
De Torcedor pra Torcedor
Em 2005 o futebol brasileiro escreveu uma de suas páginas mais degradantes, quando o esquema de manipulação de resultados por parte da arbitragem veio à tona, tendo em Edilson Pereira de Carvalho o símbolo da sujeira que torcedores sempre desconfiaram existir.
É óbvio que os bastidores que envolvem esse grande negócio chamado futebol contemplam histórias e estórias que fariam qualquer apaixonado pelo esporte largá-lo no exato instante que tivesse contato com as provas destes atos covardes e sórdidos.
Particularmente não acredito que aquele episódio tenha sido pontual, nem tampouco que tenha sido o último, até porque existem inúmeras formas de 'mudar o resultado de uma partida' e fazer tudo parecer um mero 'equívoco'.
Vendo os mais inconcebíveis e tendenciosos erros de arbitragem (invariavelmente favoráveis aos clubes com mais poder midiático) sempre lembro daquele escândalo.
E por falar em escândalo, não há como deixar de recordar o lance que poderia ter concedido ao Coritiba a conquista da Copa do Brasil e, por consequência, a vaga à Taça Libertadores da América (vaga esta que o clube vem tentando garantir nesta reta final do brasileirão):
Sálvio Spinola Fagundes Filho é o nome do árbitro que 'não viu' a carga faltosa de Dedé em cima de Leonardo. Aliás, pelo que se teve notícia no último final de semana, a torcida Coxa-Branca nunca terá a oportunidade de reencontrá-lo, haja vista sua carreira ter chegado ao final!
Ironia ou não do destino, segundo a matéria, o mesmo árbitro que misteriosamente 'não viu' o lance capital daquela partida (mesmo estando bem próximo da jogada), causando indiretamente um enorme prejuízo ao Coritiba, se disse injustiçado por temer que a insígnia da FIFA que carregava no peito fosse transferida para outro apitador por questões políticas... é, realmente o mundo dá voltas!
Não posso afirmar que Sálvio tenha 'ganho' alguma coisa ao não assoprar o apito e apontar a marca da cal, mas não tenho a menor dúvida que se o lance fosse a favor do Vasco, numa hipotética situação totalmente oposta, não hesitaria em fazê-lo.
A dúvida que me intriga e me faz lembrar dos esquemas da arbitragem brasileira é:
Por que o árbitro paulista não apitou mais nenhum jogo do Coritiba, dentro ou fora de casa, após tê-lo operado na final da Copa do Brasil?! .
Seria somente um 'enorme azar' da coletividade Coritibana o seu 'sorteio' para aquela fatídica decisão ou uma 'tremenda sorte' não vê-lo causando novos 'equívocos' ao Coritiba, agora pelo Brasileirão?!
Essa dúvida, tal qual o prejuízo que deixou ao clube do Alto da Glória, certamente será varrida para baixo do tapete do esquecimento .
A única coisa que digo é:
Já vai tarde, Sálvio!
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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