Nunca fui e continuo não sendo favorável a poupar "Atletas" nesta ou naquela partida, mesmo que o clube dispute duas competições concomitantemente.
De domingo até quarta-feira serão 72 horas de um bom espaço para que os atletas tenham um trabalho regenerativo e possam recuperar suas forças. Se o espaço fosse, digamos 48 horas, até concordo que se poupassem jogadores. Porém, convenhamos, 72 horas é um excelente tempo para ocorrer a reposição de forças.
Em um só campeonato, até no próprio campeonato paranaense, os atletas atuam em várias ocasiões, no domingo e na quarta, de maneira sequencial.
O prejuízo desse poupar jogadores, na minha opinião é enorme. Se a preocupação vai além apenas do desgaste físico e está focada também na questão riscos de contusões, é bom ressaltar que qualquer atleta está exposto a isso, em um simples treinamento ou até mesmo subindo ou descendo escadas, por exemplo.
Mas porque o prejuízo é enorme?
A equipe ideal ainda está sendo montada. O ano ainda está no começo e o Coritiba até aqui disputou pouquíssimas partidas oficiais. Entrosamento, ritmo de jogo e outros quesitos vão começar a aparecer somente a partir de agora. Não se faz futebol com um estalar de dedos ou do dia para a noite.
Para se conseguir ter uma equipe entrosada é preciso muitas horas de treinamento e diversos jogos em sequência, com poucas variações na equipe.
Agora que a equipe começava a ter um início de esboço na questão entrosamento, vai se mexer na estrutura, de "penca". Até poderia se fazer uma ou duas modificações no time em relação ao "11" que iniciou o clássico. Inclusive uma já seria ou será obrigatória: Leandro Almeida, suspenso, não poderá atuar. Bastaria experimentar, além dessa mudança citada e obrigatória, apenas mais 1 atleta já logo de cara. Outros jogadores, dependendo do resultado da partida, do clima do jogo e de outras peculiaridades que variam de confronto para confronto, poderiam vir a ser utilizados a partir dos 15 ou 20 minutos do segundo tempo.
Quebrar a toada da equipe logo agora, não vejo como uma boa escolha. O próprio jogo do próximo domingo já poderia servir até de um treinamento puxado para a estréia na Copa do Brasil.
De bom apenas a movimentação dos atletas que estarão iniciando a partida e que não vinham sendo aproveitados, no sentido dos mesmos adquirirem um certo ritmo de jogo, porém, como citei, acho que não seria o momento.
Norberto por exemplo entrou no lugar de Ivan na partida contra o Foz e aquele na minha opinião não era o momento do Norberto voltar a atuar. Ivan vinha cumprindo bem o papel e foi sacado da equipe. Resultado: Foz 2 X 0 Coritiba. Lógico que essa modificação na equipe e a falha do Vaná não foram as únicas coisas que contribuíram para a derrota coxa-branca. Naquela noite o Coritiba não jogou nada mesmo e não merecia melhor sorte. Mas será que a mudança repentina de Ivan por Norberto não causou um certo desgaste psicológico no "elenco"? Será que alguns ou muitos atletas não ficaram com aquele pensamento de que uma injustiça foi cometida na troca de Ivan por Norberto? Será que isso não acabou pesando fortemente para que o Coritiba rendesse, naquela noite, bem abaixo do que apresentou nas partidas anteriores?
Observações de pontos perdidos à parte, não será essa decisão de poupar jogadores nesse momento, onde se busca entrosar a equipe e que começa a pintar o que chamamos de "padrão de jogo", equivocada?
São pontos a serem analisados e bem analisados.
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