Calma e Equilíbrio...
Com tantos acontecimentos negativos ocorrendo fora do campo(pelo menos são os comentários que circulam por aí - se é verdade não sei, mas não vou nem entrar nesse mérito - isso é coisa para ser resolvida internamente, sem que vazem quaisquer informações de dentro para fora do clube), é momento de equilíbrio da Presidência, de toda Diretoria, do Departamento de Futebol e da Comissão Técnica. Se os responsáveis, ocupantes dos mais diferentes cargos, seja de que nível for, não tiverem equilíbrio, aí é que vamos realmente, no linguajar popular, dar com os burros n'água...
O equilíbrio tem que partir de fora dos gramados, através das atitudes das pessoas que integram o corpo diretivo, técnico e empresarial.
Se não houver equilíbrio nesses setores e departamentos, como iremos querer ou imaginar que os atletas tenham calma para desempenhar o papel dentro do campo a contento.
As turbulências atrapalham, e como atrapalham.
É natural que a não conquista de um título à nível nacional de tamanha importância, deixe sequelas e traga com as sequelas, feridas que permanecerão abertas, sem cicatrizar, por um longo tempo. Podem passar 5 ou 10 anos, ou até mais, mas caso o Coritiba não conquiste nas próximas temporadas, um título nacional, a lembrança do time ter decidido a Copa do Brasil em duas oportunidades consecutivas, e não ter vencido em nenhuma das duas ocasiões, vai permanecer e as feridas abertas não irão cicatrizar e sequelas são sequelas, e são, normalmente incuráveis.
Mas, o que não deve e não pode acontecer é que essas feridas oriundas de um campeonato à nível nacional não conquistado, abra outras feridas no curso de um outro campeonato que está sendo disputado e que é até, talvez,, muito mais importante do que o anterior no contexto nacional.
Cabe aos homens que trabalham administrativamente e que possuem grandes responsabilidades na condução diária do Coritiba, tentar, de algum modo, amenizar a carga pesada que se instalou no Alto da Glória.
Enquanto os mandatários do alvi-verde tentam minimizar as coisas no tocante à problemas, os responsáveis pelo Departamento de Futebol e Comissão Técnica em conjunto com profissionais especializados, devem colocar em prática, ações que possam proporcionar aos atletas, pelo menos, algumas sensações que preparem melhor o psicológico dos atletas.
Sempre aprendi que ao entrar no gramado deve-se ir para o campo com a cabeça leve, deixando os problemas fora das quatro linhas.
A pressão do momento é enorme e essa pressão tem que ser esvaziada de algum modo. Os profissionais da psicologia é que são talhados para executar esse trabalho. Aquela estória de "cada macaco no seu galho" cabe exatamente para a fase vivida pelo Coritiba. Se são os psicólogos, os profissionais indicados para trabalhar com a mente humana, nada mais certo e justo que eles, agora, ponham a mão na massa. Essa parte é com eles.
A ansiedade, a insegurança e outros adjetivos que denotam falta de confiança, auto-estima baixa, desânimo e falta de motivação não podem acompanhar atletas no campo.
Os atletas devem entrar em campo com confiança, com motivação, com vontade. Somente deste modo a chance de vitória pode começar a aparecer. Caso contrário, pode entregar os pontos para o Náutico e absorver o posicionamento da equipe na Zona do Suplício.
Equilíbrio nas atitudes dos comandantes do Coritiba, desde a Presidência, passando pelo Departamento de Futebol e desaguando na Comissão Técnica, agora, mais do que nunca, são imprescindíveis para decolar.
E os atletas só irão decolar em campo, caso sintam que existe um certo equilíbrio vindo dos pontos mais altos do Coritiba.
Uma decolagem tem que ser feita com calma, com paciência, com atenção e concentração, para que o vôo transcorra com segurança, culminando com uma brilhante chegada no aeroporto.
É momento de calma dentro do campo e equilíbrio fora das quatro linhas!!!
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)