O Coritiba já apresentou contra o CENE, pela Copa do Brasil, alguma coisa boa, algo bem diferente do que vinha apresentando no Campeonato Paranaense.
Infelizmente, o time que era comandado por Dado Cavalcanti não demonstrou durante o regional, um padrão de jogo, e a filosofia de jogo definida pelo treinador não se fez presente. Ou os atletas não entendiam o que Dado queria, ou Dado não conseguiu implantar uma estratégia de jogo com o que tinha em mãos.
Celso Roth já deu um outro panorama à equipe alvi-verde. E o curioso é que o único jogador que começou a partida entre os "11" que não estava no grupo que disputou o paranaense foi Baraka. É lógico que falta muita coisa, o trabalho ainda está no começo e em apenas uma única partida não podemos exigir que a equipe jogue "por música". Pelo menos, nessa primeira apresentação sob a batuta de Roth, já se viu algo em termos de plano de jogo. Em apenas um único jogo oficial, Roth já fez muito mais do que Dado fez durante todo o tempo em que esteve no Coritiba, no quesito "plano de jogo".
Antes da partida confesso que eu estava um tanto quanto desconfiado, face ao 4 X 2 X 3 X 1, esquema que Roth delineou para esse jogo contra o CENE e que deve ser a estratégia a ser seguida no Campeonato Brasileiro.
Os times que Celso Roth manda a campo priorizam a marcação e foi o que se viu no campo de jogo, e o Coritiba já figura na fase seguinte da Copa do Brasil. Será que com Dado o Coritiba teria avançado de fase?
Ficou nítido que o time sem Alex, cai e muito na questão criatividade. Com Alex em campo esse particular aparece de maneira mais efetiva, porém Roth deve já estar imaginando que o "menino de ouro" do Coritiba não poderá se desgastar tanto na marcação, para, nos momentos em que ele estiver de posse da bola, poder organizar as coisas no gramado. Celso Roth precisa pensar nisso com carinho. Acho que nenhum técnico no mundo implantou um esquema tipo 4 X 2 X 2 X 1 X 1. O primeiro nº 1 que aparece nesse esquema seria o Alex, nossa sugestão. Quem sabe Roth não monte algo desse tipo para que o Coritiba não perca o poder de fogo na marcação e ganhe também no poder "criatividade".
O Coritiba não fez uma apresentação primorosa contra o CENE, mas já passou a existir uma luz, uma esperança de que será possível o Coxa cumprir bom papel no Brasileirão. É óbvio que novas contratações são necessárias para qualificar mais o elenco, mas pelo menos aquele aperto no peito, com a ameaça solene e incontestável de rebaixamento, já diminuiu um pouco.
O Guia do Brasileirão apresenta várias análises, e mais especificamente na questão retrospecto, apresenta uma descrição interessante sobre cada participante do próximo Campeonato Brasileiro.
No Guia do Brasileirão existem detalhes interessantes quanto ao Coritiba. Com base naquela análise, abaixo vou transcrever algumas linhas como ilustração, para que, todos nós, coxa-brancas possamos fazer uma reflexão:
"o único título do Campeonato Brasileiro conquistado pelo Coritiba aconteceu no ano de "1985" e em "2009" a equipe alvi-verde caiu para a Segunda Divisão. Após o último retorno do Coritiba à elite do futebol brasileiro, o Coritiba vem lutando, ano a ano para não cair. Na última edição o Coritiba começou bem, ficando invicto durante 10 rodadas e em algumas delas liderou o Brasileirão em 2013, porém depois caiu vertiginosamente de produção, safando-se do descenso apenas na última rodada".
O que mudou no Coritiba de "1985" para cá? Por que o Coritiba no Brasileirão não figurou mais entre as equipes do Primeiro Pelotão da Elite do Futebol Brasileiro? Um clube para ser Campeão Brasileiro de Futebol necessita de "muita coisa" e dentre elas, um elenco coeso, unido e que tenha certa qualidade. Todos sabemos disso, mas por que nem entre os 8 primeiros colocados o Coritiba não figura mais?
A diferença no que tange à valores financeiros, patrocínios, verbas, etc, entre alguns clubes e uma boa parte dos integrantes da Série A do Brasileirão é estrondosa, mas será que somente isso pode delimitar quem será o Campeão ou o Vice?
É óbvio que os campeonatos regionais em relação ao Campeonato Brasileiro, são disputados em níveis bem inferiores, mas como explicar, para não nos atermos a exemplos "caseiros"(Maringá X Londrina), um Ituano tornando-se Campeão Paulista sobrepujando Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos?
Será que somente a diferença na questão "arrecadação" dos clubes define ou "pode definir" quem é ou quem será Campeão Brasileiro de Futebol?
Tomara esse ano, o Coritiba possa, no Brasileirão, pelo menos, cumprir bom papel.
Saudações Alvi-Verdes
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