Com os 100% de aproveitamento até aqui no Campeonato Paranaense de Futebol em 2015, três jogos e três vitórias, não é nenhuma surpresa, dar continuidade ao que vem dando certo.
Assim, Marquinhos Santos vai optar em manter o onze que vem começando as partidas, no confronto frente ao Foz do Iguaçu na fronteira.
Corretíssima a atitude do técnico. Norberto já reúne condições de atuar e poderia ser utilizado desde o início do embate, mas Ivan vem bem e só em caso de uma contusão do garoto ou suspensão, seria viável fazer a troca.
Wellington Paulista já foi relacionado e encontra-se também em plenas condições de atuar, inclusive documentalmente. Mas quem Marquinhos Santos poderia tirar do time? Negueba está rendendo bem, Mazinho idem e Rafhael Lucas já superou as expectativas de todos e quem sabe inclusive dele, com os gols que vem marcando e as assistências, diga-se de passagem, muito bem executadas pelo garoto.
Todo técnico fica feliz em ter esse tipo de problema. Marquinhos Santos tem jogadores para colocar no time que ainda não atuaram no campeonato, e que antes disso, parecem estar prontos para colaborarem positivamente com a equipe, mas não necessita, no presente momento, mexer no onze que vem iniciando os jogos. Isso é ótimo.
Daqui para frente a Comissão Técnica precisa ter cuidado, necessita de tato, esperteza e até certa flexibilidade para não intervir erroneamente e prejudicar o que começou bem. Esse início na realidade é uma surpresa para todos nós. Da forma que 2014 acabou, com o Coritiba se livrando do rebaixamento nas últimas rodadas, com a saída em grande quantidade de jogadores do elenco(e que tinham que sair mesmo), com a vinda de novos valores, o panorama não apontava para se ter um começo de campeonato com 100% de aproveitamento.
Tirar jogadores da equipe agora, sem motivo, sem justificativas que realmente balizem essa ação, pode desmotivar atletas e até perde-los para a continuidade. É certo que a Comissão Técnica deve buscar sempre mandar a campo o que tem de melhor, mas isso precisa ser feito com consciência e muita coerência.
Se Wellington Paulista, por exemplo, que custa caro para os cofres coritibanos, tiver que ficar no banco porque os que estão em campo estão dando conta do recado, que fique.
Não é e não seria plausível e até admissível, tirar Rafhael Lucas da equipe nesse momento, para acomodar WP. O garoto vem estraçalhando, fazendo gols e realizando assistências dignas de elogios e ninguém imagina ele fora do "11".
Negueba e Mazinho, ambos vêm bem. E até porque WP não possui características para jogar pelos lados do campo, casos dos dois que citei.
Assim, diante do panorama atual, Wellington Paulista hoje é banco.
Montar um time com 11 craques é maravilhoso aos olhos da torcida e de quem assiste jogos e gosta do futebol técnico. Só que nenhum time é campeão, ou cumpre bom papel com 11 craques na equipe. E hoje em dia isso é difícil de acontecer, pois os craques estão em extinção.
Montar um time com 11 quebradores de bola, com dotes acima da média na parte física, também não dá. Se assim for como a equipe construirá jogadas?
É preciso se ter em campo uma mescla disso. Alguns jogadores mais técnicos e outros mais fortes fisicamente. alguns jogadores mais rápidos e outros que sabem ocupar os espaços no gramado sem precisar correr e se desgastar em demasia.
Um time só com jogadores acima dos 32 anos, por exemplo, também não vai rodar.
Uma equipe só com atletas de 18 ou 19 anos, também não é aconselhável.
O interessante em todas as questões que coloquei acima é a mescla. Ter jogadores técnicos no time sim. Não todos. Ter jogadores vigorosos fisicamente sim. Não todos. Ter jogadores mais experientes na equipe sim. Não todos. Ter jogadores iniciando a carreira sim. Não todos.
A "mescla", mesmo com todas as mudanças que o futebol teve(às vezes fico me perguntando se essas mudanças foram benéficas ou positivas para nós brasileiros - vide Brasil 1 X 7 Alemanha) ainda é a melhor pedida.
Um time equilibrado, capaz de enfrentar qualquer adversário, só vai se ter em mãos, com a adoção de algumas medidas que respeitem certas peculiaridades. E para o Brasileiro um time só não basta. É preciso ter um elenco equilibrado onde aquele(s) jogador(es) que sai(em) da equipe, seja por contusão, suspensão ou até outra questão, tenha(m) substituto(s) à altura, ou que pelo menos o nível de um(ns) para outro(s) não tenha estrondosa diferença.
A Comissão Técnica está a partir de agora com a palavra e as ações a serem colocadas em prática podem dar uma excelente continuidade ao Coritiba em 2015 ou tornar o caminho claudicante.
A bola da vez é o Foz. Não se imagina outro resultado, mesmo o jogo sendo na fronteira, além de uma vitória coxa-branca!
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