
De Torcedor pra Torcedor
Após terem se passado 30 dias da conquista do troféu de Bicampeão Paranaense (invicto) pelo Coritiba Foot Ball Club, questionei as autoridades competentes quanto às medidas que eventualmente seriam tomadas (se é que fossem).
Depois de quatro meses e um dia foi proferida a sentença definitiva do julgamento do A. Paranaense quanto aos fatos ocorridos no dia 24/04/2011, quando duas bombas foram atiradas contra a torcida Coxa-Branca, no estádio escolhido como sede da próxima Copa do Mundo.
Diferentemente de 2009 quando a dupla Atletiba perdeu um mando de jogo cada pelo Campeonato Brasileiro, quando os marginais travestidos de torcedores das duas agremiações 'trocaram as mesmas gentilezas', desta vez o mesmo fato fora alvo de, digamos, uma 'interpretação jurídica diversa' pelos Auditores do nobre Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná:
Que me desculpem os colegas que militam no Direito Desportivo, mas haja estômago para engolir uma decisão como esta.
Alguns pontos me aguçam a curiosidade.
Em 2009, após ter sido condenado a perda de um mando de campo pelas explosões de bombas na baixada, o Coritiba foi a Cascavel para enfrentar (e perder) para o Santos, mesmo tendo interposto um recurso com efeito suspensivo (este, de plano indeferido pelo STJD). Cumprida a punição, sua súplica fora levada a julgamento (mesmo com total e flagrante perda de objeto), sendo absolvido.
Neste mesmo ano, logo após a barbárie do dia 06/12, bastaram algumas poucas horas para que o paladino da justiça e procurador geral da mais alta corte de justiça desportiva deste país declarasse a interdição do Estádio Couto Pereira por tempo indeterminado e alguns poucos dias para formular a mais pesada denúncia contra um clube de futebol deste país – aproveitando-se do grande clamor popular e da voracidade das aves de rapina que infestam a mídia nacional.
Não seria insano em querer comparar a gravidade daquela odiosa ocorrência no Estádio Couto Pereira com a explosão de duas bombas na torcida Coritibana ocorrida em abril deste ano, mas gostaria de saber por que a procuradoria do TJD/PR ofereceu a respectiva denúncia contra o A. Paranaense em lapso de tempo tão mais dilatado do que aquele utilizado pelo STJD?
A verdade é que deixaram a poeira baixar, ofereceram a denúncia quando mais ninguém acompanhava o caso, quando a notícia 'não mais vendia', justamente para armar o circo onde 'os risos foram gerais', como se pode verificar neste relato: (clique aqui para lê-lo na íntegra).
"O humor no julgamento
O alegado "farto noticiário da imprensa especializada" foi motivo de muitas risadas. Uma das notícias acostados aos Autos dizia que no momento da explosão de uma das bombas em torno de trinta torcedores atingidos se acotovelaram e se dirigiram ao segundo anel destinado aos visitantes na praça esportiva do Clube Atlético Paranaense.
- SEGUNDO ANEL, INDAGUEI? E ELE EXISTE?
- Argumentei que tal fato só seria possível se os torcedores fossem apreciadores de RED BULL, a bebida energética criada em 1984 e comercializada legalmente a partir de 1987, estimulante "que dá asas...", ou se fossem torcedores alados, daqueles que saem voando...
Os risos foram gerais...
Mais um grande julgamento, daqueles para entrar na história!"
O pior de tudo não é ser intitulado como um 'torcedor alado' (eu estive presente naquele jogo e sei que as explosões não tiveram nada de irreais), mas saber que o profissional que mais sucesso obtém para o A. Paranaense nos últimos anos (tendo como base a completa balbúrdia que se vê dentro e fora de campo na baixada) é um Conselheiro Vitalício do Coritiba Foot Ball Club.
Agradeço ao amigo Deivid pela sugestão que originou este Post.
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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