Um pontinho apenas.
Poderiam ter sido três pontos, mas infelizmente o jogador que foi para a batida do pênalti que aconteceu no final do primeiro tempo, não possui cacoete algum para executar a cobrança. Dos jogadores que estavam em campo, Primão ou Robinho seriam os mais indicados para efetuar a cobrança. Poderiam tanto Primão quanto Robinho até perderem o pênalti, mas possuem muito mais embocadura para bater uma penalidade máxima do que o peruano. A forma como RuiDíaz executou a cobrança foi simplesmente vergonhosa. Ele deu um passe para o goleiro adversário ou como queiram, atrasou a bola para o arqueiro do Operário.
Bonfim contundiu-se em função da falta de experiência. Jamais poderia sair chutando tudo como fez. O jogador Marquinhos do Operário, matreiro e malicioso, deixou a sola e o zagueirão entrou na dele e teve que deixar o gramado, o que já havia ocorrido com Rafael Lucas.
A estréia do Coritiba foi muito ruim. Nada se viu em termos de armação de jogadas, posicionamentos, esquemas, estratégias de jogo, etc.
É verdade que os atletas que entraram em campo estão saindo de uma pré-temporada, que o Operário já vinha treinando desde setembro, que os músculos sentem a carga pesada de exercícios físicos normalmente levados a efeito em início de temporada, falta de ritmo de jogo, sem entrosamento e muitos outros fatores, contribuem para uma apresentação não muito feliz. Mas, a forma como a partida transcorreu, o modo como o time jogou e a baixíssima produtividade da maciça maioria dos jogadores que participaram da partida, entristeceram a nação coxa-branca. Não é a equipe titular, mas quem quer galgar degraus mais elevados, precisa de um elenco qualificado e não apenas de um time. E esses jogadores que atuaram fazem parte do elenco e o que vimos ficou abaixo do último degrau que seria aceitável no contexto.
Quando alertei sobre o perigo de se começar o campeonato paranaense com uma equipe reserva ou no máximo mista, alguns contestaram, mas o que presenciamos na partida de estréia em Ponta Grossa, nos desagradou totalmente.
Comentei sobre os riscos que o técnico Marquinhos Santos corre e irá correr levando a campo jogadores considerados não titulares. Se nas próximas duas rodadas, resultados positivos não acontecerem, com certeza as cobranças virão e ninguém vai querer saber se o Coritiba jogou ou não com um time reserva ou misto. É o Coritiba que esteve em campo na estréia e estará nas próximas partidas, independentemente de quem serão os jogadores que participarão dos jogos.
Pensando mais a frente, é óbvio que atletas com uma pré-temporada mais longa, correrão menos riscos de lesões, por exemplo, mas é preciso pesar na balança e bem pesado o que realmente se quer no campeonato paranaense.
É começo de campeonato, a coisa está se iniciando, a gente sabe disso e muita coisa acontecerá no transcurso do regional, mas é preciso olhar para todos os prismas. No futebol, resultados positivos tranquilizam as coisas e o ambiente fica saudável. Já, resultados negativos, acabam com o ambiente, e como disse, cobranças fortes começam a aparecer.
Será que não seria o caso de revezar atletas titulares em uma e outra rodada. Na próxima rodada, por exemplo, entrariam em campo, quatro ou cinco jogadores titulares e na terceira rodada esses quatro ou cinco saíriam e entrariam outros quatro ou cinco atletas titulares. Pontos perdidos agora no começo, podem fazer falta lá na frente.
Tudo está sendo feito com olhos no futuro de 2013, no campeonato brasileiro, mas entendo que é preciso seriedade para levantar o caneco do campeonato paranaense e chegar ao tetra-campeonato. Não que não se esteja desenvolvendo o trabalho com seriedade. O trabalho está sendo desenvolvido com seriedade, com planejamento, mas ganhar um campeonato, mesmo que esse campeonato se desenvolva em níveis baixos, não é tarefa tão fácil assim como alguns imaginam, e com um simples estalar de dedos.
Quem não vai cobrar de Marquinhos Santos se os resultados não forem positivos nas próximas rodadas? Por exemplo: será que o peruano deveria ter batido a penalidade máxima?
Saudações Alvi-Verdes
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