Primeira Rodada.
O Coritiba foi a Ponta Grossa com um time considerado reserva, ou time B.
Um jogo fraco. Um adversário que vinha treinando desde setembro e que por isso imaginava-se que o Operário seria mais ousado, fato que porém não ocorreu. E o Coritiba que poderia ter se aproveitado da falta de ousadia e do baixo rendimento da equipe de Ponta Grossa também não rendeu o suficiente para vencer a partida. O Coxa ainda teve um pênalti cobrado bisonhamente pelo peruano RuiDíaz e desperdiçou a chance de trazer 3 pontos para Curitiba, somando apenas 1 ponto. Diante do fato de ter sido uma estréia, sendo o jogo fora de casa e com os atletas vindo de uma pré-temporada, passando por carga pesada de exercícios físicos e com isso naturalmente a musculatura ficou enrijecida, dificultando a movimentação normal. Somando-se a tudo isso, a falta de ritmo de jogo foi notória, e com o entrosamento ainda não existindo, o resultado não foi considerado de todo ruim.
De positivo a grande atuação de Djair, disparado o melhor em campo, tendo participado ativamente da partida ajudando na marcação e ainda tendo gás para aparecer vez por outra na área adversária em vários momentos. Aliás, quem sofreu o pênalti perdido de forma lastimável pelo peruano, foi exatamente Djair. Caso ele não tivesse sido calçado dentro da área, ficaria em ótimas condições na continuação do lance.
Raphael Lucas contundiu-se gravemente na partida e terá que passar por cirurgia e assim ficará afastado dos jogos num período que pode oscilar entre 5 e 8 meses.
Outro que se contundiu foi Bonfim, não tão gravemente quanto Raphael Lucas, mas que interrompeu a sua preparação e o fato ruim fez com que ele não desse continuidade no aproveitamento da oportunidade de jogar que apareceu.
Veio a segunda rodada.
Contra o Vermelhinho da Serra. O Paranavaí.
Estréia em casa. O time teve um ótimo rendimento e meteu 4 no lombo do time do Noroeste Paranaense. E só não foi mais porque o goleiro do Paranavaí esteve em noite inspiradíssima e fez milagres, guarnecendo a sua meta com grande brilhantismo. O Coritiba foi reforçado de Lucas Claro, Rafinha e Deivid. E cada um dos três fez a sua parte. Lucas Claro firme na defesa, Rafinha se movimentando bastante, tabelando, servindo aos companheiros, driblando, lançando e concluindo, participando assim ativamente do jogo, voltando a ser aquele Rafinha que conhecemos antes da contusão que sofreu no ano passado. Deivid como sempre, parecia estar fora de jogo, até um pouco alheio a partida, mas bastaram alguns segundos para ele mostrar o que é ser artilheiro, o que é saber fazer gol. Deivid fez um golaço, uma pintura de gol e como atacante vive de gol, ele fez a sua parte também.
E além desses 3 jogadores que fizeram a estréia no campeonato paranaense, mais uma vez, Djair teve atuação destacada, com Robinho sendo o nome do jogo, criando, aparecendo nos espaços vazios, servindo muito bem aos companheiros, concluindo magnificamente, chegando por duas vezes a balançar as redes do adversário.
Em seguida, veio a festa do ALEX, a sua reestréia no Coritiba contra um time argentino aguerrido, catimbeiro e briguento demais para um amistoso. Diante da acirrada disputa, o amistoso teve muitos cartões amarelos e até expulsões, muito em função do exagero na forma de entrar nas jogadas por parte dos gringos e da maneira que eles interpelavam atletas do Coritiba e até mesmo ao árbitro da partida.
O rendimento da equipe alvi-verde com alguns tidos como titulares, mesclada com outros atletas que são, na teoria, integrantes do time B, não foi tudo aquilo, o que era de se esperar, pois a grande maioria fazia(ou faz) parte do grupo que estica(va) a Pré-Temporada e ainda está sem embocadura, sem ritmo de jogo e sem entrosamento.
Lincoln, por exemplo, mostrou estar totalmente fora de ritmo de jogo e sentiu a musculatura pesada, o que é até natural, principalmente por ele já ter uma certa idade. Ele terá que retornar aos jogos aos poucos, entrando nas partidas com 15 ou 20 minutos do segundo tempo inicialmente, depois na continuação, um meio tempo quem sabe, para mais a frente, aí sim, brigar por uma vaga no 11 titular.
