Coração Verde e Branco
Finalmente acabou o Campeonato Paranaense de 2017, após idas e vindas, discussões, jogador irregular, desclassificação de equipe, solicitações de cancelamento de partida e a inovação de termos partidas exclusivas pela internet, o campeonato teve sua final disputada em seu melhor estilo, em um atleTIBA.
Independente da bela campanha do time do Paraná Clube e do bom trabalho feito, onde com um orçamento realmente baixo montaram uma equipe de qualidade e bem encaixada, nenhuma outra final possui o charme e a importância de um atleTIBA, o qual em minha opinião se torna um campeonato a parte. No final das contas, é isso que os torcedores do Estado querem ver.
Ao contrário do treinador do rival, que veio com a conversinha mole de que não se interessava pelo caneco (mesmo após ter dito que ganhar o Estadual era como vencer a Champions League em 2016), eu sempre almejo o título, ainda mais se for sobre o rival, e acredito que este foco e vontade de vencer foi o grande diferencial para nosso Glorioso levantar o 38º caneco.
Pachequinho
Quem acompanha minhas colunas sabe que eu SEMPRE fui um crítico de Pachequinho como treinador, sempre apontei que na base ele não apresentou resultado algum e que em 2015 e 2016 foi pífio no comando da equipe, em grande parte porque fez o que sempre fizeram com ele: estamos perdendo ou empatando em casa? Tira um volante ou lateral ou qualquer outro e mete atacante em campo. O problema é que os atacantes que ele tinha em mãos não jogam 10% do que ele jogava, e ele também não tinha um meia para fazer a bola chegar nos atacantes.
Mas Pachequinho foi estudar, algo que eu também acreditava que não daria resultados, mas deu, ao menos no Estadual não vimos Pachequinho fazer substituições muito absurdas, deu um padrão ao time e também queimando minha língua, conseguiu achar uma maneira de colocar Kleber e Henrique Almeida para jogarem juntos.
Quiseram o Deuses da bola que o primeiro título de Pachequinho viesse em seu primeiro ano como treinador, talvez para amenizar um pouco a dor de ter perdido o título em seu primeiro ano como profissional, no longínquo ano de de 1990. Se alguém mereceu muito esse troféu, esse alguém foi o Professor Erielton Carlos Pacheco.
Foco no Brasileirão
Tendo apenas o Campeonato Nacional para disputar, o Coritiba tem que vir firme e com sangue nos olhos, a fim de podermos conquistar uma classificação final digna de nossa história e tradição.
Sabendo que a dificuldade do Brasileirão é bem superior a do Campeonato Paranaense, a diretoria do Coritiba se movimentou rápido e deve apresentar 4 reforços ainda nesta semana: Léo deve chegar para assumir a lateral direita, Tomas e Getterson, ambos do JMallucelli vem para compor elenco e Alecssandro, filho de Lela, é uma incógnita. Eu particularmente sempre quis ver Alecssandro vestindo nosso manto, mas sinto que neste momento, quando já temos Kleber e Henrique Almeida em boa fase e com altos salários, não seria necessário trazer um novo atacante, também com status de titular e salário elevado. Para boa ordem devemos esclarecer que os vencimentos do atacante em 2017 serão pagos pelo Palmeiras, em troca da dívida com Veiga, e nós pagaremos os salários de 2018. De minha parte desejo toda a sorte do mundo ao matador e que ele reencontre no Alto da Glória sua melhor fase, nos presenteando com muitos gols e caretas.
Ainda falando sobre reforços, devemos em breve receber um novo lateral esquerdo e quem sabe a confirmação da contratação de Matías Suarez, meia que atualmente joga no Belgrano.
Apesar das boas notícias (título e contratações), nem tudo são flores no Coritiba e não podemos deixar que o título conquistado seja uma cortina de fumaça que turve nossa razão. Se por um lado trouxemos Henrique Almeida, Jonas, Willian Matheus, Matheus Galdezani (que já caiu nas graças da torcida) e Anderson (que tem jogado tudo e mais um pouco), por outro lado seguimos desperdiçando dinheiro com Thiago Lopes, Filigrana, Léo Santos, Fabrício, Edinho, João Paulo. Não são os jogadores caros que dão certo que nos prejudicam, são os baratos que não servem para nada, e que sabíamos que não seriam úteis, isso é que é jogar dinheiro fora e precisa ser corrigido.
Outro ponto que precisa ser ajustado urgentemente no Coritiba é a utilização da base. Passamos mais um estadual sem dar chances de verdade a jogadores como Júlio Rusch, Romércio, Índio, Mosquito, Yan e Kady (único a receber algumas poucas oportunidades), fora isso, amigos que tem acompanhado mais a base tem falado muito bem do atacante Yan e do meia Paraíba. O Coritiba precisa colocar a mão na consciência e perceber que a base possui um custo alto e serve para revelar jogadores para o profissional, se não estamos revelando ou se percebemos bons valores e não testamos no time principal, estamos queimando dinheiro. Um excelente jogador na base é garantia de sucesso no profissional? Absolutamente não, mas se não fizermos a transição, não testarmos, não dermos oportunidade, deixaremos escorregar bons valores por nossos dedos.
Brasileirão, o que esperar?
Diferente dos anos anteriores, estou otimista com este time, quero muito ver nosso Power Trivote (Alan Santos, Matheus Galdezani e Anderson) mostrando toda sua categoria para o Brasil, e Kleber estufando as redes dos adversários, principalmente dos queridinhos da grande mídia e do time do Água Verde. Infelizmente alguns jogadores deverão sair, sendo vendidos para fortalecer nosso combalido caixa, mas o importante é manter a espinha dorsal do time a fim de garantir a continuidade e qualidade do projeto.
Um marco no futebol paranaense e mundial
Para finalizar, gostaria aqui de parabenizar nosso rival, a.paranaense, o qual agora pleiteia sua entrada no Guinness Book como o primeiro time a ser vice-campeão pelo rádio, TV preto e branco, TV a cores e agora pela internet, realmente um marco no futebol paranaense e mundial.
Saudações Sempre Alviverdes.
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