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Mônica Kosminski17/01/11, 11h15
De Boca Aberta

Futebol mercenário

Futebol é esporte do povo! Não importa sexo, raça, idade e nem religião para jogar e torcer.
Seja em um campinho de areia da periferia, seja em uma quadra de esportes do bairro ou no Signal Iduna Park, futebol não tem hora nem lugar pra começar.

Em sua origem o futebol era esporte de amadores. Com o passar do tempo os empresários viram no desporto um bom setor para investir e fazer marketing. Com tanto investimento o esporte vislumbrou-se e começou a perder a sua essência.

Vamos começar pelos jogadores. Será que muitos fazem por merecer os salários que recebem? Já estamos cansados de escutar histórias de jogadores que vão para festas quando no dia seguinte estarão dentro de campo, jogadores que não tem comprometimento com o time, que fazem “corpo mole” e só querem saber das regalias que seu ofício pode lhes proporcionar: dinheiro, mulheres e fama. E mesmo com esta postura recebem por mês um salário exorbitante que muitos trabalhadores brasileiros não conseguiriam juntar em anos de sua vida trabalhando.

Será que os jogadores jogam por amor à camisa? O mercado dos profissionais da bola virou um leilão, leva quem der mais. Um salve para Robinho e Ronaldinho Gaúcho.

Será que estão em campo por sua competência? Alguns jogadores adentram nos gramados não por suas qualidades futebolísticas, mas por terem um bom empresário que “molham” as mãos dos dirigentes dos clubes. Não citarei nomes. O pior é que isso fica tão claro quando os “patrocinados” entram em campo. Onde fica a história de ser competente? Atualmente mais vale bom empresário do que ser um craque da bola.

Agora passemos para uma realidade mais próxima e que mais nos interessa como torcedores, vamos para os estádios. Como já disse no primeiro parágrafo: futebol é esporte do povo. Será que a torcida Coxa Branca em sua maioria tem condições de pagar o valor dos ingressos que estão cobrando nos jogos do Campeonato Paranaense: R$60,00 para arquibancadas, R$ 80,00 para as cadeiras da Mauá e R$ 140,00 para as cadeiras superiores? Depois reclamam da falta de público no estádio

Assistir a uma partida de futebol virou artigo de luxo para muitos. É utopia acreditar que teremos um grande público nos jogos com estes valores e que a grande maioria da torcida irá se tornar sócio. Para muitos torcedores seria tirar o dinheiro do leite das crianças para se tornar associado.

Quando a questão é o valor dos ingressos ou se prioriza a quantidade de torcedores dentro do estádio ou nem qualidade em vários aspectos dentro do clube, como melhorias no estádio, teremos. Infelizmente esta é a realidade brasileira.
SAV

Mônica Kosminski

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