
De Torcedor pra Torcedor
Em campo, um time que sabe (ao menos já deu mostras que sabe) jogar eficientemente, fora dele, uma diretoria que parece confirmar as suposições dos torcedores ao insistir nas mentiras e/ou promessas não cumpridas.
O placar do jogo em Porto Alegre não faz jus ao bom futebol praticado pela equipe Coxa-Branca. Em verdade, a diferença de dois gols a favor do Grêmio foi construída com duas palavras: aproveitamento e eficiência.
Acaso o resultado da partida fosse algo como um 3x3; derrota por 3x2 ou algum outro placar similar, aquele torcedor que não pode acompanhar o jogo, teria uma melhor leitura do ocorrido no Estádio Olímpico.
Marcelinho Paraíba foi o nome do jogo. Armou, apareceu para o jogo, construiu jogadas dignas de seu belíssimo futebol. A lamentar o fato de nenhum outro jogador Alviverde tê-lo acompanhado.
Perder é contingência do esporte. Perder para o Grêmio, no estádio Olímpico, não é nenhum demérito. O que está fazendo a diferença contra o Coritiba na pontuação do campeonato é a perda de 12 pontos para dois times absolutamente medíocres (e os classifico assim por não terem torcidas suficiente para encher uma Kombi) como Santo André e Barueri. A extrema competitividade que marca esta edição do campeonato brasileiro demonstra que os times que se enroscaram nestes, de menor expressão, pagam um alto preço – beirando a temível zona de rebaixamento.
Contudo, é hora de olhar para frente. É preciso que se planejem com precisão cirúrgica todos os passos a serem dados pelo Coritiba nesta reta final do campeonato nacional. Agora não há mais espaço para erros, a começar no próximo Domingo – no jogo contra o seu mais tradicional rival.
O futebol é mesmo um esporte apaixonante. Há algumas rodadas, quando o Coritiba ganhou de Náutico e Internacional, eu, como vários outros torcedores, não via a hora de ver o Coritiba enfrentar os rubro-negros, no Alto da Glória. A ansiedade era grande – nada mais natural, tomando-se como base o bom futebol naquele momento praticado.
Eis que as derrotas para Barueri e Grêmio trouxeram nuvens negras para o Alto da Glória. O momento é de pressão, não somente aquela oriunda da tabela de classificação, mas essencialmente, com o temor de sucumbir perante o rival.
Esta hipótese, aliás, só não traz mais arrepios do que aquela de novo descenso, apesar de que, a meu ver, ambas estejam intimamente ligadas. Este atleTIBA representará muito para a dupla.
Os rubro-negros jogarão de ‘sangue doce’, por terem feito uma pontuação suficiente para lhes conceder estabilidade e tranquilidade. Somado a isso, o time atleticano encontrou uma forma bastante eficiente para jogar fora de seus domínios, configurando-se num grande perigo para as pretensões Alviverdes no próximo Domingo.
Diante deste quadro, o time coritibano precisará ter seus esforços redobrados, pois o time rival jogará em cima de seus erros.
A torcida Coxa-Branca, mesmo que desconfiada e chateada com os últimos acontecimentos, precisa entender que o momento é de apoio irrestrito. A vitória no clássico é fundamental e para conquistá-la, o estádio Couto Pereira terá que pulsar forte e como nunca.
Ainda acredito num triunfo Alviverde, embora, agora, a tarefa tenha ficado um tanto quanto mais complicada.
Façamos todos nós, torcedores, jogadores e comissão técnica um pacto em busca da vitória, afinal, é a honra que também estará em jogo.
Não vou adicionar a diretoria Alviverde neste pacto, pois dela não espero mais nada. Em meio a tantas promessas não cumpridas – sendo a mais expressiva aquela que se refere à reforma estatutária, eis que a torcida coritibana parece ter sido mais uma vez feita de palhaça.
Refiro-me à obscura renovação de contrato com Marcelinho Paraíba. Ela realmente aconteceu? Há algum contrato assinado? Imagino que não, pois o vínculo que está registrado no BID ainda é aquele inicial, ou seja, com término em dezembro próximo.
Por ora, não vou abordar este tema com a mesma intensidade que gostaria, porque entendo ser o momento de união e mobilização da torcida Coxa-Branca para ganharmos, todos juntos, este clássico – recolocando o time Alviverde novamente no trilho e também porque ainda não houve um posicionamento oficial do clube - o qual aguardo com muita ansiedade.
Entretanto, deixo um alerta aos dirigentes Alviverdes – não façam a torcida do Coritiba de otária. Acaso a permanência de Marcelinho no Coritiba tenha se restringido ao cumprimento de seu contrato original – permanecendo, tão somente, até dezembro/09, gostaria de saber os porquês que levaram os dirigentes a anunciarem a renovação de seu contrato.
Notícias de sua contratação pelo São Paulo Futebol Clube, já a partir de janeiro do próximo ano, são publicadas aos montes, mas isso não me assusta.
O que me assusta é o irritante silêncio dos dirigentes Alviverdes que – uma vez seguros da renovação do contrato de Marcelinho Paraíba, deveriam vir a público para desmentir os boatos e mostrar o novo vínculo assinado pelas partes.
Infelizmente, temo pela confirmação do velho dito popular: “Quem cala: Consente”!
Com a palavra o presidente Jair Cirino do Santos, até porque, na foto, ele ficou muito ‘bacana’!
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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