
De Torcedor pra Torcedor
Impressionante como o Coritiba preenche cada um dos milímetros do meu coração. Tenho certeza que se houvesse uma máquina capaz de captar as reais cores que o preenchem, certamente somente duas delas seriam fotografadas, a verde e a branca.
Esse mesmo coração ficou estraçalhado na noite de 08 de junho de 2011. A vitória sobre o Vasco não foi suficiente para explodir de alegria e gritar aos "quatro cantos" do planeta: É Campeão!!!
Em meio à frustração sentida pelo órgão vital, a razão buscava encontrar forças, sobretudo explicações sobre o porque somente o Coritiba parece não ter direito a mais uma grande conquista. Sem dúvida o que mais machucou naquela oportunidade foram as vistas grossas do árbitro no momento crucial do jogo, quando optou por não marcar uma penalidade máxima em favor do time da casa. Isso nunca sairá da minha cabeça.
Aos poucos houve a absorção daquele difícil revés e continuamos nossa jornada de reconstrução do clube - tão maltratado desde a canetada de 1989.
Agora quis o destino que o sagrado gramado do Estádio Couto Pereira mais uma vez possibilite ao Coritiba a conquista da taça que vimos ir embora no ano passado. Infelizmente a disputa começou desfavorável pelo mesmo fator de 2011: o apito.
Saí da Arena Barueri prometendo para mim mesmo que faria TUDO e mais um pouco (dentro do que me cabe como torcedor) para ajudar a reescrever a história.
A impressão que tive era de que os dias que separariam os dois jogos nunca acabariam. Ao despertar nesta manhã, ainda pude sentir a sede de vingança (esportivamente falando) que carreguei do estádio paulista desde a última quinta-feira.
Ainda lembro do rosto de cada torcedor adversário que nos tripudiava, gritando "É Campeão", lançando-nos gestos de choro, desdenhando, humilhando!
Lembro de todos estes rostos e espero revê-los nesta noite, agora na minha casa, no meu território.
Em Barueri o coração novamente bateu em disritmia, mas diferente do jogo contra os cariocas, a razão imediatamente tomou conta das rédeas para acalmá-lo, colocá-lo em seu ritmo normal e começar a transformação da raiva em adrenalina pura, a qual será usada em todos os segundos que o time Coxa-Branca necessitar de apoio para recolocar as coisas em seus devidos lugares.
A razão norteia, mas o coração, agora revigorado e cheio de energia, bombeará toda a adrenalina produzida para cada parte deste corpo que servirá unicamente ao clube do Alto da Glória enquanto houver luta!
Desligarei de tudo! Nada mais importará, frio, chuva, dor nas mãos e garganta! Serei, aí lado de cada Coritibano que estiver no estádio, um instrumento a serviço do Coritiba.
Tal qual fiz na final do ano passado, pintarei o rosto novamente, mas dessa vez as lágrimas que se misturarão à pintura serão de plena e completa alegria!
É o jogo para fazer história! É o jogo da vida, que certamente encontrará eco na eternidade!
MUITA força, meu amado Coritiba!
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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