Por diversas vezes, em muitas colunas, em vários textos, de uns tempos para cá, estamos alertando que algo precisa ser feito e urgentemente. Não dá para esperar o outono acabar. O verão já se encerrou e o outono já começou.
No verão, o Coritiba colocou em prática a tal Pré-Temporada alongada. E bota alongada nisso. Mas infelizmente parece que isso nada resolveu. O outono começou e o panorama é simplesmente desolador. Além da produtividade da equipe estar crítica, próxima, muito próxima mesmo, de zero, outro detalhe ainda continua acompanhando o Coritiba: as contusões, e como nos últimos anos, elas estão ocorrendo com frequência e em números elevados. A coisa está feia. O Coritiba pode até chegar ao "Penta" regional(e tomara que chegue), mas se o nosso alvi-verde for para o Brasileiro "assim", é Segunda Divisão Nacional na certa.
Dizer que apenas com mais Jajá e Adriano no elenco a coisa não vai se resolver, já dissemos, e várias vezes. Escrever que o elenco coxa-branca precisa de pelo menos, no mínimo, de mais 5 ou 6 jogadores de qualidade, que venham para "resolver", já escrevemos.
Dia após dia estamos "chovendo no molhado", ou seja, a equipe não possui padrão de jogo, não tem uma estratégia de jogo definida e evidenciar que o time é um amontoado de jogadores, não é difícil, isso todos estamos vendo, sem precisarmos saber muito de bola. Não é exagero dizer que quando o Coritiba joga, atualmente, "parece pelada".
Sabe aquela pelada que um amigo telefona para o outro e diz: que tal fazermos uma peladinha no sábado e o outro responde, boa ideia e ambos começam a contactar mais alguns possíveis participantes do bate bola. Aí no sábado a tal pelada acaba acontecendo. Todos os participantes da pelada gostam, correm prá lá e prá cá, não guardam muito posição e em diversos lances, uma jogada engraçada ocorre e todos riem descontraidamente, aumentando a diversão, pouco importando qual será o placar final da peleja. Depois na hora da "gelada", após o suador, todos ficam comentando, tanto gols acontecidos, como os lances bisonhos e riem deles mesmos.
Pois é, o time do Coritiba foi mais ou menos assim no primeiro tempo do jogo contra o Rio Branco no segundo confronto decisivo. No segundo tempo melhorou um pouco, mas só o suficiente para virar o placar. E nesta quarta-feira, contra o Maringá, novamente o primeiro tempo da equipe coxa-branca foi de doer. No segundo tempo, mais uma vez houve uma pequena melhora, mas desta feita não o suficiente para sequer chegar ao resultado de igualdade e a derrota só não foi maior porque o Maringá desperdiçou algumas chances de fazer o terceiro e até o quarto gol, ainda no primeiro tempo. Não seria surpresa se o Coritiba tivesse levado uma lambada de 4 X 1 do time da cidade canção.
Parecia, tanto contra o Rio Branco, como contra o Maringá(no primeiro tempo principalmente) de um ou de outro confronto, uma verdadeira pelada. E isso ficou evidenciado nos gols sofridos frente ao Maringá. Os dois atletas, tanto no primeiro gol, como no segundo tento, concluíram totalmente livres, sem ninguém para acoçá-los. Onde estavam os "marcadores" do lado do Coritiba?
Quantas jogadas criadas realmente, o Coritiba teve?
Afora, a estratégia de jogo, o plano de jogo enfim, não estar de acordo(e olha que a equipe já vem se preparando, treinando e jogando à meses), não tem como não notar que muitos dos atletas que estão envergando a camisa do Coritiba no momento, estão deixando a desejar.
O Coritiba hoje, infelizmente é um misto de falta de estratégia de jogo e falta de material humano.
Não sou do tipo que gosta de criticar, pois às vezes, entendo que criticar publicamente pode contribuir para gerar problemas ainda maiores para Comissão Técnica e o próprio grupo de atletas encontrarem forças para buscar melhorar a coisa.
Mas a coisa está tão ruim, tão fora dos padrões, que estamos acostumados a ver, quando normalmente o Coritiba entra em campo, que não tenho como me omitir. E do jeito que a coisa está, talvez as minhas críticas, de algum modo, balancem as cercanias e o interior do Alto da Glória e do "CT" e possam contribuir para que algo seja feito de modo urgente. O verão já se foi e o outono já se iniciou. Será que vamos ver outono acabar, para somente depois, alguém buscar solução? Aí poderá ser tarde demais.
"Chovendo no Molhado, Parece Pelada".
Saudações Alvi-Verdes
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