Coração Verde e Branco
Depois de uma boa vitória contra o pífio Santa Cruz, duas derrotas, uma em casa contra o Flamengo e outra contra o ridículo Vitória, na Bahia. Tendo apenas mais uma partida para o fim do primeiro turno. Somos hoje o cabeça da zona, a dois pontos do décimo sexto colocado e tendo a perigosa e bem montada Ponte Preta como próximo adversário, está na hora de começarmos mais uma vez a tomar ações concretas para melhorar o time, e quando falo concretas não estou falando em maquetes de estádio.
A) Elenco
Não acho nosso elenco dos piores, mas é notório que faltam peças. Se Juan e Ruy não são um primor, com a briga do primeiro com o treinador e a lesão do segundo, somando-se a cirurgia de Gonzalez, ficamos sem meia de criação, aqui enquadro o ótimo Raphael Veiga como um meia que carrega a bola, mais um meia atacante que um criador. Meu ponto aqui é a briga de Juan com Pacheco, o que para mim mostra que o treinador não tem comando nenhum sobre o elenco.
A lesão de Alan Santos mostrou o quanto somos carentes de um volante, visto que Amaral, Braguinha e Ícaro tem sido preteridos por meias atacantes.
Com a saída de Ceará, quem será o reserva de Dodô? Vamos usar Wallison Maia, vamos buscar na base?
Alguém tem que avisar para o Pachequinho que no Coritiba existe uma coisa chamada categoria de base, sim, a mesma que ele treinou, e não é porque ele não conseguia fazer nada certo lá, que não tem nada que preste, vide o Veiga.
A.1) Homem gol
Não adianta, por mais que Kleber se esforce e tenha feito boas partidas e alguns gols, ele não é centroavante, é um bom segundo atacante, mas não um 9.
A falta de um matador fica a cada partida mais clara naquelas bolas que ficam ali na pequena área implorando, gritando: “me chuta, me chuta, me manda pra rede”, e o que aparece é o pé de um zagueiro.
Eu já havia cogitado em palpitar no uso do Kazim ali, mas os 3 gols perdidos por ele contra o Vitória me fizeram morder a língua.
Atualmente temos as seguintes opções:
Ortega que teve algumas oportunidades e não correspondeu;
Kazim que ainda não foi utilizado como referência, mas que nesta última partida perdeu 3 gols feitos.
A favor de Kazim existe a força física, o fato de já ter feito a função na Europa e o entrosamento que está começando a aparecer.
Contra ele os gols que perdeu, mas que pode ter sido pontual;
Gustavo Índio, garoto da base, que tem feito boa campanha, mas aqui existe o risco de queimar o piá.
A quantidade de gols perdidos hoje selou nossa sorte, sem contar que o treinador adversário sempre vai olhar e pensar: “vou partir pra cima, a chance de tomar um gol do Coxa é pequena”.
B) Substituições
A cada dia que passa fico mais confuso com as escolhas de Pachequinho.
Contra o Flamengo, ele substituiu Alan Santos, que saiu machucado por Iago, que jogou aberto. Com essa substituição Pachequinho matou Iago e Veiga, que pouco apareceram no primeiro tempo, o que apareceu mesmo foi um espaço absurdo no meio de campo para Mancuello fazer o que bem entendia, e assim foi até ele sair de campo. Se isso não bastasse, Pacheco conseguiu encaixar o Veiga, que voltou jogando muito melhor no segundo tempo, mas foi sacado pelo treinador para a entrada do PÉSSIMO Felipe Amorin, um dos piores jogadores que eu já vi usando nossa camisa.
Pachequinho fica bravo nas coletivas, mas ele não se ajuda, essas orelhadas que ele dá, acabam com qualquer chance dele, e pior, aumentam nosso desespero.
Se Pacheco fez um monte de bobagens contra o Flamengo, contra o Vitória, não deixou por menos. O Coritiba entrou bem, brigando, marcou com Veiga depois de um bom cruzamento de Carlinhos, mas as entradas de Neto Berola que errou absolutamente tudo que tentou, aqui contando as duas vezes em que ele ridiculamente tentou enganar o árbitro, e a substituição de Veiga por Bernardo foram nossa pá de cal, voltamos a perder o meio de campo e por consequência a partida.
Acredito que se Pachequinho não tivesse mexido em nada contra o Vitória poderíamos ao menos ter trazido um pontinho.
C) O maldito chuveirinho
Hoje tenho que tirar o chapéu, o Coritiba pouco utilizou essa inutilidade, mas foi uma exceção, visto que nas últimas partidas, inclusive contra o Flamengo era só isso que a gente fazia, pegar a bola e jogar na área, contra o time carioca ao menos tínhamos o Muralha, doido pra entregar, mas nem a competência para aproveitar isso tivemos, como não tivemos hoje e da mesma maneira que não tivemos o campeonato todo.
Não adianta ficar usando cortina de fumaça, Pachequinho é ídolo, mas como treinador nunca serviu e o G5 está dando murro em ponta de faca em mantê-lo no cargo (apesar de eu já ter escutado que isso vai acabar no domingo, inclusive com o nome do treinador apalavrado).
Com um treinador de verdade poderemos ver se realmente precisamos de um meia de criação e um centroavante, como eu acho, ou se o que temos na mão hoje resolve, mas o tempo perdido com um treinador interino e incapaz pode nos custar muito caro no final da trigésima oitava rodada.
A diretoria tem que trabalhar, não adianta amanhã aparecer com uma nova maquete de estádio para tentar desviar o foco do time. Ambos os assuntos são importantes, mas o estádio, se realmente for verdade, deve ser tratado em sigilo, longe da imprensa, sem alarde. O Coritiba não pode ser usado como palanque, ainda mais em um momento como este.
Saudações Sempre Alviverdes
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