Segue o Baile.
A dança não pode parar.
Os músicos vão continuar a tocar.
Cada músico ao tocar seu instrumento, vai contribuir para que no resultado, esteja presente uma música de qualidade.
Após várias músicas serem executadas e os dançarinos passearem pelo salão alegremente e levemente, sente-se que o ambiente é agradável e que todos se divertem, aproveitando um dos muitos lados bons da vida.
Chega um momento que o baile acaba. Os músicos guardam seus instrumentos e os dançarinos vão para suas casas descansarem. O cansaço físico toma conta de músicos e dançarinos, mas a mente parece flutuar.
Ao sair do baile, existe o trajeto até o portão de entrada da casa. E esse trajeto é percorrido quase que automaticamente em função das diversas idas e vindas.
Do portão da casa até a porta da residência existe um outro trajeto. Mais curto, é verdade, mas é preciso percorrê-lo.
Ao abrir a porta da casa você entra e observa que tudo está como antes de você sair.
No futebol nem sempre é assim. A cada final de jogo sente-se que nada é como era antes daquela partida. A cada final de campeonato nada é como antes de se disputar aquele campeonato.
São Paulo, Grêmio, Atlético Paranaense, Paraná Clube, Paissandu e muitos outros não tiveram o gostinho de participar do jogo final, da finalíssima e se despediram antes do baile acabar.
É preciso Planejamento.
O Coritiba ficou até o final do baile. Os músicos incessantemente executaram muitas músicas e os dançarinos se esbaldaram de dançar.
Em muitos bailes existe o concurso dos casais que melhor executam a dança. Nesse baile existiam 64 casais. Sessenta e dois foram sendo desclassificados um a um. Sessenta e dois foram eliminados e na última dança apenas dois casais disputaram o troféu maior.
Nessa dança, nesse baile, um dos casais se chamava e se chama Coritiba Foot Ball Club que não ficou com o troféu maior, mas todos os que assistiram as danças e todos os que participaram dos bailes, aplaudiram de pé o grande alvi-verde paranaense conquistar o seu troféu.
O Coritiba se solidificou mais uma vez no cenário futebolístico nacional e vem fazendo isso repetidas vezes nesses últimos anos. Foi para o Livro dos Record, conquistou três campeonatos regionais seguidamente(Tri-Campeão Paranaense) e participou de duas finais da Copa do Brasil de maneira consecutiva. Isso não é para qualquer time, isso não é para qualquer equipe e isso não é para qualquer clube.
Os bailes irão continuar. As danças continuarão acontecendo. Falando nisso, já existe um outro baile em andamento. É o baile do Campeonato Brasileiro.
Chegou o momento de se começar ensaiar novos estilos de danças a serem colocadas em prática, uma a uma, nos mais diferentes salões dos diversos bailes do Campeonato Brasileiro. O salão caseiro terá, a partir de agora, uma música especial e uma dança repleta de passos diferenciados. E nos demais salões, várias músicas serão executadas e as danças terão que ser adequadas as peculiaridades e características das cidades onde acontecerão os bailes.
Sinto que precisamos de um ou dois novos dançarinos que devem ocupar a área adversária. Este ou estes dançarinos devem executar os passos de modo que a bola chegue no gol adversário de maneira mais repetida e com um pouco mais de facilidade. Falo de um atacante nato. A dança que esse atacante ou esses atacantes executam na área adversária são diferenciadas. Precisamos de um dançarino que conduz sua prenda com confiança e ele tem a predestinação de quase sempre fazer com que a bola beije a rede adversária com normalidade.
Não vencemos a Copa do Brasil, mas chegamos na finalíssima mais uma vez. Quem sabe em 2013 possamos chegar novamente e aí sim, dessa vez, com exímios dançarinos que executem passos na área adversária de modo confiante e leve.
No primeiro tempo em São Paulo poderíamos ter liquidado a fatura e passado a régua. Se tivéssemos convertido em gol a ampla superioridade que lá tivemos(no primeiro tempo), o Palmeiras teria que jogar em Curitiba de modo franco e aberto.
Perdemos para um time sem muito brilho, mas que tem em seu elenco um exímio cobrador de faltas. O Marcos Assunção provou, mais uma vez, que na dança das faltas ele é especialista. Nos dois jogos, lá e cá, ele executou os passos das danças das faltas como ninguém e nós é que pagamos o pato.
Um golzinho apenas no primeiro tempo em São Paulo e tudo seria diferente.
O Felipão que é exímio músico no esquema defensivo, prostou seus dançarinos em duas linhas que se movimentavam praticamente para os lados e em curto espaço do salão e teve o trabalho facilitado em função dos gols que deixamos de fazer no primeiro tempo do jogo em São Paulo.
Para a sequência dos novos bailes, dos bailes do campeonato brasileiro, precisamos urgentemente de atacantes natos. Mas e onde encontraremos esses exímios dançarinos que executam seus passos na área adversária...será que ainda existe um ou até dois desses dançarinos disponíveis no mercado...
A vida continua...
Segue o baile...
Saudações Alvi-Verdes!!!
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