É uma decisão. E uma decisão importantíssima. A vida do Coritiba está em jogo. No ano de 2005 já se viveu algo que ninguém quer relembrar. Em 2009 aconteceu novamente e ninguém gosta de relembrar.
Já 1985, o longínquo "1985" que está prestes a completar 30 anos, 3 décadas, todos gostam de relembrar. Quem não era ainda nascido, maravilha-se nessa história através de instrumentos de comunicação ou ouvindo de alguém, delicia-se com os acontecimentos daquele ano inesquecível quando folheia jornais, revistas da época e livros lançados após aquela conquista memorável. Quem não viveu aquilo tudo, com estréia de Romário, atuações de Roberto Dinamite pelo Vasco da Gama, com Luisinho do Atlético Mineiro jogando de zagueiro com uma técnica impressionante, Reinaldo centro-avante da Seleção Brasileira que ficou marcado pelo punho cerrado, parado em campo, comemorando seus lindos gols, mais Elzo, Everton(esse feito no Londrina) e Edvaldo, com Muller, Silas e Sidnei no São Paulo e muitos outros atletas de futebol profissional de categoria e renome nacinal e internacional que atuaram naquele Campeonato Brasileiro servindo às mais diferentes equipes de tradição no futebol nacional, como adversários, e foram vencidos pelo nosso Coritiba, e quem quiser saber mais sobre o título de 85, pode se dirigir à Biblioteca Pública do Paraná e pesquisar e ler sobre aqueles momentos estrondosos do futebol do Paraná e ver fotos contagiantes. Dá saudades. E quem presenciou aqueles momentos inesquecíveis tem na memória, lance por lance dos jogos contra Cruzeiro, Flamengo, São Paulo, Santos, Corinthians, Atlético Mineiro e outros, e logicamente, orgulha-se e enche o peito dizendo "eu sou coxa-branca".
Isso passou, é verdade. Mas, um dia o Coritiba Foot Ball Club foi Campeão Brasileiro de Futebol. E isso não é conto, não é sonho. Foi realidade no ano de "1985". Aconteceu. E não foi nada fácil. Não caiu do céu e não foi conquistado com uma varinha mágica não, podem ter certeza disso.
Vendo o time, a equipe, o grupo, o elenco coxa-branca nesse momento periclitante atualmente, tudo aquilo me volta a mente. E lógico, me entristeço e me dá sim um nó na garganta, uma inquietude, algo que incomoda, mas precisamos ser fortes e fazer do Coritiba Foot Ball Club, um clube forte novamente.
Não dá para baixar a guarda. Não dá para jogar a toalha. Sinto vontade de dar um soco na mesa. Sinto arrepios, calafrios, mas não desistirei jamais e continuarei sendo coxa-branca e tentando fazer algo em prol do Coxa.
O Coritiba venceu o Botafogo, venceu o Cruzeiro, venceu o Grêmio no RS e aqui em Curitiba(de goleada), um que já foi e é o campeão brasileiro de futebol de 2013, outro, o Grêmio, que já está garantido na Libertadores e o Botafogo que ainda briga por vaga na Libertadores. Porém, perdeu para Náutico já rebaixado, para o Criciúma que não está livre do rebaixamento, para Vasco que está quase se afogando. Como pode um time vencer o Campeão, o Vice e times que lutam por vaga na Libertadores e perder para times que já estão rebaixados ou prestes a serem rebaixados? (opa: o Coritiba também luta para se livrar do rebaixamento).
Realmente não entendo essa variabilidade. Ganha do Campeão, vence o Vice e perde para o lanterna. Como explicar isso? É, não tem como não dizer que algo deve estar errado.
É preciso modificar muita coisa. Mas isso é papo para depois.
Agora, é concentração total no jogo contra o São Paulo. Mesmo que alguns digam que é "chover no molhado", mas mais uma vez é "vencer ou vencer". O Coritiba depende única e exclusivamente de si e isso é um ponto favorável. Só que o grande questionamento reside no fato de que o Coxa durante todo o transcorrer do Brasileirão 2013 venceu uma única partida fora de casa. E o jogo decisivo, o último capítulo, será justamente fora de casa. Só que essa única partida vencida não foi contra o Arapiraca(com todo respeito), foi contra o Grêmio, o único time além do campeão, que já garantiu vaga na Libertadores. Passou da hora do Coxa vencer mais uma fora de casa. A hora é essa.
Se será com sangue nos olhos ou com técnica, com alguma tática, não interessa. O que interessa agora, tal e qual foi contra o Botafogo, é vencer.
Fácil não será e aliás, raramente as coisas se apresentam facilmente no mundo da bola.
Avante Coritiba.
É um texto para reflexões e algo que nos leva a pensar, analisar e chegar a conclusão de que é preciso mudar. Falam tanto em profissionalizar isso ou aquilo no futebol, mas não é só profissionalizar, profissionalizar. O olho do mestre, o olho de lince, o cheiro de zig, a matreirice e as curvas do caminho do futebol, também precisam se fazer presentes nas cercanias do gramado. É momento de abrir os olhos e as portas para isso. Quantos gomos tem a bola mesmo? Quando a bola era feita de couro todos sabiam. Agora que até a bola mudou, poucos sabem quantos gomos tem a bola. Mas seja ela de couro, de plástico ou de qualquer outro material, a batida na bola, o cruzamento perfeito, o drible desconcertante, ainda podem ser requisitos indispensáveis para equipes que almejam vencer, ter sucesso. É só ver o time atual do Cruzeiro, campeão com todos os méritos do brasileirão e com rodadas e rodadas de antecedência. O que eles possuem ou tiveram durante o Brasileirão 2013?
Avante Coritiba. Profissionalizar alguns setores sim, alguns departamentos, algo louvável e necessário, mas dentro do campo ou nas cercanias do gramado, é preciso sim o "olho de lince" e alguns que já viveram as coisas do futebol dentro das quatro linhas e que tem experiências, muitas experiências vitoriosas e que podem transmitir muita coisa para um grupo, inflamar o ambiente e ter a palavra certa na hora certa, aliada a dica para se efetuar um bom cruzamento na área, devem se fazer presentes no Alto da Glória e no CT.
Avante Coritiba.
É matar ou morrer.
Saudações Alvi-Verdes
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