Não há o que dizer mais da derrota para o Vasco. Ela já aconteceu e agora só terá novo jogo com o time cruz-maltino no returno do Brasileirão. Quem sabe o Coxa venha a vencer o Vasco no reduto da equipe de Roberto Dinamite e miniminize o prejuízo.
Para ilustrar um pouco o atual momento vou contar uma pequena passagem.
Tem dia que nada dá certo mesmo no futebol. Em uma ocasião, em 1986, quando fui por empréstimo a um time carioca chamado Mesquita(após termos nos sagrado Campeão Brasileiro de Futebol em 1985 pelo Coxa), e que na época era treinado por Rene Simões e que tinha como Preparador Físico Valdemar Lemos(agora técnico de futebol), me recordo que em um jogo contra o Botafogo em Marechal Hermes eu queria ir, mas a coisa não ia. Nada dava certo naquele dia. Parecia que tinha algo me puxando. E olha que eu tinha ido dormir cedo e me concentrado para aquele jogo. No final da partida eis que faço a única jogada que acertei durante toda a partida. Peguei a bola na risca da grande área, dei um chapéu em Marinho(aquele zagueirão do Londrina e que também jogou no Flamengo mas que naquela ocasião estava no Botafogo) e quando ia chutar para gol, já dentro da área, eis que o Marinho me bloqueia. Pênalti claro, mas Botafogo 0 X 0 Mesquita, aos 43 minutos do segundo tempo, será que o árbitro iria apitar o pênalti? Saí do jogo naquele momento e recebi 15 pontos na canela(aquela época não se costumava usar caneleira). Fiquei 30 dias sem poder sequer treinar. E o árbitro não deu o pênalti claro e o jogo acabou 0 X 0. Mas o que quero dizer é que existem dias, acontecem jogos que nada dá certo mesmo. Nesse jogo que descrevi nada deu certo pra mim. O que errei de passe, coisa que não era comum, já que eu era um meia que tinha uma certa habilidade e velocidade, foi brincadeira. Quando acertei uma única jogada durante toda a partida, o árbitro não sinaliza o pênalti, que foi claríssimo. Até os botafoguenses ficaram envergonhados. Aquele dia não era pra ser mesmo. Isso acontece. Acho que foi isso que aconteceu com o Coritiba no dia dos pais nesse jogo contra o Vasco. E até hoje me pergunto: por que Rene Simões não me tirou do jogo? Ele não me tirou da partida, mesmo eu estando mal no jogo e todos percebendo isso. E não é que no final do confronto com o Botafogo eu consegui fazer uma jogada de gol e sofri o pênalti. Que pena que o árbitro não deu. Lembram do pênalti sofrido por Arthur contra o Cruzeiro na derrota coxa-branca por 1 X 0 lá em Minas Gerais, que antecedeu a vitória do Coritiba em cima do Grêmio nos Pampas?
Assim, não acabou o mundo e muito menos o Campeonato Brasileiro terminou para o Coritiba ou para qualquer das outras 20 equipes que o disputam. O Brasileirão vai prosseguir. O sonho não acabou, ainda mais que o Cruzeiro não venceu ao Santos e o Botafogo não conseguiu passar pelo Goiás e ambos ficaram a apenas 2 pontos do Coritiba, na tábua de classificação. E tanto Cruzeiro como Botafogo possuem compromissos difíceis nessa próxima rodada. Vai que Inter e Grêmio, a dupla gaúcha, ganham da equipe mineira e do time carioca.
O jogo contra a Portuguesa válido pela 14ª Rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2013, é fundamental, é de extrema importância. É vencer ou vencer. Dizer isso aqui de fora, antes da bola rolar é fácil, muito simples. O futebol não é como a matemática onde 2 + 2 é igual a 4. Ele é cheio de arestas, de surpresas, de emboscadas e de obstáculos. Não quer dizer que o Coritiba após ter perdido dentro de casa para o Vasco vá se abater. É hora de reagir. E uma reação agora pode significar muita coisa para a continuidade do campeonato em curso.
Antes de secar Botafogo e Cruzeiro, é preciso fazer o dever de casa.
Suponhe-se que a Lusa virá com um esquema baseado em um ferrolho. Isso a gente supõe. E vai que a Portuguesa entra marcando a saída de bola. Tudo é possível.
Independentemente do esquema que a Portuguesa fará uso, a Comissão Técnica coxa-branca deve partir do princípio que é preciso entrar jogando com um time que tenha mobilidade e velocidade. A paciência também deve ir para o campo de jogo, mas paciência não significa marasmo. É entrar para vencer. É ir para o confronto com vontade de ganhar. Não adianta entrar querendo fazer o segundo gol antes do primeiro. E também não dá para entrar pensando que o Coxa ganha o jogo da Portuguesa no momento que quiser. É preciso equilíbrio. O negócio é usar da inteligência, da malícia e das peculiaridades que o futebol oferece a quem é mandante de uma partida.
Saudações Alvi-Verdes
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)