Alguns entendem que com a chegada de Jajá e em se confirmando a contratação do volante Adriano, o elenco do Coritiba estaria fechado para o decorrer de 2014.
Eu, particularmente, entendo que para encarar o Campeonato Brasileiro, além desses 2 atletas citados, o Coritiba ainda necessita de mais alguns jogadores no elenco para começar a vislumbrar um Brasileirão sem muita dor de cabeça e sofrimento.
Muitas vezes quantidade não substitui qualidade. É óbvio que para enfrentar um Campeonato Brasileiro com 38 rodadas(sem falar em Copa do Brasil - caso o Coritiba vá ultrapassando fases), é necessário quantidade, um número mínimo de atletas razoável, já que suspensões e contusões(que vem acompanhando o Coxa à algum tempo em volume estratosférico), fatalmente tiram de combate este(s) ou aquele(s) atletas. Até aí tudo bem, a quantidade também se faz necessária. Mas, me refiro aos níveis de disputa dos regionais espalhados por esse Brasilzão e os níveis de disputa do Brasileirão. Acho que quando se toca, se fala, se pensa, se imagina algo quanto a isso, ninguém discorda de que a diferença de nível de um Campeonato Amazonense, Paraibano, Sergipano, Pernambucano, Alagoano, Catarinense, "Paranaense", etc, em relação ao Campeonato Brasileiro é muito grande.
Com todo respeito à todos os clubes que disputam os mais diferentes regionais do nosso País, mas as condições estruturais e financeiras de muitos deles, infelizmente deixam a desejar e com certeza não preciso enumerar as dificuldades que muitas equipes possuem para participarem de campeonatos. Os sacrifícios feitos pelos clubes e vários abnegados são enormes. É lógico que isso acaba se refletindo no rendimento, na produtividade dos times dentro do gramado e aí o nível do futebol apresentado acaba sendo sofrível. Como os clubes repletos de dificuldades de todas as espécies e tendo que fazer sacrifícios, às vezes, desconhecidos do público, mas que existem em pelo menos 80% dos mesmos, irão montar bons esquadrões?
Por aqui, no nosso querido e rico Estado, nem sempre esse carinho e predileção dos paranaenses e as riquezas presentes em nosso território, vão para os corredores, vestiários e gramados dos nossos clubes. É claro que o torcedor coxa e de algumas outras equipes amam os seus clubes, mas mesmo assim, existem clubes que lutam à duras penas, para, rodada a rodada, entrarem em campo, e os valores que circulam em seu interior e cercanias é irrisório. Como montar bons esquadrões assim?
Fazendo a comparação, sabe-se que alguns clubes do eixo Rio São Paulo e mais uns pouquíssimos de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, possuem um arsenal bem mais potente, quando se fala em cifras, e esse clubes acabam montando um banco de reservas bem mais forte do que o próprio time titular de clubes de Santa Catarina, Pernambuco, Bahia, Paraná, etc... a verdade nua e crua é essa.
Com isso, a discrepância de níveis de alguns times para outros, acaba dando a ideia de um abismo enorme.
No futebol(talvez seja um dos poucos esportes, se não for o único), um clube sem grande poderio financeiro, pode surpreender os demais, abastados. Mas, para isso é preciso se estruturar corretamente e ter alguma força em termos de qualidade.
Por isso entendo que com apenas mais Jajá e Adriano nesse elenco que aí está, não teremos muitas chances.
Só um exemplo para ilustrar. Hoje, quem efetivamente podemos utilizar como "homem referência"? Keirrison(a quem todos nós coxa-brancas admiramos e queremos ver brilhar de novo), ainda está em compasso de recuperação(tomara que consiga se recuperar totalmente e volte a apresentar o futebol de outras outroras), mas infelizmente ainda é uma "incógnita". Julio Cesar fez uma ou outra jornada de sucesso. Me lembro de um jogo em Paranaguá no ano passado em que ele acabou fazendo 4 gols e foi o nome do jogo e mais algumas outras boas aparições. Mas, por enquanto não dá para apostar todas as fichas nele. Roni é um bom atacante, mas seria ele o "homem referência" que o Coritiba precisa? Penso que Roni é um bom jogador sim, mas não para ocupar o espaço entre os zagueiros adversários. Ele será muito útil ao Coritiba, mas se for usado em um outro espaço do campo. Talvez como um segundo atacante, mas não como "referência". E olha que Roni já andou se contundindo.
Assim como citei a questão e o exemplo do homem referência no Coritiba, eu poderia me valer de outros compartimentos da equipe coxa-branca e apresentaria deficiências visíveis, facilmente detectadas por quem entende como funciona ou como deveria funcionar um time em ação.
É óbvio que o Coritiba não tem cacife financeiro para competir de igual para igual com um Corinthians(desclassificado do Paulistão), com um Cruzeiro(o atual Campeão Brasileiro) e outros mais, mas se o Coxa montar um time, um elenco, com condições mínimas de qualidade, pode, com muito treino específico, com diferenciais na parte tática e mais alguns detalhes inerentes ao futebol, surpreender positivamente. Continuo dizendo: só com "mais Jajá e Adriano" nesse nosso elenco que aí está, no Brasileirão não transformaremos a "farinha", somada a mais alguns ingredientes, em "pão".
É preciso mais...mais..."qualidade" no elenco atual.
Saudações Alvi-Verdes
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