderam o que se esperava, mas seguramente são melhores do que o que vem sido escalado, principalmente quando falamos do jovem Pablo Thomas.

Corrigindo a carta chorosa enviada pelo presidente Samir Namur aos sócios, eu considero que AINDA temos grandes chances de acesso, mas estamos trabalhando forte para jogar tudo isso no lixo cometendo os mesmos erros da gestão Coxa Maior, mantendo um profissional sem a devida capacitação na diretoria do departamento mais importante do nosso clube, o futebol, e um treinador que vai acabar nos afundando para não termos que pagar uma nova rescisão, exatamente como fizemos com Pedroso e Marcelo Oliveira.

Sempre que um projeto vai mal é necessário parar e analisar se ele precisa ser reescrito ou ajustado e Samir precisa que alguém faça isso para ele, já que devido a sua falta de experiência não conseguirá fazer sozinho, deve apenas ter cuidado para não abrir a porta para interesseiros e aproveitadores.

Como medidas imediatas eu sugiro trazer um profissional de futebol para dentro do clube, já que a reformulação deverá ser feita urgentemente no ano que vem, assim que subirmos, e a efetivação de Tcheco até que outro treinador surja no mercado, isso claro se o trabalho apresentado por ele não o convencer a ficar.

Repito: o acesso está sim em risco e a culpa é única e exclusivamente nossa, estamos cometendo erros primários e isso pode nos custar caro. Ainda dá tempo de ajustar, mas temos que trabalhar, e rápido.

Saudações Sempre Alviverdes.

João Luiz

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