Alívio.
Essa foi a sensação sentida após a vitória de quarta-feira conseguida diante do Náutico.
Já fazia algum tempo que a Vitória não acontecia para o lado alvi-verde. E mais tempo ainda, se formos computar vitórias fora de casa.
Mas, enfim a Vitória aconteceu.
Os resultados da décima segunda rodada fizeram com que o Coritiba esteja posicionado à apenas 2 pontos da Zona do Zuplício, com 12 pontos. Então, é preciso continuar jogando e vencendo. A prova maior disso é que fomos na Bahia e após estarmos perdendo o jogo por 2 X 0, conseguimos um significativo empate. E isso ficou demonstrado na vitória do Bahia frente ao Palmeiras na rodada do meio de semana. Jogamos três vezes contra o Palmeiras nas últimas semanas e não conseguimos nenhuma vitória. Mas, em compensação, trouxemos da Bahia um pontinho. Quem imaginava que o Bahia venceria o Palmeiras...são as variações do brasileirão 2012.
O nosso próximo adversário é um time tinhoso, matreiro e muito difícil de ser batido. Está bem posicionado na tabela e também vêm de vitória. E, aliás, o Grêmio conseguiu, uma vitória importante em seu último compromisso, em cima de um adversário que está desempenhando bem o trabalho no brasileirão 2012.
Assim, é de se esperar um jogo dificílimo.
Brasileirão é brasileirão e muito se fala que no terceiro campeonato do planeta não existe jogo fácil. Ele pode se tornar fácil, dependendo do andamento do jogo. É, mas até agora, nenhum jogo do Coritiba se tornou fácil. Muito pelo contrário, a grande maioria dos jogos foram dificílimos. E sábado, de antemão, já se sabe que o Grêmio como adversário, não virá à Curitiba para brincar de jogar futebol.
Com todos os deslizes da nossa comissão de frente e com tantas oportunidades de gol perdidas no transcorrer dos jogos do campeonato brasileiro, mesmo assim, o Coritiba é dono do terceiro melhor ataque. Já pensou se todas as oportunidades de gol que surgiram fossem convertidas...o Coxa seria disparado o melhor ataque do brasileirão 2012.
No último jogo realizado, mesmo tendo perdido algumas oportunidades claras de gol, o ataque funcionou e muito bem. Fez 4 gols.
No início a preocupação era o ataque que jogo após jogo colecionava gols perdidos. Agora, com o desenrolar das partidas, a preocupação também fica por conta da defesa. O Coritiba possui a pior defesa do campeonato, a defesa mais vazada entre os 20 competidores. Na última rodada, com os 3 gols sofridos, já somos donos da façanha de ter levado 26 gols no campeonato. Isso dá uma média de mais de 2 gols sofridos por jogo. Não é uma média desejada por equipes que visam alçar vôos mais altos.
Nesse panorama o jeito é intensificar ainda mais os treinamentos de finalizações e buscar a todo momento, encontrar um meio de ajustar a defesa.
Se os atacantes estão perdendo gols é porque existe criação. A criatividade está boa e essa não deve ser a preocupação maior. É lógico que quando um time perde, quem perde não é a defesa, não é o meio de campo, não é o ataque e não é o goleiro. O time todo perde. Se um dia a forma de definir o vencedor passar a ser controlada de outra forma, aí sim poderá se responsabilizar apenas um compartimento da equipe. Mas, por enquanto quando o Coritiba perde, o time todo perde e não marca pontos na tabela de classificação, coisa que no momento deve ser a preocupação maior e que será motivo de busca, sempre, durante todo o campeonato. Marcar pontos é o lema. E para marcar pontos significativos em cada rodada em um campeonato de pontos corridos, somente com vitórias um time aparecerá bem posicionado na tabela. Em determinados jogos o empate até pode ser considerado um bom resultado, mas o empate deve acontecer em uma ou outra rodada. A chave para se ter sucesso no campeonato brasileiro atual é acumular vitórias, uma após outra.
E para se conseguir o maior número de vitórias possíveis é preciso ter um ataque afinado que faça gols, uma defesa ajustada que não sofra tantos gols, um meio de campo criativo, apoiado por alas que cumpram bom trabalho e que são imprescindíveis no futebol moderno, tendo um goleiro que vez por outra intervenha de modo seguro e evite que a bola vá para o fundo da rede.
Na teoria, os brasileiros que gostam de futebol e que são muitos, sabem disso. E esses brasileiros, independentemente da paixão que tenham por este ou aquele clube, acabam, todos, tornando-se técnicos de futebol e dando pitacos para que o time de coração saia vitorioso. O difícil é tornar a teoria, que na cabeça de todos sugere entrelaçamentos interessantes e desfechos felizes, parte integrante da prática em cada jogo.
Os pitacos são livres. E quem quiser dar o seu, o espaço está aberto.
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