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João Sihvenger27/08, 15h05
Crônica Verde e Branca

O Coritiba e a inoperância ofensiva dos atacantes.

O Coritiba está consolidado no G4 da série B, com 43 pontos ganhos em 23 jogos, com a melhor campanha como visitante, com a defesa menos vazada, o time que tem menos derrotas, e, segundo os matemáticos, com mais de 85% de chances de acesso.

Apesar de todas essas credenciais, ainda falta uma das coisas mais importantes em um time de futebol: atacantes que façam gols. Preciso fazer justiça aqui ao Lucas Ronnier, que fez três gols até agora e, de certo modo, está fazendo sua parte como atacante, portanto, o título dessa matéria não se refere a ele.

O Coritiba enfrenta um problema recorrente na linha de frente: atacantes que costumavam marcar gols por onde passaram, casos de Delatorre, Coutinho, Yuri Castilho e outros....mas que nesta temporada estão deixando muito a desejar aqui no Coritiba. No caso específico de Delatorre e Coutinho, isso chama mais a atenção, por terem passado por clubes onde foram artilheiros, e hoje não repetem esse desempenho no Coxa.

O fato de ficarem muito tempo sem fazer gols pode gerar uma falta de confiança, que tende a influenciar muito a tomada de decisão, a precisão dos chutes e a disposição para arriscar. Em parte, o posicionamento pode explicar parte do quadro: jogar mais longe da área para cumprir função tática a pedido do treinador Mozart pode reduzir a chance de finalizações claras e transforma artifícios tecnicamente eficientes em soluções menos eficientes.

O diagnóstico provável pode envolver uma combinação de fatores: confiança abalada, posicionamento tático inadequado para as características dos jogadores, liberdade ofensiva insuficiente para chegar à área, e até questões de apoio do meio-campo para criar chances. Outro ponto a observar é a adaptação ao sistema vigente: se o time prioriza transições rápidas ou uma construção coletiva mais cadenciada, o perfil do atacante precisa se ajustar para receber na zona de finalização.

Tomo como exemplo o último jogo contra o Remo onde chances foram criadas, mas o gol não saiu. A esperança está no que diz o técnico Mozart, que acredita piamente que eles voltarão a fazer gols, porque já foram artilheiros em outras equipes, inclusive sob o comando dele.
Portanto, já estamos indo para a 24ª rodada, e os atacantes tem que voltar a fazer gols, senão...........a fila anda.

João Sihvenger

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