Coritiba em MHz
Olá!
É um prazer imenso ocupar este espaço. Ver meu nome escrito dentro do site, que é referência em informações do Coritiba, feito por sua torcida, me faz realizado - mais uma vez o Coxa me proporciona algo único.
Alguns torcedores me conhecem pelo trabalho que desempenhei por quatro temporadas empunhando o microfone da falecida 91Rock, três destes foram acompanhando o Coritiba como repórter setorista. Após o fechamento da 91, trabalhei por sete meses na Rádio Difusora, quando resolvi deixar a crônica esportiva de lado, e me dedicar a outros dois projetos, também no rádio.
Vivo minha profissão desde 1999, mas nunca havia sonhado em trabalhar na área esportiva, até que em 2008 fundei o projeto Torcida 91 ao lado do meu mestre no rádio: Mauro Mueller. A partir daí, pude unir duas paixões, Rádio e Coritiba.
Quando nasci, meu avô por parte de mãe, Moacyr Cavichiolo, atleticano ao extremo e ex atleta do Atlético, pendurou uma camisa do time lá de baixo na porta do meu quarto na maternidade... Minha avó, Leatrice Ivanski, Alviverde criada no Alto da Glória (meus bisavôs eram caseiros do Belfort Duarte), embargou a atitude no ato!
Quando viu a camisa pendurada na porta, ordenou sem titubear ao meu avô:
"- Tire isso JÁ daí homem, o "polaco" é Coxa, como o pai e o outro avô!"
Tava sacramentado, com a benção da vó...
Desde menino, frequento o Couto Pereira com meu pai, tenho lembranças tão distantes, mas ao mesmo tempo claras daquele coxa de 89, com meu amigo Gerson Dall'Stella na meta!
Tudo isso foi temperando um amor sem igual, que de 2008 em diante, pude viver a um passo de distância. Por três anos fui o Coxa-Branca mais feliz do mundo, pois presenciei o dia-a-dia à beira do gramado, tinha acesso a praticamente tudo.
Falando na latinha, ví o Coxa duas vezes voltar a elite, duas vezes ser campeão nacional, três vezes campeão estadual e enquanto fui setorista, nunca ví uma derrota em Atletibas.
Apesar do meu coração de torcedor pular no peito, no ar, sempre mantive a neutralidade e respeito aos demais clubes. Muita gente recriminava minha atitude de declarar meu time. Porém, sempre tive caráter para sustentar minha profissão e meu amor pelo Coxa de maneira ética.
Houveram momentos de tristeza, poucos, mas existiram, aliás, um único eu levo pra sempre como experiência de vida: 06/12.
O sabor amargo do que vivi dentro do gramado, e os frangalhos restados do clube que eu amo, me proporcionaram uma reflexão intensa. Sofri muito tendo de viajar até Joinville para cobrir as partidas disputadas longe de nossa casa.
Na verdade toda esta tristeza serviu de orgulho quando voltamos a ser grandes! Hoje tudo isso é passado, o episódio ensinou muito à todos e comprova como o amor pelo Coritiba, é maior que qualquer dificuldade. O Coxa venceu e cresceu!
O Coritiba me proporcionou grandes viagens, conheci o Brasil, acompanhando o time em diversas competições, entre elas a Copa do Brasil e a Copa Sulamericana. Tenho grandes histórias para compartilhar com vocês, e espero transcrever toda a intensidade que as viví.
Vamos falar do cotidiano, dos acontecimentos diários, e quando possível, trarei um convidado para trocarmos experiências.
Quero também ouvir vocês, usem os comentários ou então me enviem emails, vamos democraticamente debater sobre tudo que envolve o Coxa!
Neste primeiro contato, quero agradecer o convite do Luiz Fernando Budant Jr., e também toda equipe do site.
Abraços, e sejam bem-vindos ao meu espaço no Coxanautas.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)