Marquinhos Santos ainda não definiu quem será o substituto de Rafinha. Alguns dizem que Gil ingressará na equipe, enquanto outros se apresentam com soluções diversas.
Na minha opinião, para não mexer muito na estrutura do time que vinha entrando jogando, penso que a melhor alternativa seria Geraldo. Geraldo é atacante mais agudo e fica um pouco mais próximo do estilo de Rafinha. É óbvio que o Rafinha é aquele jogador que trazia alternativas variadas e que surpreendia o adversário.
Geraldo quando foi chamado não decepcionou, inclusive fez gols importantes de modo sucessivo. Lembram do primeiro jogo da final do campeonato paranaense? E no segundo jogo da final, ele entrou e também deixou o dele. E em jogos subsequentes balançou as redes adversárias. Assim, Geraldo com seus dribles desconcertantes, com suas flutuações rápidas no campo de jogo, confunde a marcação adversária e preocupa defensores.
Com Geraldo o Coritiba teria uma válvula de escape no ataque. Eu apostaria, nesse primeiro momento, nele. E caso não desse certo, aí sim, procuraria outras alternativas no elenco.
Um time precisa ter pelo menos um atacante rápido e agudo. Analisando os atletas que Marquinhos Santos tem à disposição no elenco, entendo que as características do angolano, são as que mais se encaixam nisso.
Em 1985 por exemplo, quando chegamos ao título do campeonato brasileiro pela primeira e única vez, tínhamos no ataque titular Lela, Índio e Edson. Eram 2 pontas rápidos no ataque e Índio que era um excelente centro-avante. Para dar poderio ofensivo ao nosso time, era preciso fortalecer a marcação no meio. Foi aí que o cérebro Enio Andrade optou em colocar três jogadores com poder forte de marcação: Almir, Marildo e Toby. E o Toby acabou surpreendendo e além de marcar, começou a sair para o jogo. Naquele esquema era difícil fazer gol no Coxa e em contrapartida, quando a equipe saia para o ataque, o poder de fogo era grande, com Lela, Índio e Edson na frente. E olha que não era por falta de meia. Aragonés, Marco Aurélio, Paulinho, Helcio e Elizeu formavam um quinteto de meias. No entanto, todos ficaram como opção no banco de reservas, com ora um, ora outro, entrando em alguns jogos durante as partidas ou vez por outra iniciando o jogo, conforme as características dos adversários. E aquele esquema acabou dando certo. Deu tão certo que chegamos ao título. Coisa, que aliás surpreendeu o Brasil todo.
Espelhando-se naquele elenco de 1985 e no modo como o Seu Ênio equacionou as coisas, parece que Geraldo seria uma ótima opção na falta do Rafinha. É lógico que no futebol nem tudo aquilo que se pensa na teoria dá certo na prática, mas é preciso tentar para se saber se vai ou não funcionar. Defender, marcar é muito importante no futebol atual, mas só se defender, só marcar, também não resolve. É aquele velho ditado: água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Com a qualidade dos meias que temos, Alex, Botinelli, Lincoln, Robinho e outros, dá para se pensar em um esquema que faça do Coxa um time forte na marcação, lançando mão da utilização de 2 volantes e 2 meias e com poder de fogo no ataque, usando o angolano Geraldo, de modo que ele flutue na frente, caindo ora pela esquerda, ora pela direita.
Essa é a minha opinião, só que o técnico é o Marquinhos Santos. Adote a Comissão Técnica, o esquema que adotar daqui para frente, vamos torcer para dar certo.
Saudações Alvi-Verdes
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