A Raposa sairá da Toca ou não?
Antes da bola rolar não tem como responder essa pergunta.
Se tomarmos como base as 2 últimas atuações do Coritiba, afirmaríamos que a Raposa sairá da toca.
E se usarmos como parâmetro as atuações que o Coxa apresentou diante de Grêmio, Fluminense e Atlético Mineiro, poderíamos dizer que dificilmente a Raposa sai da toca.
Vamos torcer e rezar para que a segunda opção se materialize em Minas Gerais.
Para não deixar que a Raposa saia da toca é preciso usar uma estratégia forte, eficaz e com detalhes que mostrem um Coritiba valente, um Coxa cheio de gás. Se assim for, digo que o Cruzeiro terá dificuldades na próxima rodada.
O grande problema do Coxa chama-se regularidade ou a falta dela.
As oscilações durante o campeonato fizeram com que muitas derrotas acontecessem e alguns empates se materializassem e com poucas vitórias, o Coritiba ainda está no grupo daqueles que "matematicamente" ainda podem ser rebaixados.
Eu particularmente acho que o Coxa já se livrou da ZR, pois a Lusa não passa pelo Internacional nos pampas e o Sport não marca 3 pontos contra o Fluminense.
Mas, como o futebol, vez por outra surpreende, tanto positivamente como negativamente(vide 2009), nada melhor do que eliminar qualquer risco antes que a última rodada chegue.
O Cruzeiro não está entre os times localizados no pelotão de frente, mas não é um time em que o adversário pode atropelar. Em outras palavras, não é um excelente time e não é imbatível, mas é um bom time de futebol.
Se formos buscar guarida no retrospecto a coisa fica mais nebulosa ainda. Pelo campeonato brasileiro o Coxa só ganhou 2 vezes da Raposa jogando em Minas Gerais. Uma vitória aconteceu em 1985, na única conquista do campeonato brasileiro até hoje e que por isso é inesquecível. Naquela ocasião, ao final da partida, o placar apontou 3 X 2 em favor do Coxa. A outra vitória aconteceu no ano de 2004 pelo placar de 3 X 0.
Não é, de modo algum, impossível que aconteça a terceira vitória do Coxa em Minas Gerais pelo campeonato brasileiro, mas para ela ocorrer é preciso imprimir um ritmo muito forte, com grande poder na marcação, tendo muitos cuidados defensivos e vez por outra, assustar a Raposa na sua Toca para que ela não fique cheia de si e tome conta do terreno.
Por mais que se desenvolvam estratégias em ensaios e treinamentos, buscando aplicá-las em campo, a hora que a bola rola, tudo pode se modificar e aí os jogadores dentro das quatro linhas passam a ser os atores principais. E esses atores necessitam realmente entrar em cena. Nada de apatia, sonolência ou parada para assistir cenas de capítulos que não estão no script.
Parece que a Comissão Técnica está em dúvida quanto a começar o jogo com Rafinha ou dar essa incumbência ao Robinho.
Alega a Comissão Técnica que o time com Rafinha fica leve, com bom poderio no ataque, porém se fragiliza no meio de campo.
No entender da Comissão Técnica o time com Robinho, teria a espécie de um terceiro volante, dando mais consistência no meio de campo quando a Raposa tem a posse de bola e quando o Coritiba está com a redonda, Robinho passa a executar o trabalho de um verdadeiro meia.
O raciocínio e a análise tanto em um caso como em outro não estão errados, mas aquilo que eu já disse, monta-se uma estratégia de jogo pensando em levá-la efetivamente para o gramado e nem sempre é assim que funciona. Entre quem entrar, Rafinha ou Robinho, terão que entrar com o dedo na tomada.
Pode ser que Marquinhos Santos opte em começar o jogo com Robinho, deixando Rafinha como opção no banco de reservas, podendo lançar mão da mesma em qualquer momento da partida. Se entrar com Robinho, e estiver dando certo, provavelmente Rafinha entra no segundo tempo. Se Marquinhos Santos começar com Robinho e não estiver dando certo, Rafinha pode entrar no jogo, ainda no primeiro tempo.
A Raposa sai ou não sai da toca?
ACORDA CORITIBA
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