Alex, mesmo estando sem ritmo de jogo, a meses sem jogar, participando também da Pré-Temporada esboçou algumas jogadas de efeito e em várias ocasiões foi derrubado pelos argentinos. Essa caça dos argentinos, não só a Alex, mas a todos os jogadores do Coritiba, proporcionaram várias faltas e que o próprio "Menino de Ouro" se incumbiu das cobranças(e não poderia ser diferente). Na primeira, ele isolou a bola, mas a torcida reconhecendo o valor do ícone coxa-branca, mesmo assim aplaudiu. E em outras oportunidades, também através de falta, o goleirão adversário evitou que a bola encontrasse as redes e em outras ocasiões a bola foi de encontro ao poste. Alex ainda cobrou um escanteio com veneno na bola e o goleirão argentino empurrou a nega para dentro da sua meta, só que o bandeirinha viu a bola fazer uma curva por fora do campo e o gol foi anulado.
O time argentino saiu na frente. A marcação coritibana fragilizou no lance e um dos atletas adversários encontrou seu companheiro totalmente livre na frente de Vanderlei que só empurrou a bola para dentro do nosso gol.
Deivid perdeu uma chance clara de gol e deixamos de empatar a partida, mas no final ele deixou mais uma vez sua marca de artilheiro e o jogo terminou em 1 X 1.
Na terceira rodada, em jogo válido pelo campeonato paranaense, o Coritiba se deslocou até a cidade de Cianorte.
O Leão da Serra nas duas primeiras rodadas não havia marcado nenhum ponto e ele tinha que obrigatoriamente fustigar o Coritiba para conquistar seus primeiros três pontos no campeonato e livrar-se da incômoda posição de último colocado no campeonato. Que nada, para surpresa de todos, o time do noroeste entrou com 5 homens no meio de campo. Nos primeiros 5 minutos da partida, o Cianorte até esboçou uma pressão em cima da defesa coxa-branca, mas ficou só nisso e na continuação o Coritiba tomou conta do jogo.
Em uma penalidade máxima bem cobrada por Julio Cesar fez o Coxa sair com a vantagem de 1 X 0 no primeiro tempo. E no segundo tempo, o Coritiba foi o dono do jogo e Arthur fez o segundo gol em um lance de rara felicidade. De fora da área ele acertou um belo chute pelo alto e deu cifras finais a partida.
Djair manteve a regularidade. Não atuou como havia atuado nas duas primeiras rodadas, mas pelo que fez nesses 3 primeiros jogos do campeonato paranaense, na minha opinião, será uma injustiça muito grande se ele não começar jogando na próxima rodada.
Robinho em uma das jogadas que finalizou(não foi só 1 vez), dominou corretamente e bateu muito bem na bola, mas infelizmente ela foi de encontro ao poste. Robinho é outro que na minha opinião conquistou seu espaço no time nessas três primeiras rodadas.
Chico se posicionou muito bem na defensiva coxa-branca e calou a boca de muitos que vinham criticando-o. É outro que merece começar jogando contra o J. Malucelli.
Fazendo um balanço de tudo o que aconteceu até aqui, o resultado é positivo. E o traçado nos mostra que o Verdão está no caminho certo comandado por Marquinhos Santos, Tcheco e Edison Borges.
Daqui para frente a astúcia, inteligência e competência da Comissão Técnica deve buscar uma homogeneidade no grupo e colocar em campo a cada jogo quem estiver em melhores condições.
As opções são muitas, e várias estratégias podem ser colocadas em prática, até com variações de esquemas e posicionamentos. Só não pode exagerar muito tanto nessa variação como no uso de escalações diferentes a cada jogo. A partir de agora deve-se pensar em atingir o ponto crucial quando se fala em entrosamento e conjunto.
Com mais ritmo de jogo, os atletas podem começar a buscar o rendimento normal e ficar mais próximo, cada um, do seu real potencial.
No mais é lutar em campo de todas as formas, com raça, inteligência e determinação para conquistar o tetra-campeonato paranaense e na continuidade encontrar forças para brigar pelo segundo título do campeonato brasileiro.
O elenco é bom, é qualificado, mas em meu entendimento, ainda vamos necessitar de mais 3 ou 4 jogadores de bom nível. O campeonato brasileiro é longo e por mais que não se queira, contusões ocorrerão e suspensões em virtude de cartões amarelos e vermelhos acontecerão. Para se ganhar um título brasileiro é preciso um elenco qualificado e com vários jogadores sendo disponibilizados à Comissão Técnica em boa quantidade também.
Saudações Alvi-Verdes
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