O Coritiba atual precisa, dentro de campo, e nas cercanias das quatro linhas, reconhecer que possui limitações.
Os próprios atletas que compõem o elenco atual do Coritiba e principalmente a Comissão Técnica, responsável por escalar o time e realizar as substituições durante as partidas disputadas, ter em mente que o alviverde possui limitações e muitas.
Não dá para querer jogar de igual para igual contra Internacional, frente a Atlético Mineiro, como já presenciamos em pleno Estádio Major Antônio Couto Pereira nesse Brasileirão 2015. Esses são apenas 2 exemplos vividos dentro de casa em confrontos já ocorridos no Campeonato Brasileiro de Futebol em transcurso.
Teremos jogos dificílimos pela frente, tanto dentro de casa, quanto longe dos nossos domínios.
Alguém acredita que adversários do quilate de São Paulo e de Santos, como novos exemplos, que disputam vagas no G 4, mesmo enfrentando esses clubes em pleno Estádio Major Antônio Couto Pereira serão fáceis?
Obviamente que não!
Precisamos reconhecer as várias limitações que possuímos no elenco atual do Coritiba e procurar escalar um "11" que possa de alguma maneira, pontuar daqui para frente.
A melhor forma de jogar nessas 8 rodadas faltantes é infelizmente atuar como "time pequeno".
Na minha concepção eu mandaria a campo contra a Ponte Preta lá, um esquema delineado dentro de um 4 X 5 X 1 e com pelo menos 2 volantes à frente da zaga.
Lúcio Flávio foi um grande atleta. Hoje ele pode sim colaborar com a equipe e até começando como titular, mas desde que não atue como 2º volante. Como meia até dá para ele atuar, mas com trinta e tantos anos de idade não dá mais para ele marcar e jogar.
Os responsáveis pela marcação na frente da zaga coxa, ou seja, os volantes, em número de 2 ou até 3 precisam se preocupar em marcar, marcar e marcar.
Se tivéssemos atletas que pudessem em 2 ou 3 lances durante a partida, surpreender, decidir jogos com apenas dribles desconcertantes ou com passes inesperados pelos adversários, o papo seria outro, mas temos que ser realistas. Onde estão esses jogadores que podem ou poderiam desequilibrar um jogo a nosso favor com essas jogadas que citei ou com outras?
Desde o começo do ano quando quiseram comparar aquele elenco e que hoje já é outro, com o nosso "Elenco Campeão Brasileiro de Futebol em 1985", eu fui taxativo e escrevi: ganhem um título brasileiro através do Campeonato Brasileiro de Futebol e aí poderemos pensar em saber qual dos elencos é ou será melhor. Ganhar, por exemplo, Copa do Brasil, não é caminho, mesmo sendo Campeão Nacional, se um dia isso acontecer, para iniciarmos qualquer comparação com o Elenco Coxa de 85. Ganhar Copa do Brasil é uma coisa e ganhar Campeonato Brasileiro de Futebol são coisas bem diferentes.
Assim, principalmente pelo momento que vivemos, com o rebaixamento para a Série B a cada rodada sendo um fantasma "real" no nosso dia a dia, necessitamos ser humildes e entrarmos frente a Macaca povoando o meio de campo e guarnecendo a nossa defesa com o máximo que der.
Infelizmente não dá mais para aceitar o Coritiba atual entrar em campo, seja dentro do Couto Pereira ou fora de casa, querendo ir pra cima do adversário. Não temos time para isso, não temos elenco para isso.
Vamos vestir as sandálias da "humildade", vamos ter "consciência" e encarar a "Macaca", embaladíssima, com o Coritiba atuando como time pequeno, se defendendo ao máximo e buscando uma ou outra bola durante o jogo, para tentar chegar no gol da Ponte Preta e rezar para que essa(s) bola(s) vá(ão) parar lá onde o vento encosta o cisco.
Chega de querer se impor em campo se não temos material humano para buscar uma imposição apenas em função de imaginar que temos ou teremos material humano para isso.
Essa é a realidade nua e crua.
Não adianta sonhar grande. Chegou a hora de trabalharmos apenas com a realidade, sem devaneios.
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