Teoria e Prática.
Em todas as atividades da vida, em todos os setores, existe a teoria e a prática.
E no futebol isso não é diferente.
Na teoria todos os times, todas as equipes, todos os elencos, todos os clubes, antes de iniciar um campeonato ou até mesmo um torneio, pensam que podem ser campeões e que irão lutar para isso.
Mas na prática, quem gosta desse esporte chamado futebol, sabe que as coisas podem tanto funcionar assim como acabar funcionando de uma forma completamente diferente.
Antes de qualquer coisa, no futebol atual, está a roupagem financeira, a ciranda imposta pela realidade brasileira e até mundial. A desigualdade nesse quesito, é sem sombra de dúvida, gigantesca. Enquanto alguns clubes abocanham altas quantias procedentes de verbas recebidas, como cotas de TVs e de patrocinadores, por exemplo, outros lutam a duras penas para tentarem ficar em pé, se segurando de todas as formas para levarem a frente, projetos, planejamentos e tantos outros instrumentos que devem fazer parte do cenário futebolístico profissional. Dizem alguns que o segredo está na quantidade de sócios contribuintes assiduamente. Outros pregam que o time tem que explorar o marketing. Tanto em uma como em outra situação, na teoria é uma coisa e na prática o pano pintado e o pano de fundo, muitas vezes são outros.
Mas então como fazer com que a teoria alcance a prática, se solidifique, e se tenha uma estrutura capaz de tornar realidade aquilo que se traçou ou que se traça ano após ano?
Qual é o segredo para um time, um clube, uma equipe, um elenco tornar-se Campeão Brasileiro de Futebol atualmente?
Fórmulas matemáticas com certeza não irão fazer com que qualquer equipe do mundo conquiste o cetro máximo. É preciso muito mais do que fórmulas matemáticas.
Como explicar que o Corinthians conseguiu ser mais uma vez campeão mundial inter-clubes em cima de um clube cujas cifras econômicas e financeiras são infinitamente superiores aos valores monetários do Timão?
Alguns podem dizer: mas foram apenas dois jogos. Uma partida ganha a duras penas e sem muita produtividade do time paulista em cima de um time egípcio. E um segundo jogo onde o Corinthians superou expectativas e demonstrou um futebol uníssono, voluntarioso, inteligente e "guerreiro". É bem verdade que o goleiro Cássio praticou intervenções magníficas. Isso mostra que o time do lado de lá fez algo na partida e que a vitória não foi obra do acaso. Mas será que dá para falar em sorte nesse caso? Prefiro ir mais pelo caminho da competência, pelos incessantes e dedicados treinos que o goleiro do Corinthians fez durante algum tempo, ou até em alguns anos, para colocar em prática reflexos acima da média, em pouco mais de 90 minutos e de um comprometimento de todo grupo, da diretoria, do técnico, do elenco e da própria torcida.
São apenas exemplos.
A teoria e a prática no futebol precisam caminhar juntas. Uma boa estrutura, um excelente planejamento, projetos profissionalizados de verdade, e algumas outras coisas que o mundo da bola precisa ter, devem ter ligação direta com aquilo que ocorre dentro do gramado, com o desempenho do time nas quatro linhas, com o andar da carruagem no dia a dia de um elenco e não somente de um time ou de só 11 atletas. A coisa vai mais além, muito mais além do que apenas isso.
O Coritiba nesses últimos dias de 2012 e nos primeiros dias de 2013 está mais na base da teoria. Mas e essa teoria, é ou não é importante? Com certeza é. Uma boa preparação pode ajudar no que chamamos de frutos interessantes nos meses seguintes e durante 2013 todo. Mas, somente a teoria, só projetos, só planejamentos, só estrutura, tudo isso individualizado de nada adiantará se a coisa não acontecer de verdade na prática.
Aí voltamos a palavra fórmula. Alguém possui a fórmula para estabelecer qualquer tipo de certeza nos resultados futuros?
Obviamente que não. O que fazer então?
Trabalhar, trabalhar e trabalhar. Mas esse trabalho deve ser profissionalizado, objetivo, sem medir esforços no sentido de se buscar algo dignificante num futuro não tão distante assim.
Final de 2012: teoria.
Início de 2013: teoria.
A partir de 20 de janeiro de 2013: prática.
O ideal é que exista a aplicabilidade real da teoria na prática.
Algumas sondagens em relação à equipe sub 20 estão sendo feitas. O compasso de contratações por enquanto está meio que em stand by, mas segundo alguns comentam, existem algumas negociações em andamento. Atletas que atuaram em 2012 permanecerão, outros serão emprestados ou negociados. E o barco vai navegando. Mas o que todo coxa-branca de verdade quer é que o barco chegue ao seu destino em potência total e que os remos estejam sendo comandados da melhor forma possível.
E o Coritiba? Está no caminho certo?
Rumo a um novo título brasileiro.
Saudações Alvi-Verdes
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