
De Torcedor pra Torcedor
O dia de hoje comporta alguns interessantes componentes em verde e branco. Nesta quarta-feira o time Coxa-Branca tem a incumbência de mais uma vez fazer valer o peso de sua centenária camisa, defendendo, diante do ASA de Arapiraca, a sua condição de finalista da última edição da Copa do Brasil.
O adversário certamente tem a consciência de que nada tem a perder e exatamente por isso torna-se perigoso. A equipe Coritibana precisará mais uma vez não confundir necessidade da construção do resultado com pressa.
À torcida uma boa dose de paciência extra é recomendada, afinal, é público e notório que o time - dentro de campo - ainda busca se ajustar a ponto de passar confiança a esta mesma massa torcedora.
Não há dúvida que o resultado desta noite orientará os novos rumos do Coritiba. Uma precoce desclassificação na Copa do Brasil aumentaria sensivelmente o ambiente de desconfiança e elevaria o nível de incertezas e preocupações quanto ao restante da temporada. Não que a classificação, em lado oposto, represente a virada de página que a torcida espera nesta história de atuações não convincentes, mas sedimenta o caminho da busca por esse futebol 'encaixado' e eficiente.
No entanto, o dia 11 de abril não se resume somente à data deste tão importante jogo para a temporada Coxa-Branca. Ele guarda uma feliz coincidência: o nascimento de dois grandes ídolos da história verde e branca: Dirceu Krüger e Tcheco.
Krüger nasceu em 1945 e desde que chegou ao Coritiba emprestou-lhe a vida. Sua presença nos corredores do Estádio Couto Pereira e CT da Graciosa ressalta a condição de maior ídolo da história do clube - um verdadeiro exemplo de homem e 'operário' dedicado à profissão.
Trinta e um ano depois, em 1976, nasceu Anderson Simas Luciano, o Tcheco, e boa parte da história se repetiu. Até sua chegada ao Alto da Glória, o jogador passou por alguns clubes sem ter conseguido fincar raízes até ter tido a oportunidade de comandar o meio campo Alviverde em 2003 rumo à classificação para as disputas da Taça Libertadores da América do ano seguinte.
Diferente do que ocorrera com o Flecha Loira, seu sucesso 'inviabilizou' a sua permanência no Alto da Glória e o mundo 'globalizado' do futebol fez com que o atleta fosse desfilar seu futebol em campos estrangeiros, gaúchos e paulistas até novamente 'voltar para casa' em 2010.
Se a história do mestre Krüger nos emociona diante da grandeza de sua obra no Alto da Glória, a história de Tcheco, prestes também a encontrar seu fim dentro das quatro linhas, tem tudo para estar apenas começando fora dela.
Muito mais do que agradecer por tudo o que estas duas verdadeiras personalidades fizeram e ainda fazem pelo Coritiba, só posso desejar que por muitos e muitos anos os parabéns lhes sejam cantados em meio ao expediente Alviverde, diante de belos bolos decorados em verde e branco.
Como motivo de felicidade para ambos e para a grande Nação Alviverde, que a almejada classificação diante do ASA seja transformada num belo presente de aniversário!
Raça Verdão, você é Campeão!
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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