
De Torcedor pra Torcedor
O noticiário esportivo curitibano concentra suas atenções em um tema específico: onde o C. A. P. (Prefeitura) mandará seus jogos durante o período em que o contribuinte paranaense financiará as obras de conclusão do meio estádio.
Colunistas, políticos, dirigentes e a mais variada gama de pessoas que compõem a sociedade curitibana (em específico) empenham-se numa única tarefa: transformar este mesmo clube numa espécie de coitadinho da história ou pior: numa 'vítima das circunstâncias'.
Já não bastasse o passado obscuro que deixa de revelar como ocorreram as aquisições do CT e a construção do 'mais moderno meio estádio das galáxias', eis que agora querem enfiar 'goela abaixo' da população que esta agremiação é que está fazendo um 'favor' à sociedade da capital paranaense - não o contrário.
Criaram um discurso megalomaníaco com o qual objetivam relativizar e até mesmo inverter os conceitos de certo e errado, tentando criar um inconsciente coletivo que legitime o Estado/Município a financiar o término de uma obra particular com dinheiro público.
Querem fazer acreditar que se não fosse a existência do C. A. P. (Prefeitura), a capital paranaense ficaria distante dos investimentos que certamente virão de mãos dadas com a Copa do Mundo. Parece que o único meio de conexão entre o avanço estrutural de Curitiba passa necessariamente pelo clube favorito do mais alto escalão do Estado.
Ridículo, para não dizer outra coisa!
Penso que a rivalidade é algo sadio e absolutamente necessário no esporte em geral - no futebol em específico -, mas a desfaçatez e a afronta à inteligência alheia - marcas deste processo que viabiliza a realização de três inexpressivos jogos em Curitiba -, mostram-se inconcebíveis, inaceitáveis.
Ao Coritiba, na figura de seu presidente Vilson Ribeiro de Andrade, cabe o papel de não se curvar perante este sórdido jogo de poder.
Acredito que em outras condições não haveria maiores restrições para o empréstimo do Estádio Couto Pereira ao clube rival, haja vista num passado não tão distante isso já ter ocorrido, tal qual clássicos com a 'casa dividida'.
No entanto, diante de tanta nojeira que circunda as negociações que trarão a Copa ao Paraná, é impossível não ser contra à subserviência do Coritiba ao seu mais tradicional rival.
Quisessem fazer algo efetivamente transparente e honesto, opções não faltariam para viabilizar a construção de um estádio público com dinheiro público. Já que optaram pelo tão tradicional 'jeitinho de favorecimento por conveniência', que se virem!
Faço um pedido ao grande comandante Vilson Ribeiro de Andrade e aos Conselheiros Alviverdes: mandem essa turma do C. A. P. (Prefeitura) 'passear' e resguardem a honra da parcela da população curitibana que tem vergonha na cara e não quer participar desse assalto aos cofres públicos.
Além de Coritibanos, somos CIDADÃOS que não concebem a artimanha, a desfaçatez e a sordidez como alicerces para o 'crescimento' a qualquer custo.
União, trabalho e muitos sócios = Coritiba forte e vencedor!
Saudações Alviverdes,
Percy Goralewski
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