O Coritiba vem sofrendo a algum tempo com contusões, muitas lesões, várias e várias e isso não é de hoje.
Atletas importantíssimos deixaram de participar dos jogos do brasileirão em 2012 e agora em 2013, a estória se repete.
Com certeza, isso já era esperado, em função das coisas que acontecem em Campeonatos Brasileiros, sejam por pontos corridos ou não. Já lá pelos idos de "1985" isso já acontecia e ocorreu, mas o número de contundidos atualmente, entra em profusão a todo instante.
E essas contusões em profusão trazem prejuízos enormes para o rendimento do todo. Quando 1 ou 2 atletas se contundem e apenas 1 ou 2 atletas atuam sem o chamado ritmo de jogo o prejuízo na produtividade existe e é natural que aconteça, e pode até ser melhor absorvido, mas quando 3, 4 ou até 5 atletas atuam na mesma partida, após meses apenas treinando, o impacto disso, no todo, é enorme.
Basta olhar para os números. Basta visualizar a classificação e fácil fica interpretar a coisa quando se observa que o Coritiba ficou invicto rodadas e rodadas pelo brasileirão 2013, e depois, em rodadas sucessivas não só perdeu a invencibilidade, mas como também já acumula 3 jogos sem vitórias. E se contabilizarmos ainda a derrota para o Vitória, veremos que a "vitória não sorri para o lado do alvi-verde paranaense", já há quatro partidas. Seria isso apenas coincidência? Quem entende de futebol sabe que isso não é coincidência.
Alguns poderiam dizer: mas se já se sabia que as contusões ocorreriam, seria necessário que o elenco, a Comissão Técnica e até a própria diretoria se preparasse para isso.
Porém, futebol não é bem assim. Se pensa nisso, se pensa naquilo, se adotam certas medidas, mas jogar é uma coisa e treinar é outra. O elenco coxa-branca não é fraco, e quem fica só treinando, irá, obviamente, sentir a falta de ritmo de jogo, principalmente no ritmo alucinante que é imposto nas partidas do campeonato brasileiro pelos atletas que disputam os jogos, quando precisa atuar, desde o início do jogo ou de jogos, na base do afogadilho.
É fácil de fora, criticar, observar, comentar e tecer até poemas e poesias, empunhando a bandeira colorida do viu... "eu avisei", "eu disse", "eu falei". Volto a dizer, futebol não é bem assim, não é como a matemática, como a estatística, apesar de que hoje o mundo da bola está tomado por estatísticas e estatísticas(muitas estatísticas - será que via estatística dá para se aprender a cruzar acertadamente uma bola na área como manda o figurino???) mostrando quantos desarmes um atleta fez em determinados confrontos, quantas finalizações ocorreram de lá e de cá, mas insisto, a coisa não é redondinha assim como tudo deixa transparecer e se configura meio que quase automaticamente. Depois do bugiu deitado, dar o tiro conclusivo fica fácil, aliás fácil demais. Um treinador, uma Comissão Técnica não pode trabalhar baseado apenas em estatísticas. A coisa vai, no futebol, muito mais além do que apenas estatísticas ou simplesmente na base do 2 + 2 = 4.
Assim, diante da atual situação, do atual momento coxa-branca, entendo que não é viável, sem ter quantidade suficiente de atletas com certa qualidade(existe um número bom de atletas com muita qualidade, claro, mas e as contusões em profusão?), ficar focando ora o Brasileirão, ora a Sul-Americana. Se já existem inúmeros atletas contundidos e já fica difícil formar um "11" realmente "forte" e um banco de reservas com condições de conquistar pontos no brasileirão, dentro do bom senso, como fica ainda a "coisa" quando se tem que, ora montar um grupo para jogar no brasileirão e ora montar um outro grupo para enfrentar a Sul-Americana. Na atual conjuntura isso é quase impossível.
Assim, penso que a saída é uma só: dedicação total e foco único no brasileirão.
Para evitar que nada se consiga na Sul-Americana e ela vir a tornar-se uma decepção "maior ainda do que imaginamos", e buscando não perder a oportunidade de conquistar algo maior via brasileirão, é melhor priorizar o Campeonato Brasileiro, para não desabar totalmente na classificação.
Mata mata, como é o caso da Sul-Americana é uma verdadeira loteria e o Coritiba já teve experiências não agradáveis no quesito "mata mata". E as experiências do Coxa nos tais mata mata são recentes. Qual foi o resultado disso tudo no final?
Assim, sou daqueles que prioriza a continuidade, o desempenho via "bom senso", através do viés da busca incessante por algo melhor e melhor. Do dia para a noite nada ou pelo menos "quase nada" se consegue nesse esporte chamado futebol.
O elenco Campeão Brasileiro de 1985, por exemplo, foi formado por vários atletas que atuaram pelo Coxa durante 9, 8, 7, 6, 5, 4 ou 3 anos consecutivos, antes daquela memorável conquista. É óbvio que alguns chegaram em 1984 e outros ainda em 1985, mas a base foi se formando aos poucos e foi mais ou menos assim que o Coxa conseguiu chegar lá, vencendo o Flamengo no Maracanã(e olha que o Mengo de 85 não era qualquer time), o Corinthians, o São Paulo, o Cruzeiro, o Santos, o Atlético Mineiro, etc. Verifiquem as escalações desses times que citei, como eram ou como foram, na época, e entenderão porque o Coxa chegou à final e desbancou o Bangu de Marinho, Gilmar, Ado, Mario, Baby e outros em pleno Maracanã.
Assim, pessoal, "dedicação total e foco no Brasileirão" e pronto. Essa é a minha singela opinião.
Saudações Alvi-Verdes
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)