Lógico que ainda não é o rendimento que todos queremos e obviamente que ainda está longe de ser o time ideal,
mas o Coritiba começa a mostrar algo de bom nas quatro linhas, coisa que não se via já a algum tempo.
O sistema defensivo está se mostrando mais encorpado, mais sólido e isso propicia alguns pontos positivos pela busca da chamada "confiança". Atletas sem confiança, time sem confiança, jamais renderá em níveis elevados. Com uma defesa melhor posicionada, bem protegida por volantes que sabem o momento de dar o bote no adversário ou que em determinados momentos dão um passo atrás, quando necessário, até mesmo para apanhar uma bola originária da disputa de um zagueiro com o atacante adversário, evitando que ela fique pipocando na área e possa facilitar o trabalho de finalização de algum oponente, tudo isso, vai dando consistência à retaguarda e consequentemente auxilia na melhora de conduta dos atletas em campo, alicerçados pela confiança.
Como disse, falta muita coisa ainda para considerarmos que o Coritiba já possui uma equipe que possa nas trinta e seis rodadas que serão disputadas pelo Brasileirão, imprimir bom ritmo, conquistar pontos importantes e assim desempenhar um bom papel no Campeonato Brasileiro, mas podemos dizer que o pontapé inicial para isso já foi dado.
É bem verdade que o Coritiba, em duas rodadas do Campeonato Brasileiro, ainda não balançou as redes adversárias, mas se considerarmos o peso de uma estreia em um campeonato como esse e jogando fora de casa, contra um time que está debutando na elite do futebol brasileiro e que é óbvio, queria iniciar bem, somado ao fato de que o Santos não é um timezinho qualquer e que não é fácil de ser batido, dá para considerar que até aqui, as coisas estão caminhando de forma balanceada.
Os atacantes precisam caprichar mais nas finalizações, os responsáveis pela criação de jogadas necessitam melhorar nesse quesito, disso ninguém tem dúvida, mas o time do Coritiba hoje é uma equipe bem diferente daquela que disputou o Campeonato Paranaense e que não conseguiu chegar à final.
Zé Love me faz pensar que ele possui condições de, com o passar dos jogos, ganhar ritmo, mais embocadura e aí quem sabe começar a empurrar a bola para as redes adversárias. Jajá me pareceu um jogador com quilate para vestir a camisa coxa-branca. Não se pode julgar um atleta, se ele serve ou não, apenas por uma ou duas apresentações. Assim, temos que dar um tempo tanto para Zé Love quanto para Jajá, mas as expectativas quanto à produtividade sequencial desses jogadores são boas.
A retaguarda coxa-branca melhorou e muito. O setor de criação do meio de campo e o ataque carecem de ajustes e até de experiências outras para se buscar atingir uma melhor performance. A realidade alvi-verde é essa.
O Campeonato Brasileiro é longo e é dificílimo e muita água vai passar embaixo da ponte e variáveis diversas, sem sombra de dúvida, interferirão no caminhar de todos os disputantes, rodada a rodada. É cedo, aliás muito cedo ainda, para traçar tanto um prognóstico otimista quanto pessimista para o Coritiba no Brasileirão. Vamos aguardar mais algumas rodadas, ficar atento a cada movimentação, a cada jogo, para apenas depois disso podermos emitir uma opinião mais embasada e concreta. Por enquanto, tudo o que se falar além disso soará como mera especulação. Melhorou sim, mas só o tempo vai nos dizer se a esperança que agora é um pouco mais positiva, configurar-se-á.
Enquanto isso, pausa nas atenções do Brasileirão, para concentração no jogo com a Caldense pela Copa do Brasil.
Muita gente falando que o Coritiba deve eliminar o jogo de volta. Calma pessoal, do lado de lá existe um time também e a partida acontecerá no campo deles. Se der para eliminar o jogo de volta, com plena certeza, será ótimo, mas isso só poderá acontecer depois que a bola rolar e após o apito final do árbitro. Entendo que primeiro o Coritiba deve se preparar para conseguir um bom resultado, o jogo é "fora de casa". Uma partida pode se tornar fácil no decorrer dela e depende de diversos detalhes, principalmente quanto ao rendimento de cada equipe, mas jamais pode se imaginar que um resultado por diferença de 2 gols ou mais é fácil de se conseguir, seja contra o adversário que for. É preciso respeito ao adversário. Respeito sim, medo jamais.
Saudações Alvi-Verdes
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