O Coritiba vem fazendo muitos gols através da maneira conhecida popularmente como Bola Aérea.
Foi assim frente ao Vila Nova(MG), com 3 gols de cabeça. Foi assim contra o Rio Branco com 2 gols de cabeça. E diante do J. Malucelli 1 dos 2 gols também foi de cabeça. E se pesquisarmos encontraremos outros gols assinalados pelo Coritiba provenientes da chamada Bola Aérea.
Lógico que fazer gol, independentemente de como se balançam as redes adversárias, é importante e é muito bom.
Porém, nenhum time pode depender apenas de artifícios como o da bola parada ou da bola aérea.
Com a avalanche de gols feitos pelo Coritiba via bola aérea, a tendência é de que os adversários do nosso querido alviverde, daqui para frente, redobrem as atenções neste quesito e fazer gols assim poderá ficar mais difícil. Tomara que o Coxa faça novos gols utilizando-se desse tipo de jogada, mas é preciso fazer gols também através de lances criados por nossos meias ou de outro modo, com a bola rolando no gramado.
Negueba vem correndo uma enormidade. Não sei a quantidade exata que Negueba vem percorrendo a cada partida, mas o que o Negueba vem correndo, driblando, desarmando e estando em todos os cantos do gramado não é brincadeira.
João Paulo(pena ter se contundido) vinha cumprindo bom papel e estava sendo o responsável pelo levantamento das bolas na área adversária e em muitas oportunidades os gols assinalados via bola aérea teve início justamente com João Paulo.
Carlinhos vem sendo peça importantíssima no esquema armado pela Comissão Técnica alviverde e frente ao J. Malucelli foi um pecado não ter assinalado um gol em uma jogada maravilhosa que o nosso Ala realizou.
Wellington Paulista vai em todas, não tem bola perdida, tem se deslocado tanto pelos lados do campo, como em algumas vezes aparece na área como referência, fazendo o revezamento com Rafhael Lucas. Quem disse que dois jogadores com características parecidas não podem jogar juntos?
E Rafhael Lucas a cada jogo enche os torcedores do Coxa de esperanças positivas. É o artilheiro isolado do Campeonato Paranaense em transcurso com 8 gols em 9 jogos, uma média excelente para qualquer atacante. O rapaz tem um excelente senso de colocação e sempre está no lugar certo para enfiar a bola nas redes.
Muita coisa ainda precisa melhorar no Coritiba. Estar na liderança do regional e com grandes possibilidades de conquistar mais um título paranaense, claro é ótimo, mas não dá para pensar somente nisso. Vencer o Campeonato Paranaense de Futebol de 2015 é importantíssimo, sem sombra de dúvida, mas daqui a pouco terá início o Brasileirão e o caldo será outro e bem mais quente. É necessário ter nítida e total consciência de que precisamos reforçar nosso elenco para o Brasileirão.
O Coritiba já está na segunda fase da Copa do Brasil e quiça o Coxa possa ir vencendo adversários e ultrapassar fases, mas a Copa do Brasil, sabemos, é um campeonato diferente e assim como o alviverde pode chegar muito longe, pode, nesse sistema mata-mata, ficar de fora em um piscar de olhos.
Assim, prefiro visualizar, por enquanto(já que estamos apenas no início da Copa do Brasil e muita água pode passar embaixo da ponte - ou quem sabe a pouca água que passar embaixo da ponte não nos seja suficiente) o Brasileirão.
Vencer o Paranaense no momento é o objetivo, mas um outro objetivo e maior precisa ser visualizado e planejado com antecedência. Esse outro objetivo está inserido no contexto nacional e é o Brasileirão. Basta de ano após ano, nos últimos Campeonatos Brasileiros, brigar apenas para fugir do rebaixamento. A torcida coxa-branca está cansada de torcer apenas para que o nosso Coritiba permaneça na Série A Nacional.
A Bola Aérea é importante e claro que é muito importante, principalmente quando ela passa a ser um forte componente para balançar as redes adversárias, mas não podemos depender apenas da bola aérea ou da bola parada.
A vitória frente ao J. Malucelli foi boa, senti e vi que um tímido esqueleto de time de futebol começa a aparecer e se desenhar no gramado, mas como coxa-brancas que somos, queremos mais!
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